Minhocas Bêbadas, Trutas Mortas e Vacas Leiteiras: Os Vencedores do Prêmio IgNobel de 2024

A 34ª Primeira Cerimônia Anual do Prêmio IgNobel foi realizada ontem à noite no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, retornando ao mundo real após quatro anos de realização virtual durante a pandemia. Dez prêmios foram concedidos para pesquisas que nos fazem rir e, em seguida, nos fazem pensar. O tema do prêmio deste ano foi a "Lei de Murphy", que simplesmente diz: "Se algo pode dar errado, dará errado"". Como se ilustrasse a contradição dessa lei, a cerimônia ocorreu sem problemas, apresentada como sempre por Marc Abrahams.

Os prêmios, concedidos pela revista Annals of Improbable Research, são realizados anualmente desde 1991. Os especialistas têm duas oportunidades para explicar seu trabalho. No primeiro eles devem fazê-lo em apenas 24 segundos. Para a segunda explicação de seu estudo, eles podem usar apenas sete palavras. Se você estiver interessado em ver a cerimônia completa, pode fazê-lo no vídeo abaixo.

As pesquisas premiadas este ano foram:

IgNobel da Paz [EUA] para BF Skinner por seus experimentos que estudam a viabilidade de alojar pombos vivos dentro de mísseis para guiar as trajetórias de vôo dos mísseis.

IgNobel de Botânica [Alemanha, Brasil, EUA] para Jacob White e Felipe Yamashita por demonstrarem que algumas plantas reais imitam as formas de plantas artificiais de plástico vizinhas.

IgNobel de Anatomia [França, Chile] para Marjolaine Willems, Quentin Hennocq, Sara Tuñón de Lara, Nicolas Kogane, Vincent Fleury, Romy Raysquiere, Juan José Cortés Santander, Roberto Requena, Julien Stirnemann e Roman Hossein Khonsari por estudarem se o cabelo humano a maioria das pessoas no Hemisfério Norte gira na mesma direção (sentido horário ou anti-horário?) que o cabelo da maioria das pessoas no Hemisfério Sul.

IgNobel de Medicina [Suíça, Alemanha, Bélgica] a Lieven A. Schenk, Tahmine Fadai e Christian Büchel, por demonstrarem que um medicamento falso que causa efeitos secundários dolorosos pode ser mais eficaz do que um medicamento falso que não causa efeitos secundários dolorosos.

IgNobel de Física [EUA] para James C. Liao por demonstrar e explicar a capacidade de natação de uma truta morta em uma rua de vórtice.

IgNobel de Fisiologia [Japão, EUA] a Ryo Okabe, Toyofumi F. Chen-Yoshikawa, Yosuke Yoneyama, Yuhei Yokoyama, Satona Tanaka, Akihiko Yoshizawa, Wendy L. Thompson, Gokul Kannan, Eiji Kobayashi, Hiroshi Date y Takanori Takebe por descobrirem que muitos mamíferos são capazes de respirar pelo ânus.

IgNobel de Probabilidade [Holanda, Suíça, Bélgica, França, Alemanha, Hungria, República Tcheca] para František Bartoš, Eric-Jan Wagenmakers, Alexandra Sarafoglou, Henrik Godmann e muitos outros colegas por provarem, tanto na teoria quanto por meio de 350.757 experimentos, que quando você joga uma moeda para o alto, ela tende a cair no mesmo lado em que foi lançada.

IgNobel de Química [Holanda, França] para Tess Heeremans, Antoine Deblais, Daniel Bonn e Sander Woutersen, por usarem cromatografia para separar vermes bêbados de sóbrios.

IgNobel Demografia [Austrália, Reino Unido] para Saul Justin Newman por seu trabalho de detetive para descobrir que muitas das pessoas famosas por terem vidas mais longas viviam em lugares com registros ruins de nascimento e morte.

IgNobel de Biologia [EUA] para Fordyce Ely e William E. Petersen por explodirem um saco de papel ao lado de um gato montado nas costas de uma vaca, para explorar como e quando as vacas vomitam seu leite.