Turista que rabiscou iniciais no Coliseu diz que não sabia que era antigo

Depois que as autoridades identificaram o turista que esculpiu as iniciais dele e de sua namorada no Coliseu Romano, o sujeito, Ivan Danailov Dimitrov, de 31 anos, escreveu uma carta de desculpas. Sua desculpa? Ele desconhecia a "antiguidade do monumento". Talvez ele esteja falando a verdade e não tenha ideia de que essa estrutura incrível é velha... muito velha... 2.000 anos, na verdade. E isso é deprimente. Ivan pode pegar de dois a cinco anos de prisão e deve pagar uma multa de aproximadamente 80 mil reais.

- "Admito com profundo embaraço que foi somente depois do lamentável ocorrido que fiquei sabendo da antiguidade do monumento", escreveu o jovem de origem búlgara, em uma carta datada de 4 de julho e dirigida a promotoria, prefeito e município de Roma.

Ele reconheceu a "gravidade do ato que cometi e peço sinceras desculpas aos italianos e ao mundo inteiro pelos danos causados a um monumento, que é, de fato, patrimônio de toda a humanidade."

O tijolo que foi desfigurado era na verdade parte de uma parede construída durante uma restauração do monumento em meados do século 19, que foi inaugurada no século I d.C. Mas isso fez pouca diferença para as autoridades do Coliseu, que disseram que isso não mudava o fato de que o ato foi puro vandalismo.

Ivan acabou sendo identificado por policiais militares italianos que cruzaram os nomes dos dois namorados com os de hóspedes registrados em Roma e descobriram que eles haviam se hospedado em um Airbnb no bairro Cinecittà.

Roberto Martina, o comandante da polícia que supervisionou a operação, disse que eles rastrearam Ivan até a Inglaterra, onde ele e sua namorada, que não está sob investigação, vivem.

A Itália não é estranha a visitantes indisciplinados que deixam sua marca. Três anos atrás, uma série de incidentes levou os legisladores a endurecer as penas por vandalizar o venerável patrimônio cultural da Itália. E o país quer impor leis ainda mais duras aos ativistas climáticos, que andaram vandalizando propriedades culturais para protestar contra o que chamam de inação do governo em relação às mudanças climáticas.