Em todo o mundo, incêndios florestais mortais, desde a Califórnia, passando pelo Brasil até à Austrália, a cada ano estão criando novos riscos tanto para os seres humanos como para o planeta. A temporada de incêndios está ficando cada vez mais longa e pior. Não é mais uma questão de saber se um desastre vai acontecer. É uma questão de quando isso acontecerá. O problema é que estão geopolitizando os incêndios: na porção setentrional do globo as mudanças climáticas são um dos principais impulsionadores do aumento da atividade dos incêndios; na meridional, os desmatamentos. |
Em meio à crescente devastação, a tecnologia pode oferecer uma solução promissora que antes era considerada impossível: extinguir incêndios florestais com ondas sonoras. O avanço veio em 2015, quando dois estudantes de graduação em engenharia, Seth Robertson e Viet Tran, criaram um extintor acústico para seu projeto sênior na Universidade George Mason.
James, do canal do Youtube Action Lab, que explicou anteriormente como um aplicativo de telefone era capaz de apagar velas usando som, conectou um canhão de ar a um alto-falante gigante para mostrar como o som direcionado poderia extinguir grandes incêndios em cozinhas. Ele também se inspirou no referido estudo de Viet e Seth, que inventaram o extintor que emite ondas sonoras de baixa frequência.
Criado inicialmente para apagar pequenos incêndios em cozinhas, o extintor acústico rapidamente se tornou viral. Hoje, a dupla continua pesquisando com o objetivo de ampliar seu projeto para combater grandes incêndios florestais.
O extintor acústico funciona usando ondas sonoras -um tipo de onda de pressão- para afastar o oxigênio da fonte da chama e espalhá-lo por uma área de superfície maior. Essas ações quebram o triângulo de combustão do fogo composto de calor, combustível e oxigênio, os três elementos necessários para a combustão de um incêndio. O extintor acústico apaga chamas usando graves de baixa frequência (30 a 60 Hz) sem depender de água ou produtos químicos.
As tecnologias acústicas foram testadas sem sucesso como ferramenta de combate a incêndios pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos Estados Unidos em 2008. Destemidos pelas falhas do passado, bem como pelo ceticismo de colegas e professores, Seth e Viet resolveram o problema adicionando anéis de vórtice, que movem partículas em círculos ao redor de um núcleo central, para transportar ondas sonoras por distâncias maiores sem perder massa ou energia cinética.
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