Nudibrânquios, ou lesmas-do-mar, são encontrados nos oceanos de todo o mundo, geralmente em águas rasas. Existem mais de 3.000 espécies conhecidas dos pequenos estranhos e maravilhosos moluscos marinhos. Brilhantemente coloridos, os nudibrânquios podem ser facilmente vistos agarrados a rochas e corais. Embora esses moluscos possam parecer vulneráveis sem uma casca dura, a pele brilhante e padronizada de algumas espécies os protege alertando os predadores sobre sua toxicidade -alguns têm tetrodotoxina- e gosto ruim, enquanto outras espécies são altamente camufladas. |
Os nudibrânquios sempre fascinaram as pessoas, especialmente os cientistas que apreciam suas variadas estratégias de sobrevivência. Existem mais de 3.000 espécies em todo o mundo, das quais cerca de 100 espécies estão reportadas para o litoral brasileiro.
Nudibrânquio vem da palavra latina para "brânquias nuas, e refere-se às suas brânquias expostas com babados. Alguns têm ceratas -estruturas anatômicas encontradas externamente nas lesmas do mar- semelhantes a dedos nas costas, em vez de uma pluma de brânquias, e são quase cegos, confiando no cheiro e no toque por meio de um par de rinóforos semelhantes a chifres em suas cabeças. Rinóforos são órgãos sensoriais usados para captar sinais químicos na água.
Como seus primos lesmas terrestres, eles são hermafroditas, com os órgãos reprodutivos de ambos os sexos. Eles podem colocar até 1 milhão de ovos, que eclodem em larvas. Poucas sobrevivem, mas alguns crescerão para surpreender os mergulhadores com suas cores maravilhosas.
Eles formam pares para troca de esperma e para isso costumam viver até um ano juntos. Os nudibrânquios não possuem predadores conhecidos pois contêm toxinas que saem de seus cariofilídios. Caracterizam-se também por serem uma das poucas espécies que caçam e comem a Physalia physalis, a conhecida como caravela portuguesa.
Phyllidia ocellata (2,5-6 centímetros)
Comum em todas as águas tropicais dos oceanos Pacífico Ocidental e Índico, esta espécie tem tubérculos semelhantes a verrugas de cores vivas ao longo de seu corpo. Como acontece com muitos nudibrânquios, ele pode secretar substâncias químicas tóxicas de suas glândulas quando assediado.
Flabelina Rubrolineata (2-4 centímetros)
Esta espécie pode transferir células urticantes dos hidróides -invertebrados com penas com células urticantes presas à rocha- que come para a ponta de sua cerata, o que pode ser mortal para os predadores. É encontrado desde a região do Indo-Pacífico até o Mar Vermelho e até o Mediterrâneo.
Bornela anguilla (3-7 centímetros*)
Mergulhadores e predadores costumam ficar confusos com essa criatura, porque esse nudibrânquio pode nadar como uma enguia e é surpreendentemente rápido. Outros nudibrânquios nadadores incluem a enorme dançarina espanhola, que foi registrada com mais de 50 centímetros de comprimento.
Nembrotha purpureilineata (2-5 centímetros)
Comum nos oceanos Pacífico Ocidental e Índico, esse nudibrânquio pode retrair seus rinóforos e brânquias quando atacado. Ele é de tamanho médio para um nudibrânquio, mas é vítima de espécies muito maiores, que podem atingir comprimentos de 30 centímetros.
Godiva Sp. (2-4 centímetros)
Espécies do gênero Godiva são raras, com populações pequenas e, portanto, difíceis de descrever. Eles geralmente têm aglomerados incomuns de cerata e grandes rinóforos afilados. Quando são perturbados, suas ceratas ficam eretas, com até 1,2 centímetros de altura. As espécies de Godiva também se alimentam de hidróides.
Chromodoris westraliensis (3-5 centímetros)
Com seu par de tentáculos laranja e um tufo de brânquias emplumadas, esta espécie é facilmente reconhecível e é endêmica da costa sul do Brasil. Os nudibrânquios cromodorídeos se alimentam de esponjas-do-mar, armazenando as toxinas da esponja em seus próprios corpos para depois liberar na boca de predadores infelizes.
Goniobranchus albopunctatus (4-7 centímetros)
Este nudibrânquio raro pertence à família de cromodorídeos e é encontrado nos oceanos Índico e Pacífico. Como a maioria dos nudibrânquios, ele se move coberto por seu roxo translúcido em um músculo largo chamado pé, que deixa um rastro viscoso e os torna facilmente rastreáveis por predadores. É particularmente notável com um pé amarelo muito largo.
Thorunna florens (4-8 centímetros)
Identificado no Pacífico Ocidental e no Oceano Índico até o norte do Japão, este cromorídeo é caracterizado por seu corpo roxo translúcido. No entanto, como outros nudibrânquios, variações de cores podem ser encontradas dentro da mesma espécie. Alguns têm manto avermelhado e duas listras amarelas, outros inteiros, como este, têm manchas.
Goniobranchus geminus (2-5 centímetros)
Também conhecido como lesma-do-mar-gema, é uma espécie de nudibrânquio muito colorida, um nudibrânquio dorido e um molusco gastrópode marinho da família dos cromodorídeos que habita as águas do no Oceano Índico do Quênia ao Sri Lanka e no Mar Vermelho e tem predileção pelas encostas externas dos recifes de coral.
Goniobranchus kuniei (2-4 centímetros)
Esta espécie tem padrões de cores semelhantes ao Goniobranchus geminus. Essa espécie gosta de águas que ficam entre 21 e 26 graus Celsius e costuma ser encontrada entre 5 e 40 metros nas águas do Oceano Pacífico ocidental e do Oceano Índico oriental.
Doto greenyamieri (3-6 centímetros)
As ceratas desta lesma têm uma forma distinta, sem tubérculos, mas com uma série de anéis elevados em suas faces externas. Elas têm pseudobrânquias brancas espessos nas faces internas e os anéis elevados têm linhas marrons em seus ápices, contornados por laranja. Este nudibrânquio é uma raridade encontrada apenas na Ilha Samarai no Canal Kwato, Província de Milne Bay, Papua Nova Guiné.
Phyllodesmium iriomotense (1-2 centímetros)
Pouco se sabe do muito diminuto e esquisito Phyllodesmium iriomotense. É um dos poucos nudibrânquios que não vivem em endossimbiose com a zooxantela, daí a falta de cor. O nome específico iriomotense refere-se à sua localidade, a ilha Iriomote, Ilhas Ryukyu, Japão.
Cyerce kikutarobabai (2-3 centímetros)
Pouco ou nada se sabe sobre esta espécie aparentemente pequena de Cyerce, pois forma feitos poucos registros dele próximo a Ilha Yoron, no Japão. O nome específico kikutarobabai é uma homenagem ao malacologista japonês Kikutaro Baba.
Pteraeolidia ianthina (2-5 centímetros)
Pteraeolidia ianthina é uma das mais comuns e conhecidas espécies de eolídio do Pacífico tropical. É um dos nudibrânquios mais comuns nas águas costeiras da costa leste australiana e na Grande Barreira de Coral, vivendo na zona eufótica até aos 30 metros de profundidade. A coloração dourada resulta da presença de zooxantelas nos seus tecidos.
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