Daguerreótipos raros são as primeiras fotos sobreviventes do Irã na década de 1850

Quando a fotografia ainda estava na sua infância, um italiano registrou algumas das paisagens mais espetaculares do Irã em raros daguerreótipos. Luigi Pesce, um coronel italiano, viajou para o Irã para treinar unidades de infantaria em 1848. Enquanto estava lá, seu entusiasmo pela fotografia o levou a viajar por todo o país e capturar o que via. Há um total de 75 fotografias nesta coleção rara, a maioria das quais tirada na década de 1850. Essas imagens retratam tudo, desde arquitetura e monumentos no Irã, incluindo Persépolis, Pasárgadas e Naqshe-e Rustam, bem como a vida cotidiana e as pessoas desse período.

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Embora tenha havido outro fotógrafo que viajou anteriormente ao Irã para fazer a mesma coisa, essas imagens não sobreviveram, motivo pelo qual a coleção de Luigi continua a ser o exemplo fotográfico mais antigo do Irã.

Ele compilou todas as suas fotos em um livro e deu uma cópia ao Xá Naceradim Cajar, ele próprio um fã da fotografia, em 29 de abril de 1858. Naceradim foi o primeiro monarca persa moderno que visitou formalmente a Europa e escreveu sobre suas viagens em suas memórias. Modernista, permitiu a implantação de jornais no país e fez uso de modernas tecnologias como o telégrafo, a fotografia e também projetou concessões para ferrovias e obras de irrigação.

Mais tarde, Luigi deu uma segunda cópia da coleção a Príncipe William I, Rei da Prússia, que mais tarde foi doada ao Museu Metropolitano de Arte de Nova York. Além de fornecer vislumbres únicos da vida no Irã no século XIX, há também retratos do próprio Xá durante os primeiros anos do seu reinado.

Naqueles anos o Irâ ainda era conhecido como Pérsia, o nome nome metonímico pelo qual os gregos da Antiguidade designavam o território governado pelos reis aquemênidas. Essa denominação foi usada até 1934, quando Reza Pálavi, por decreto substitui o nome "Pérsia" por Irã.

De fato, o país sempre fora chamado "Irã", por seu povo, embora, durante séculos, tivesse sido referido pelo ocidente como "Pérsia", por influência dos historiadores gregos. Mais tarde, em 1959, ambos os nomes passaram a ser admitidos oficialmente pelo governo iraniano, embora a denominação "Irã" tenha se tornado a mais usual no Ocidente a partir de 1935.

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Link do Youtube

Fotos: Museu Metropolitano de Arte via Google Artes & Cultura.