O MDig tem uma série de posts sobre o genial fotógrafo Sergey Mihailovitch Prokudin-Gorski, conhecido como o "pai da fotografia colorida". Ele estava tão a frente do seu tempo que as primeiras fotos que ele fez não podiam ser apreciadas como tal por não haver tecnologia que as revelasse na época. Ele tirou fotos coloridas incrivelmente precisas usando um método de três placas de cores diferentes, com o princípio RGB. As placas eram então sobrepostas frentes a uma fonte de luz que "revelavam" a imagem em uma parede ou painel à frente. |
Mais de meio século antes da fotografia colorida se estabelecer, o fotógrafo e cientista tirou fotos coloridas que parecem que foram feitas hoje de manhã.
Sergey estudou ciências e arte em São Petersburgo no final do século XIX. Ele se interessou por fotografia e foi aceito como membro da Seção Fotográfica da Sociedade Técnica Imperial Russa em 1898.
Em 1902, Sergey mudou-se para Berlim para trabalhar na Escola Técnica Superior em Charlottenburg onde desenvolveu seu método de 3 placas RGB.
O que nos leva ao início do outono de 1903 (a data exata não é conhecida), quando Sergey tirou algumas de suas primeiras fotos coloridas surpreendentes ao longo das margens do Lago e do Canal Saimaa, na Finlândia. Portanto, a Finlândia e a região dos lagos finlandeses são, de fato, as primeiras partes do mundo que foram artisticamente fotografadas a cores.
Estas imagens devem ter feito parte das primeiras exibições que ele organizou em 1905 em Moscou e São Petersburgo, na Seção Fotográfica da Sociedade Técnica Imperial Russa.
Em uma dessas exposições ele conheceu o todo poderoso Czar Nicolau II, de quem se tornou amigo. Nicolau contratou Sergey para documentar a enorme diversidade do Império Russo, que seria posteriormente utilizado nas escolas.
Depois de suas viagens por toda a Rússia com um vagão ferroviário motorizado dado por Nicolau, Sergey trabalhou em várias outras expedições, incluindo uma comemorando as campanhas napoleônicas 100 anos antes.
Mas à medida que as nuvens da guerra -o que se tornaria a Primeira Guerra Mundial- escureciam no horizonte do império, as viagens dele se tornaram perigosas. Ele inclusive tirou um tiro de raspão no que é hoje a Georgia.
Em agosto de 1918, Sergey deixou a Rússia e foi para a Noruega em uma viagem oficial, mas nunca mais voltou. O czar e sua família foram assassinados no mês anterior, durante a Revolução Russa.
Durante sua vida como fotógrafo Sergey juntou mais de 10.000 placas, mas com a sua ida para o exílio o estado russo confiscou mais de 50% delas, desviadas até hoje.
Atualmente ainda há um grande interesse em saber onde estão estas placas, de fato, há até caçadores de tesouros atrás delas. Expirado o período de direitos autorias sobre elas, quem achá-las ou possuí-las é certamente um bilionário.
Sergey encontrou seu merecido descanso em Paris, em 1920 e passou a maior parte do resto de sua vida na França. Um mês após a libertação de Paris em agosto de 1944, ele morreu. Em 1949, cinco anos após sua morte, seus herdeiros venderam o que restou de sua coleção para os arquivos da Biblioteca do Congresso americano por uma fortuna. A coleção continha 14 álbuns e 1.902 negativos de vidro triplo.
No entanto, os próprios técnicos de fotografia da Biblioteca do Congresso tiveram que esperar até meados dos anos 80, quando conseguiram desenvolver um mecanismo para revelar as placas para o papel e depois para o digital.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários