Não há como afirmar com certeza, mas as estatísticas calculam que cerca de 110 bilhões de pessoas morreram ao longo da história humana por milhões de diferentes razões. Algumas coisas, porém, mataram muito mais pessoas do que outra. Então vamos fazer um tour histórico e destacar como as causas de morte mais comuns mudaram com o tempo. Antes de começar, provavelmente devemos observar que é muito difícil quantificar quem morreu, de que maneira, quando; já que até recentemente, os humanos não mantinham registros de óbitos. |
Mas ao coletar um monte de informações díspares, cientistas e historiadores conseguiram fazer algumas suposições bastante fundamentadas sobre as causas mais comuns de morte ao longo da história.
Começando com a pré-história, durante a qual cerca de 10 bilhões de pessoas viveram e morreram. Esses caçadores e coletores viviam desordenadamente sem nenhum saneamento real, então muitos deles morreram de ferimentos, infecções e parasitas. Havia também três outros grandes assassinos, sobre os quais falaremos um pouco mais tarde.
Em seguida chegou a era agrícola durante a qual outras 60 bilhões de pessoas viveram e morreram. Viver com o gado causou mortes por doenças transmitidas por animais, como varíola e tuberculose, e dependência das colheitas causaram mortes por fome em massa quando as cultivos falhavam. E como o saneamento não melhorou muito, as pessoas continuavam morrendo de uma grande variedade de infecções e parasitas. E, sim, havias aqueles três outros assassinos matando pessoas.
Durante o terceiro período, a era da urbanização e do comércio, cerca de 30 bilhões de pessoas viveram e faleceram. O início das viagens globais trouxe doenças desconhecidas como o sarampo e a gripe para novas terras, dizimando civilizações inteiras. E como as pessoas viviam mais compactadas do que nunca, pragas como a Peste se espalharam rapidamente. Além disso, outras infecções e parasitas correram soltas, especialmente a tuberculose. Sim, os três assassinos.
Na era atual, outros 10 bilhões de pessoas morreram principalmente de coisas diferentes. Graças ao uso generalizado de coisas como sabão, álcool em gel vacinas e antibióticos, ficamos muito bons em não morrer da maioria dos ameaças que assombravam eras anteriores. Agora, coisas como doenças cardíacas e câncer -doenças que tendem a matar idosos- tornaram-se causas mais comuns de morte.
Infelizmente, os três grandes assassinos ainda são um problema, que estão em alta desde o início da humanidade e provavelmente despacharam mais pessoas do que qualquer outra coisa. O primeiro são outros humanos; pesquisadores estimam que a violência e as guerras mataram cerca de três bilhões de pessoas ao longo da história. Em algumas culturas antigas, eles foram responsáveis por mais da metade das mortes e, embora as coisas estejam muito melhores hoje, a violência ainda mata cerca de um milhão de pessoas por ano em todo o mundo.
Depois, há o parto, que matou mais de 5 bilhões de mulheres ao longo da história, principalmente de hemorragia, obstrução ou febre puerperal, entre outras complicações. Em algumas eras particularmente sombrias, mais de 25% das mulheres que deram à luz provavelmente morreram.
Hoje em dia, porque muitos bebês nascem em hospitais modernos sob supervisão treinada, muito menos mulheres morrem durante o parto, mas o número ainda é chocantemente alto: cerca de 300.000 por ano.
Finalmente, o que é provavelmente o maior e pior assassino: a malária. Sabemos, por escritos antigos e adaptações antimaláricas profundas no genoma humano, que a malária mata pessoas desde o primeiro dia. A malária é velha gadanha de vidas humanas, só recentemente erradicada nos países desenvolvidos, vinculada também às águas paradas e seus mosquitos, os campos de cultivo e a sedentarização. Na Roma antiga, a malária ventilava a cada ano uns 50.000 cidadãos nos meses de julho a outubro.
Avanços na prevenção e tratamentos reduziram a taxa de mortalidade, mas a doença ainda causa mais de meio milhão de mortes a cada ano. Segundo algumas estimativas, ao longo da história, o parasita da malária matou mais de 10 bilhões de pessoas. Em outras palavras, um minúsculo inseto matou cerca de 10% de todos os seres humanos que já viveram.
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