Os arqueólogos continuam a descobrir a área conhecida como Insula 10 do bairro Regio IX de Pompeia, e a escavação em andamento revelou uma sala com paredes com afrescos em um azul celeste incomum e sublime. A casa estava em construção na época, e a bela sala azul era apenas mais uma área de armazenamento. A descoberta recente inclui um impressionante sacrário azul-celeste, um espaço para rituais e conservação de objetos sagrados. Linhas vermelhas brilhantes nos nichos, onde provavelmente ficavam estátuas e outras iconografias devocionais. A sala de 8 metros quadrados é decorada no Quarto Estilo (60-79 d.C.), uma estética intrincada que era menos ornamental do que sua antecessora, mas tinha uma abordagem mais narrativa e arquitetônica. |
Adornando as paredes estão várias mulheres vestindo coroas de flores e trajes esvoaçantes, quatro dos quais correspondem às estações. Duas outras seguram um arado e um pedum, um cajado de pastor, e são alegorias da agricultura e do pastoreio de ovelhas.
Provavelmente não estava sendo usado ativamente para fins religiosos quando o Vesúvio fez o que fez em 79 d.C.. Os pesquisadores acreditam que a sala foi usada para armazenamento durante uma reforma maior quando o Monte Vesúvio entrou em erupção. A equipe descobriu 15 ânforas, dois jarros e duas lâmpadas no espaço, junto com materiais de construção e uma pilha de conchas de ostras vazias que provavelmente seriam moídas e adicionadas ao gesso.
Os pompeianos normalmente reservavam o azul para os espaços mais sagrados, e nem a cor nem os afrescos que o acompanham aparecem em uma descoberta próxima. Os arqueólogos também escavaram os aposentos dos empregados da villa de Civita Giuliana, um forte contraste com o sacrário. O quarto continha cama, ferramentas de trabalho, cesto, corda e tábuas de madeira, cujas formas foram preservadas pela matéria vulcânica, e os pesquisadores conseguiram recriar suas formas em gesso.
À medida que as cinzas se solidificaram, formando uma camada muito sólida conhecida como "cinerita", materiais orgânicos como corpos humanos, animais ou objetos de madeira se decompuseram, deixando um vazio no solo. Esses vazios podem ser preenchidos com gesso durante a escavação, para recuperar a forma original da impressão "negativa". Uma técnica que deu resultados extraordinários na villa de Civita Giuliana, desde os moldes de duas vítimas e um cavalo até os das modestas camas do bairro servil.
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