Um estudo científico de 2004 concluiu que ao menos 30 espécies de pássaros e 29 espécies de mamíferos compartilham o mesmo padrão de tom e velocidade em mensagens básicas. Portanto, os humanos e essas 59 espécies podem se entender quando expressam "agressão, hostilidade, apaziguamento, acessibilidade, submissão e medo". Isso é chamado comunicação humano-animal, a comunicabilidade que pode ser observada em circunstâncias casuais entre humanos e outros animais, variando de sinais não verbais e vocalizações ao uso da linguagem. |
Um exemplo são as interações entre animais de estimação e seus donos, que podem refletir uma forma de fala, embora não necessariamente um diálogo verbal. Um cão que está sendo repreendido é capaz de entender a mensagem interpretando pistas como a postura do dono, o tom de voz e a linguagem corporal.
Essa comunicação é bidirecional, pois os donos podem aprender a discernir as diferenças sutis entre latidos ou miados, e há uma clara diferença entre o latido de um cão raivoso defendendo sua casa e o latido feliz do mesmo animal enquanto brinca. A comunicação (geralmente não verbal) também é significativa em atividades equestres, como adestramento.
Os cuidadores de chimpanzés, por exemplo, sabem que eles podem emitir pelo menos 32 sons com significados distintos para os humanos. De fato, chimpanzés, gorilas e orangotangos usaram linguagem de sinais, tokens físicos, teclados e telas sensíveis ao toque para se comunicar com humanos em inúmeras pesquisas. A pesquisa mostrou que eles entendiam múltiplos sinais e os produziam para se comunicar com humanos. Há algum desacordo se eles podem reordená-los para criar significados distintos.
Nos anos 1920, as orcas batiam na água da baía de Twofold, em Nova Gales do Sul para sinalizar aos baleeiros humanos que as orcas estavam reunindo grandes baleias nas proximidades, para que os humanos enviassem barcos para arpoá-las, matando-as mais rápido e com mais segurança do que as orcas podiam. As orcas comiam partes macias das baleias, deixando a gordura e os ossos para os humanos.
Em Laguna, Santa Catarina, e também em Tramandaí, Rio Grande do Sul, os golfinhos são conhecidos por conduzir os peixes em direção aos pescadores que esperam na praia e sinalizar para eles quando lançar suas redes, mesmo quando a água está muito escura para os pescadores verem a chegada dos peixes. Os golfinhos pegam peixes sem rede desorientados pela rede.
A comunicação humano-animal também pode ser usado pelo animal para pedir ajuda. A comunicação animal geralmente envolve sinais. Quer se trate de uma excreção de cheiros, de feromônios, de uma vocalização ou de um movimento, estes sinais carecem das características essenciais de uma linguagem. Embora alguns animais se comuniquem por meio de sons. Vejam o exemplo do vídeo abaixo onde um esquilo realmente pede água a um transeunte.
Pegue um jovem corvo selvagem, em Elmsdale, Nova Escócia, por exemplo. Em 2013, Gertie Cleary espiou o pássaro empoleirado em uma cerca, com espinhos de porco-espinho presos em sua asa e rosto. Os espinhos são farpados, como um anzol. E eles realmente machucam. Então Gertie calçou um par de luvas antes de se aproximar da ave. Agora você pode pensar que o corvo ficaria com medo e voaria para longe. Mas não este corvo, que queria ajuda. Ele gritava de dor cada vez que Gertie arrancava um espinho. Mas ficou parado e deixou que ela fizesse isso. Uma vez livre dos espinhos, o corvo voou para longe.
Uma mãe ganso da vida real foi um passo além. Quando um de seus gansos se enroscou em uma corda de balão, ela "chamou" a polícia bicando a porta de uma viatura estacionada nas proximidades. Quando os policiais curiosos saíram do veículo, ela os levou direto para seu bebê indefeso.
Corvos são de fato muito inteligentes e espertos. Ainda que a seguinte ave podia facilmente voar e encontrar uma fonte de água, ele decidiu que queria tomar a água da garrafinha. É incrível quantas formas diferentes de vida selvagem reconhecem uma garrafa de água e o que ela contém.
Os corvos e esquilos não são os únicos animais que pedem ajuda. Em Fairfax, Califórnia, um cervo se aproximou de um carro da polícia e olhou para ele até que o homem notasse que ele tinha uma perna quebrada. Em uma reserva natural na África do Sul, uma mãe girafa desesperada conduziu um guia de vida selvagem até seu filhote ferido. E em um dia de calor escaldante, em Adelaide, na Austrália, um coala sedento implorou a um grupo de ciclistas que lhe dessem água. Os coalas normalmente se mantêm hidratados mastigando folhas de eucalipto, mas bebem água em climas quentes ou se não houver umidade suficiente nas áreas circundantes devido à seca, por exemplo. Em todos os casos, humanos gentis ajudaram.
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