Como os primeiros humanos tinham dentição perfeita sem ortodontia?

De acordo com o registro fóssil, os humanos antigos geralmente tinham dentição perfeita, completa com dentes do siso. Na verdade, os dilemas dentários que alimentam a demanda por aparelhos e extrações de dentes do siso hoje parecem ser desenvolvimentos recentes. Então o que aconteceu? Embora seja quase impossível saber com certeza, os cientistas têm uma hipótese. Devemos considerar que houve uma época em que os dentes brancos e as mandíbulas tinham que mastigar, mastigar, mastigar para que os alimentos fossem digeríveis, ou seja exercitávamos os músculos da boca e por conseguinte os dentes não eram encavalitados?

Compare aquela época com os hábitos alimentares contemporâneos que geralmente incluem alimentos mais macios e processados. Nossas mandíbulas e dentes trabalham tanto quanto os de nossos ancestrais? Por que temos dentes tortos quando nossos ancestrais não tinham? Este TED-Ed de G. Richard Scott explora a teoria predominante de que, à medida que as dietas das pessoas se tornam "menos mastigáveis", os maxilares diminuem de tamanho, levando ao apinhamento dentário.

Devido à sua função crítica na mastigação dos alimentos, o desenvolvimento dos dentes está sob forte controle genético. Por esse motivo, as mudanças de tamanho e morfologia ocorrem durante longos períodos de tempo. Pesquisas sobre fósseis de hominídeos e populações humanas recentes mostram que houve uma mudança gradual no tamanho dos dentes nos últimos 100.000 anos.

Nem todas as populações foram igualmente afetadas. A mudança é menos pronunciada em populações que mantiveram um estilo de vida tradicional de caça/coleta até tempos recentes. É mais pronunciado em populações que mudaram suas economias de caça/coleta para uma dependência de plantas e animais domesticados.

Esta mudança de subsistência ocorreu em momentos diferentes em lugares diferentes, por exemplo, 12.000 anos atrás no Oriente Médio a 4.000 anos atrás na África Ocidental. A variação no tamanho dos dentes entre as populações humanas modernas é uma das razões pelas quais há variação geográfica na frequência do apinhamento dentário.