O vício em sexo divide opiniões de especialistas, mas para algumas pessoas é uma condição muito real que pode ser vergonhosa e até "destruidora de vidas". Enquanto algumas instituições pedem que a ajuda seja disponibilizada serviços público de saúde, alguns especialistas discordam que o vício em sexo seja uma condição que precisa ser tratada. Mãe de três filhos, Rebecca Barker, disse que a compulsão tomou conta de sua vida em 2014 e arruinou seu relacionamento. Seu vício fazia com que ela constantemente pedisse sexo ao parceiro e isso causou sérios problemas em seu relacionamento. |
- "Na pior das hipóteses, mesmo fazer sexo cinco vezes por dia não era suficiente", disse ela - "Senti que tudo me lembrava disso. Acho que estava ligado à minha depressão e à falta de serotonina. Isso estava me dando um golpe instantâneo e cinco minutos depois eu queria de novo."
Embora estivesse ciente de que estava tendo esses sentimentos, ela não percebeu que era um vício na época e se sentiu muito envergonhada.
- "No começo ele estava bem com isso, mas no final ele não conseguia entender nada. Depois de alguns meses, ele começou a levantar questões sobre por que e de onde vinha", disse ela. - "Ele me acusou de ter um caso pois pensou que eu devia estar me sentindo culpada por isso."
- "Antes de eu ter o vício, sexo com meu parceiro era um experiência prazerosa", disse ela. - "Mas eu não encontrava nenhum prazer durante o vício em si, era como se eu tivesse que tomar uma dose e, assim que acabasse, queria outra."
Por isso Rebecca não gosta muito da expressão "vício em sexo" e menos ainda de "ninfomaníaca", porque, ao contrário de outros vícios, por exemplo, vício em álcool, ela não acha que seja a mesma coisa.
- "Achei que era mais um comportamento obsessivo compulsivo", explicou Rebecca. - "Ademais como eu poderia saber se isso era um vício ou apenas um grande desejo sexual?"
Em novembro de 2014, Rebecca precisava de uma pausa no relacionamento e foi morar com a mãe.
- "Quando saí, disse ao meu parceiro que precisava melhorar. Ele me deixou ir, e o relacionamento acabou muito rapidamente depois disso", explicou a mulher. - "Eu estava sob os cuidados de uma psiquiatra na época. Ela dizia que iria alterar minha medicação, mas nunca disse que havia grupos de apoio ou algo assim."
Rebecca foi diagnosticada com depressão pós-parto em 2012, após o nascimento de seu terceiro filho. Foi nessa mesma época que ela ficou obcecada em fazer sexo e cinco vezes por dia não era suficiente.
Ela disse que depois que a situação se intensificou em 2014, ela mudou de emprego, separou-se do parceiro e mudou-se para a França. Ela fez muitas mudanças no estilo de vida para superar a depressão e controlar o vício e para ela isso funcionou.
- "Estou de volta ao normal, acho que não é mais uma obsessão para mim, tenho uma vida sexual perfeitamente normal com meu novo parceiro", disse a mulher. - "É por isso que não gosto do fato de estar associado ao vício, porque é algo que você pode voltar e levar uma vida normal enquanto os alcoólatras, por exemplo, se eles tiverem que parar de beber álcool completamente, talvez não consigam"
Peter Saddington, da Relate, uma ONG britânica fornecedora de apoio a relacionamentos disse que há terapia e trabalho em grupo disponíveis para viciados em sexo, mas a maior parte é privada.
- "Os viciados percebem que isso está causando danos, mas não conseguem parar e reconhecem que precisam de ajuda para mudar isso", disse ele. "Para os alcoólatras, existe os Alcoólicos Anônimos, Então seria apropriado que os viciados em sexo pudessem ir ao seu médico de família e obter apoio porque isso tem um efeito paralisante tanto para eles, como para os relacionamentos, para as suas famílias, para a sua situação financeira e para a sua saúde mental."
- O site Viciados em Sexo Anônimos aponta que mais de 90% das pessoas que procuram ajuda para o vício em sexo são do sexo masculino.
- A maior faixa etária de 31% tem entre 26 e 35 anos, 1% tinha menos de 16 anos e 8% tinha mais de 55.
- O comportamento sexual compulsivo, também conhecido como ninfomania, é classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como transtorno mental.
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