Kim Ung-Yong nasceu em 8 de março de 1962, em Seul, Coreia do Sul. Seu pai, Kim Soo-Sun, era professor de física na Universidade Konkuk, e sua mãe, Yoo Myung-Hyun, também era professora. De acordo com ela, quando tinha um ano de idade, Kim havia aprendido o alfabeto coreano e 1.000 caracteres chineses estudando o "Clássico dos Mil Caracteres, um poema chinês do século VI. Aos três anos, ele era capaz de resolver problemas de cálculo, e também publicou um livro best-seller de 247 páginas com seus ensaios em inglês e alemão , bem como sua caligrafia e ilustrações. |
Aos cinco anos de idade, Kim falava coreano, inglês, francês, alemão e japonês. Foi com essas idade que Kim apareceu na TV Fuji no Japão e chocou o público ao resolver equações diferenciais. Mais tarde, ele apareceu novamente na televisão japonesa, onde resolveu complicados problemas de cálculo diferencial e integral. Um teste de QI feito na época apontou que o pequeno gênio superava os 210 pontos.
Kim supostamente foi estudar física nuclear na Universidade do Colorado quando tinha oito anos, segundo fontes populares, onde concluiu o mestrado e o doutorado em 'física nuclear/térmica. Aos 10 anos, tornou-se pesquisador da NASA, a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA, e a vida do gênio seguiu para o sucesso, ainda que se pai tenha afirmado certa vez que tudo isso era bobagem.
No entanto, a vida na NASA era difícil para uma criança de 10 anos lidar sozinha. Ele diz que estava cansado da rotina diária de resolver tarefas atribuídas todos os dias e não tinha amigos em quem pudesse contar quando estava passando por momentos difíceis.
- "Eu me senti muito sozinho. Não tinha nenhum amigo para conversar" disse ele. - "Eu podia me exercitar e desfrutar de hobbies depois do expediente, mas não havia ninguém para fazer isso comigo. Eu vim de um país diferente e era criança. Todos eram adultos, mas não havia espaço para uma criança."
A vida na América era uma experiência solitária em uma época em que ele deveria passar seu tempo brincando em escorregadores e jogando futebol no parquinho como crianças comuns.
- "A ideia de querer fugir passou pela minha cabeça inúmeras vezes", disse Kim.
Embora tivesse um cérebro melhor do que qualquer outra pessoa, ele também era um menino que estava passando pela puberdade e depois de 8 anos decidiu voltar para a Coreia porque achou que sua rotina era muito difícil e solitária. No verão de 1978, Kim largou o emprego como pesquisador da NASA e voltou para a Coreia.
Ao voltar para casa, ele pensou que conseguiria continuar trabalhando em qualquer lugar com a experiência que adquiriu morando nos Estados Unidos. No entanto, ele se deparou com uma dificuldade inesperada. Ele concluiu o mestrado e o doutorado nos Estados Unidos ainda jovem, mas por sempre ter sido aluno auditado, sua formação acadêmica não foi reconhecida em seu país.
- "Por conta disso, não recebi nenhum crédito nem meu diploma foi reconhecido", lembrou Kim.
Como ele não tinha diploma, não havia um único lugar para onde pudesse ir, de fato, ele precisava até mesmo de um diploma do ensino fundamental e médio para poder entrar em uma universidade. Ele então fez exames de qualificação do ensino fundamental e médio para entrar na faculdade. No entanto suas notas de Educação Física fora medíocres.
Desta vez, a intensa atenção da mídia se voltou para as críticas negativas e ele começou a ser chamado de "gênio fracassado". As pessoas o menosprezaram, pois achavam que ele seria bom em tudo.
- "A Coreia para a qual voltei era diferente da Coreia de onde saí antes", lamentou Kim.
- "Nunca disse que era um gênio. Eu estava sentado quieto, e então eles me colocaram em cima e me derrubaram novamente. Ter um QI alto não significa que você possa ser bom em tudo", disse ele. - "O mesmo acontece com o esporte, e é natural que eu não saiba nada sobre assuntos que não estudei, mas as pessoas dizem que todos deveriam ser bons nisso. Estão dizendo coisas sem saber o que é óbvio."
Naquela época Kim não conseguia nem dormir por causa da injustiça e queria fugir de toda a atenção que recebia. Ele então deixou Seul e foi para o interior e ingressou na Universidade Nacional de Chungbuk. A vida escolar deu-lhe uma vida diferente. Pela primeira vez na vida ele saiu com amigos, e bebeu makgeolli, e cada pequeno detalhe do seu dia a dia lhe trazia uma felicidade que ele nunca teve.
- "Eu não tenho passado. Isso significa que não houve tempo quando eu era jovem", explicou Kim. - "Não tenho nenhuma lembrança do ensino fundamental e médio. Então, durante a minha vida universitária, aprendi muitas coisas que não sabia antes e fiquei feliz com isso."
Ele formou-se na universidade e continuou sua pesquisa acadêmica, publicando mais de 100 artigos internacionais. Desde 1993, ele lecionou como professor em meio período em 11 universidades, incluindo a Universidade Yonsei e a Universidade Sungkyunkwan, e lecionou para estudantes de pós-graduação no Departamento de Engenharia Civil e Ambiental por seis anos até 2004.
Em julho de 2006, ingressou na chefia da Corporação de Desenvolvimento de Chungbuk por meio de recrutamento público e começou sua vida como quase funcionário público. O gênio vivia uma vida normal com sua esposa e dois filhos.
No entanto ele também abandonou a condição de funcionário semi-civil e tornou-se professor em tempo integral.
Ele deixou de ser chefe para se tornar professor do Departamento de Artes Liberais da Universidade Shinhan e também assumiu o cargo de vice-presidente do Instituto de Desenvolvimento Gyeonggi. Mas apesar de todo o seu sucesso na vida corporativa, ele ainda se lamenta de ter sido chamado de "gênio fracassado", por estar mais feliz com sua nova vida do que com sua fama passada.
- "Não quero ser notado ou famoso como um gênio brilhante. Quero viver uma vida normal onde possa me divertir fazendo o que quero e me comunicar calorosamente com minha família e vizinhos. Estou muito feliz por me tornar oficialmente professor universitário e pretendo dedicar minha paixão a ensinar estudantes mais jovens", comemora Kim.
Em 2012 ele passou a fazer parte do Livro Guinness dos Recordes com uma das pessoas mais inteligentes do mundo atual, com seu QI 210 pontos, mas ele não se importa mais com isso pois nem a honra de ser o melhor cérebro do mundo nem a oportunidade de progredir na vida lhe deram felicidade.
Em 2016, após ser interpelado mais uma vez por um repórter sobre a história de "gênio fracassado", Kim criticou a ideia, refletindo sobre o rótulo, ele afirmou:
- "Estou tentando dizer às pessoas que estou feliz do jeito que sou. Mas por que as pessoas têm que chamar a minha felicidade de fracasso?" Além disso, acrescentou que - "Alguns pensam que pessoas com QI alto podem ser onipotentes, mas isso não é verdade. Olhe para mim, não tenho talento musical, nem sou excelente nos esportes. Por favor, me deixem ser feliz da forma que escolhi."
Na atualidade, o professor Kim evita falar com a imprensa, pois descobriu que essa é a única forma de ter um pouco de sossego e viver a vida do jeito que ele escolheu. A sociedade não deveria julgar qualquer pessoa com padrões unilaterais, afinal todos temos diferentes níveis de aprendizagem, esperanças, expectativas, talentos e sonhos e devemos respeitar isso.
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