A origem acidental dos banhos quentes ao ar livre de capivaras no Japão

Beryl Shereshewsky, do canal do Youtube Great Big Story, visitou o Zoológico Izu Shaboten, na província de Shizuoka, no Japão, cuja maior atração são os banhos quentes de capivaras. O diretor Chiaki Nakamura explicou como o zoológico teve a ideia de fornecer banhos ao ar livre para as capivaras residentes por uma feliz casualidade. Segundo ele, certa manhã de 1982, quando os cuidadores estavam limpando o espaço das capivaras com água quente, as capivaras começaram a se reunir na poça de água quente e colocaram o traseiro nela e não arredaram as patas.

- "Tivemos a ideia de fazer um banho para elas e a partir desse momento tudo mudou", disse ele.

A anatomia da capivara permite ficar horas submersa em água morna. Seus olhos, orelhas e narinas ficam no topo da cabeça para que possam manter seus corpos submersos por horas a fio e as pessoas agora se reúnem ali no zoológico, porque este é o berço das fontes termais das capivaras.

Nakamura explicou ainda que a natureza calma das capivaras atrai os visitantes.

- "Elas parecem trazer uma sensação de calor e conforto aos espectadores e é por isso que todos se reúnem", disse Chiaki.

As capivaras, os maiores roedores do mundo, são mesmo conhecidas por sua natureza descontraída e gentil. Esse comportamento pode ser atribuído à sua estrutura social e ao fato de serem herbívoras. A sua falta de uma resposta forte de luta ou fuga pode dever-se à sua confiança nos seus fortes laços sociais e à sua capacidade de procurar segurança em números.

É claro que há quem possa argumentar que a "mania da capivara" é apenas mais um exemplo da facilidade com que os jovens se distraem com tendências triviais nas redes sociais. Mas eu diria que são precisamente esses pequenos momentos de alegria e admiração que fazem a vida valer a pena. Quer estejamos observando capivaras pulando na água ou simplesmente aproveitando um momento para apreciar a beleza do mundo natural, esses momentos nos conectam a algo maior, mais fofo e mais simples do que nós mesmos, ao mesmo tempo que nos ancoram no conforto que essas pequenas telas quadradas oferecem.