Você sabia que Frank Sinatra foi um ferrenho defensor dos direitos civis?

O ator, cantor e intérprete vencedor do Oscar Frank Sinatra vendeu mais de 150 milhões de discos, foi amigo e convidado de presidentes dos Estados Unidos e estrelou (e dirigiu) vários filmes de sucesso. Embora ele tenha morrido em 1998, suas realizações e seus muitos escândalos e explosões públicas ainda são lembrados. Frank nasceu de imigrantes italianos da classe trabalhadora em Hoboken, Nova Jersey, em 1915. Sua mãe era uma parteira que supostamente realizava abortos ilegais, e seu pai policial com laços diretos com uma família mafiosa italiana.

Com efeito, seus pais se tornaram donos de tabernas em 1920, vendendo álcool com sucesso durante a Lei Seca devido a suas conexões políticas. Enquanto isso o filho abandonou o ensino médio, tornou-se um ídolo adolescente nos anos 40 e alcançou o estrelato.

As biografias de Sinatra e os arquivos do FBI sobre seu comportamento inadequado surgiram algum tempo após sua morte e quase todos retratam o cantor com um verdadeiro "galinhão". No final dos anos trinta, ele foi preso por sedução. Um delito que existia na época quando um homem convencesse uma mulher "solteira e casta" de boa reputação a dormir com ele.

Esta prisão rendeu a infame foto policial do jovem Sinatra, mas a acusação foi retirada e comutada para "adultério" quando a imprensa soube que a mulher em questão já era casada.

Ainda casado com Nancy, ele teve um caso com a atriz Ava Gardner, que foi o maior escândalo de Hollywood na época. Ele logo se divorciou de Nancy e se casou com Ava. Depois de um par de anos trocando chifres o casal acabou se separando.

Estas histórias polêmicas do cantor são bem conhecidas do público; menos conhecida foi a forma que ele demonstrou uma dedicação inabalável ao movimento dos direitos civis e defensor declarado contra o racismo. Ele participou ativamente da promoção da integração e igualdade racial em uma época em que tais posturas nem sempre eram bem recebidas.

Sinatra tomou uma decisão consciente de boicotar hotéis e clubes que praticavam a segregação racial, recusando-se a se apresentar em locais que não permitiam a presença de negros. Além disso, ele garantiu que os membros de sua banda, independentemente de sua raça, recebessem tratamento e remuneração iguais, dando um exemplo progressivo para a indústria do entretenimento.

Um momento crucial nos esforços de integração de Sinatra ocorreu durante a ascensão de Las Vegas como um popular centro de entretenimento. Naquela época, artistas negros podiam tocar nos palcos da cidade, mas eram proibidos de se hospedar em hotéis.

Sinatra assumiu a responsabilidade de confrontar o conselho de administração municipal, que tinha históricos questionáveis, e instou-os a abraçar o progresso, permitindo acesso igual para todos. Ele desafiou suas crenças ultrapassadas enfatizando que "o dinheiro é verde", enfatizando a importância da inclusão. Por meio de sua influência e apoio, principalmente para o amigo Sammy Davis Jr., Las Vegas acabou se tornando uma cidade integrada.

Sinatra não apenas agiu de acordo com suas crenças, mas também usou sua fama e plataforma para apoiar outros ativistas dos direitos civis. Ele apoiou ativamente Martin Luther King Jr. e contribuiu significativamente para os esforços de arrecadação de fundos que fortaleceram o Movimento dos Direitos Civis.

Em 1958, Sinatra expressou com eloquência sua crença na amizade universal desprovida de distinções raciais ou de classe, enfatizando que as verdadeiras conexões são construídas com respeito mútuo, afeto e valores compartilhados.

O compromisso de Frank Sinatra com a igualdade racial e sua crença em amizades universais serviram de inspiração para muitos durante um período crítico da história americana. Suas ações e defesa demonstraram o impacto que uma figura pública pode ter ao usar sua influência para promover mudanças positivas e união entre todos os indivíduos.