De todos os insetos que você pode encontrar nas florestas da Tailândia, este deve ser um dos mais estranhos. Com órgãos produtores de luz chamados lanternas cuidadosamente colocados sob o abdômen e um corpo grande e blindado que o faz parecer um besouro pré-histórico enorme, o vaga-lume-gigante tem uma vibração de outro mundo. Pertence ao grupo pouco estudado de vaga-lumes chamado Lamprigera. Existem 16 espécies conhecidas de Lamprigera, muitas das quais foram descobertas há mais de 100 anos. |
Desde então, pouco progresso foi feito para distinguir as espécies umas das outras, o que só aumenta o mistério que cerca esses insetos. No Brasil podemos encontrar ocasionalmente o vaga-lume-gigante Lampyrinae Rafinesque (foto abaixo) ainda que não seja tão grande quanto o tailandês.
Com cerca de 10 centímetros de comprimento, o vaga-lume-gigante é uma criatura bastante lenta e gentil. De dia, eles se parecem com um besouro trilobita.
Seu brilho, ou bioluminescência, é produzido por células especializadas chamadas fotócitos que ficam acondicionadas dentro de suas lanternas. Esses fotócitos contêm um pigmento chamado luciferina, que reage com o oxigênio para desencadear uma reação química que resulta em um flash de luz brilhante.
Cada espécie de vaga-lume tem seu próprio padrão distinto de flashes, e é por isso que se você encontrar uma população deles no escuro, você os verá piscando em uníssono.
O efeito, quando captado pela câmera, pode ser muito impressionante. Aqui está um monte de vaga-lumes em uma foto de longa exposição tirada em uma floresta perto de Nuremberg, na Alemanha.
Você pode ver aqui o quão brilhante é o vaga-lume-gigante, visível por muitos metros em uma floresta escura.
Vaga-lumes Lamprigera são um dos vários grupos dentro da família de vaga-lumes lampirídeos. Existem mais de 2.000 espécies descritas de lampirídeos, 500 dos quais são encontrados no Brasil, de fato, nosso país abriga a maior biodiversidade de espécies de coleópteros luminescentes do globo.
Quando adultos, os vaga-lumes vivem apenas alguns dias, e a razão para isso é bastante mórbida: eles não têm aparelho bucal, então não podem se alimentar. Em vez disso, eles passam o tempo procurando por um companheiro e usam suas lanternas para anunciar seu paradeiro.
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