A NASA está procurando voluntários para missão simulada à Marte de um ano

Procura-se marcianos: passe um ano no habitat simulado de Marte pela NASA na Terra. Esta é a segunda "missão de superfície" simulada a Marte para ajudar a agência espacial a se preparar para uma missão humana real ao Planeta Vermelho. Chamada de Análogo de Exploração de Saúde e Desempenho da Tripulação (CHAPEA por suas siglas em inglês), a decolagem (ou seria pouso?) está prevista para o mês de dezembro de 2025 nas instalações do Centro Espacial Johnson em Houston.

De acordo com a NASA, cada missão CHAPEA envolve uma tripulação voluntária de quatro pessoas vivendo e trabalhando dentro de um habitat impresso em 3D de 158 metros quadrados. O habitat, chamado Duna de Marte Alfa, simula o desafios de uma missão em Marte, incluindo limitações de recursos, falhas de equipamentos, atrasos na comunicação e outros fatores de estresse ambiental.

As tarefas da tripulação incluem simulações de caminhadas espaciais, operações robóticas, manutenção de habitat, exercícios e cultivo de plantas, frutos, verduras e legumes.

A NASA está procurando cidadãos americanos saudáveis e motivados ou residentes permanentes que não sejam fumantes, tenham entre 30 e 55 anos de idade e sejam proficientes em inglês para uma comunicação eficaz entre os membros da tripulação e o controle da missão.

- "Os candidatos devem ter um forte desejo por aventuras únicas e gratificantes e interesse em contribuir para o trabalho da NASA na preparação para a primeira viagem humana a Marte", escreve a agência.

Embora o anúncio especifique que se trata de uma "tripulação voluntária", ele também afirma que a compensação financeiro pela participação na missão está disponível. Mais informações serão fornecidas durante o processo de seleção de candidatos.

De acordo com o periódico Houston Chronicle, não há muito secretismo com os aportes financeiros dedicados aos astronautas. Os quatro voluntários que já estão na metade da missão do simulador CHAPEA. O jornal relata que a NASA está pagando à tripulação cerca de 10 dólares (49 reais) por cada hora que passam na missão, totalizando 16 horas por dia, todos os dias, durante um ano inteiro. O contracheque? Cerca de 290 mil reais anuais.