O Azerbaijão, localizado entre o Mar Cáspio e as montanhas do Cáucaso, abriga centenas de vulcões de lama ativos. Conhecidos localmente como "yanardagh", que significa "montanha em chamas", estes vulcões expelem regularmente lama, água, gases e chamas, criando uma paisagem espetacular. Existem vulcões de lama em praticamente todos os continentes, mas estima-se que o Azerbaijão tenha cerca de 400 deles, mais da metade do total mundial. A maioria é encontrada ao longo da costa do Mar Cáspio, particularmente na Península Absheron e na área protegida de Gobustan. |
Os vulcões de lama formam-se quando a água quente nas profundezas da terra começa a misturar-se com os depósitos minerais subterrâneos, criando uma lama espessa que é então expelida para a superfície devido a desequilíbrios de pressão locais. As erupções ocorrem regularmente, embora de forma imprevisível, com intervalos que variam de alguns anos a séculos entre cada evento.
Também conhecidos como vulcões sedimentares, são primos próximos dos vulcões magmáticos. Assim como os vulcões magmáticos, eles podem entrar em erupção poderosamente e lançar chamas a grandes alturas (às vezes até centenas de metros). Eles expelem milhões de metros cúbicos de gases hidrocarbonetos e toneladas de lama. Vulcões de lama também existem no fundo do mar e podem formar ilhas e bancos que alteram a topografia e a forma da costa e até provocam terremotos.
Seu tamanho varia de apenas um ou dois metros de altura e largura até 700 metros de altura e 10 quilômetros de largura. Os geólogos acreditam que os vulcões de lama do Azerbaijão têm cerca de 25 milhões de anos.
As erupções costumam ser espetaculares, com explosões subterrâneas, chamas que atingem muitos metros de altura e lama e pedras ejetadas para o ar. No entanto, raramente representam um perigo significativo, uma vez que as temperaturas são muito mais baixas do que nos vulcões ígneos, variando desde um pouco acima de zero até cerca de 100°C. Em alguns lugares são usados até para tomar banhos de lama.
Desde 1810, ocorreram cerca de 200 erupções em 50 vulcões no território da República do Azerbaijão, algumas com chamas de até 1.000 metros de altura. O próprio Mar Cáspio tem mais de 140 vulcões de lama subaquáticos, e oito das ilhas do arquipélago de Baku originaram-se como vulcões de lama.
Além de sua beleza e raridade geológica, os vulcões de lama têm diversos usos práticos. O lodo e o material ejetado são utilizados nas indústrias química e de construção, e também se acredita que tenham propriedades curativas, sendo utilizados em tratamentos terapêuticos e spas. O gás emitido, que é principalmente metano, também pode ser coletado e utilizado como combustível.
Os cientistas estão particularmente interessados em estudar os vulcões de lama do Azerbaijão, pois poderão lançar luz sobre fenômenos geológicos semelhantes noutros planetas. Na verdade, acredita-se que algumas formações em Marte sejam antigos vulcões de lama, agora adormecidos.
Com suas centenas de vulcões de lama em constante atividade, o Azerbaijão oferece aos visitantes o raro espetáculo de ver de perto erupções vulcânicas reais, mas sem o perigo da lava incandescente. Esta peculiar maravilha natural faz deste pequeno país do Cáucaso um destino fascinante tanto para turistas como para cientistas.
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