Ao contrário de seus parentes carnívoros, essas pequenas protelos solitários e noturnos sobrevivem com uma dieta quase inteiramente composta de cupins. Eles podem devorar até 300.000 insetos todas as noites, usando suas línguas pegajosas e superlongas para lambê-los. As línguas dos lobos-da-terra são largas e arredondadas, com papilas gustativas grandes e endurecidas. A areia que eles lambem com os cupins ajuda na digestão. Graças a essa dieta especializada, os lobos-da-terra têm dentes achatados, semelhantes a pinos, que não conseguem mastigar carne. |
Embora os animais ainda tenham presas, ao contrário de seus equivalentes carnívoros, eles as usam apenas para defender seu território e seus filhotes. Lobos-da-terra são as menores das quatro espécies de hienas, medindo de 55 a 80 centímetros de comprimento com até 50 centímetros de altura.
Ao contrário das hienas-malhadas (Crocuta crocuta) e das hienas-listradas (Hyaena hyaena), eles não vivem em matilhas e só se reúnem para acasalar e criar filhotes. É um animal tão tímido e arisco que até mesmo os sul-africanos não sabem identificá-lo.
Esse estilo de vida solitário também vem do gosto deles por cupins. Eles passam muitas horas lambendo cupins toda noite, e essa dieta baseada em forrageamento não é adequada para a vida em grupo. No inverno, quando os cupins são escassos, os lobos-da-terra reduzem seu metabolismo em 11%, passando mais tempo no subsolo para conservar energia.
Os cientistas não têm certeza de como os lobos-da-terra evoluíram pela primeira vez. O afastamento completo da espécie de seus parentes vivos e ancestrais extintos significa que eles são de uma "linhagem fantasma". Acredita-se que a espécie tenha surgido há cerca de 15 milhões de anos, com base na divergência genética de outras espécies de protelos, mas os primeiros fósseis que se assemelham à espécie datam de apenas 4 milhões de anos atrás.
No entanto, fósseis descobertos na China datados de 12 a 15 milhões de anos atrás revelaram uma espécie extinta de hiena, Gansuyaena megalotis, que também desenvolveu uma dieta de comer cupins. Embora não seja um ancestral direto dos lobos-da-terra, a descoberta ajuda a preencher as lacunas em nossa compreensão de como essas hienas incomuns surgiram.
A espécie vive exclusivamente na África, em duas populações distintas: uma no lado oriental do continente, da ponta do Egito ao sul até o centro da Tanzânia, e outra no sul, abrangendo o centro de Angola e Moçambique até a África do Sul.
Esses mamíferos noturnos vivem em savanas e pastagens secas e abertas, abrigando-se e criando seus filhotes em tocas abandonadas que eles mesmos ampliam.
A União Internacional para a Conservação da Natureza, que avaliou o lobo-da-terra pela última vez em 2014, considerou-o uma espécie pouco preocupante, com populações prósperas em muitos parques e reservas nacionais. A perda de habitat devido ao desenvolvimento humano pode ser problemática para os lobos-da-terra, especialmente quando os fazendeiros destroem os cupinzeiros dos quais os animais dependem para se alimentar.
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