A antiga arte do kumihimo, uma técnica tradicional de trança japonesa

A antiga arte japonesa de kumihimo ("fios reunidos") abrange 1.300 anos de história de tranças e cordões. A técnica de tecelagem tem sido praticada há séculos, com as criações completas usadas para amarrar armaduras samurais históricas e criar laços para quimonos modernos. Muitos kumihimos são feitos de seda tingida à mão entrelaçada usando teares especiais, que criam de forma variada um cordão trançado que varia de muito plano a quase totalmente arredondado.

Os cordões kumihimo foram inicialmente criados usando uma forma de trança manual com laços. Ferramentas posteriores, como o marudai e o takadai, permitiram fazer tranças mais complexas em menos tempo.

São mais de 40 formas básicas de tecer kumihimos, que combinadas com diversos tipos de padrões e formas, podem chegar a cerca de 3.000 tipos diferentes. Esta trança torna-o sete vezes mais forte do que os têxteis comuns.

Devido às suas qualidades, os kumihimos têm sido muito apreciados pela nobreza, como elementos ornamentais e símbolos de poder. Seu uso histórico mais proeminente foi pelo samurai como uma forma funcional e decorativa de amarrar sua armadura lamelar e a armadura de seus cavalos. Kumihimos são usados hoje como laços em jaquetas haori e obijimes, e também para amarrar o obi do quimono.

Acompanhando a exposição Kumihimo: Japanese Silk Braiding -que apresenta instalações, teares e dezenas de exemplos de tranças-, o curta-metragem abaixo captura o processo metódico e meditativo desta forma de arte de trabalho intensivo.

Uma tecelã à frente de um takadai passa manualmente as bobinas pelas linhas superior e inferior e, em seguida, usa uma ferramenta de bambu, ou hera, para bater e apertar a trança. Mais tarde, um artesão é mostrado no takadai redondo , que consiste em passar os fios da frente para trás em uma sequência rítmica.