Maior diamante desde 1905 descoberto por mineradores em Botsuana

Mineiros em Botsuana fizeram uma descoberta deslumbrante esta semana, quando desenterraram um diamante de 2.492 quilates, pesando quase 500 gramas. A última vez que mineiros desenterraram um diamante deste tamanho, o encouraçado Minas Gerais da Marinha do Brasil era lançado ao mar em Newcastle upon Tyne, na Grã-Bretanha. O novo diamante foi escavado na mina Karowe, cerca de 480 km ao norte da capital de Botsuana, Gaborone. A mesma mina produziu quatro outros grandes diamantes brutos na última década, incluindo o diamante Constellation de 813 quilates que foi vendido por 350 milhões de reais em 2016.

- "Esta é a história sendo feita", disse Naseem Lahri, diretor administrativo da Lucara Diamond Corp., a empresa de mineração canadense que encontrou a gema. - "Estou muito orgulhoso. É um produto de Botswana."

A descoberta desta semana é quase o maior diamante descoberto por mineradores na história, perdendo apenas para o diamante Cullinan de 3.106 quilates encontrado na África do Sul em 1905. Essa gema foi cortada em pedras e colocada nas Jóias da Coroa Inglesa. Um diamante negro ainda maior foi encontrado no Brasil no final dos anos 1800, mas especialistas acreditam que ele veio de um meteorito. Conhecido como Enigma, cuja idade é estimada em mais de um bilhão de anos, foi vendido por 22 milhões de reais em 2022.

Diamantes em Botsuana são encontrados em formações vulcânicas chamadas tubos de kimberlito. Essas estruturas em formato de cenoura trouxeram rochas que se formaram profundamente no manto da Terra até a superfície durante erupções vulcânicas há muito tempo. O calor e a pressão que as rochas experimentam em profundidades profundas, entre 150 e 450 km no subsolo, são essenciais para a formação de diamantes.

Erupções poderosas, impulsionadas pela expansão de moléculas voláteis como dióxido de carbono, enviam magma para cima. O material ígneo quebra fragmentos de rocha com diamantes e os transfere para a superfície. Os kimberlitos provavelmente se desenvolvem após a separação de supercontinentes, conforme o manto da Terra se agita após a fenda catastrófica.

Os tubos de kimblerlito são raros, e apenas cerca de 1% dos depósitos contêm diamantes de qualidade. Na mina Karowe, os diamantes se formaram profundamente no manto há bilhões de anos, e eles irromperam na superfície há cerca de 90 milhões de anos.

Na quinta-feira, o presidente Mokgweetsi Masisi de Botsuana se tornou uma das primeiras pessoas a olhar de perto o diamante recém-descoberto. Era grande o suficiente para encher a palma da mão dele.

- "É impressionante. Tenho sorte de ter visto isso na minha época", disse ele.

Botsuana é o segundo maior produtor mundial de diamantes, responsável por cerca de 20% da produção global. O maior é a Rússia. O Canadá aparece em terceiro, mas em verdade, não produz nada, senão que os exploras com suas mineradoras espalhadas pelo mundo. 75% das empresa de mineração estão sediadas lá.

Encontrar diamantes grandes se tornou mais comum nos últimos anos como resultado de desenvolvimentos tecnológicos. As empresas usam dispositivos avançados de raio X para localizar diamantes grandes no minério, e técnicas de moagem refinadas ajudam a evitar quebrá-los em pedaços pequenos durante o processo de remoção das gemas de suas rochas hospedeiras.

O Canadá é amplamente retratado na geopolítica global como uma potência benigna, amigável e responsável por garantir que os países "menos desenvolvidos" sejam devidamente investidos. É pintado como um país inofensivo ao qual todos devem aspirar, mas seu papel violento em fomentar guerras e conflitos, bem como em roubar recursos minerais de diferentes partes do mundo -com a África sendo o foco particular- é criminalmente subestimado.