Temos muito em comum com nossos parentes primatas mais próximos. Mas comparativamente, os humanos parecem um pouco "malvestidos". Em vez de pelo grosso cobrindo nosso corpo, muitos de nós temos pelos no topo de nossa cabeça, e em alguns outros lugares. Então, como ficamos tão pelados? E por que temos pelos onde temos? O cabelo humano e o pelo dos animais são feitos da mesma coisa: filamentos de queratina que crescem de órgãos conhecidos como folículos encontrados na derme, que passam por ciclos de crescimento e queda. |
Em todas as espécies de mamíferos, os pelos foram modificado para vários fins, variando da penugem macia cobrindo coelhos para as penas rígidas protegendo porcos-espinhos. Mas para muitos mamíferos, o pelo cresce em duas camadas consistindo em um subpelo mais curto de pelos coberto por pelos de proteção mais longos.
Juntos, eles ajudam a isolar o corpo do animal e proteger sua pele. O pelo humano, por outro lado, é um tipo de combinação desses tipos de pelo. Infelizmente, o pelo raramente é encontrado em fósseis, sendo difícil para os pesquisadores identificar quando e como nossos ancestrais perderam seus "casacos".
Mas os cientistas desenvolveram algumas hipóteses de trabalho. Parece que, milhões de anos atrás na África, os primeiros hominídeos desceram das árvores e adotaram um estilo de vida mais ativo. Manter o frescor tornou-se cada vez mais importante. Eles desenvolveram mais glândulas sudoríparas, o que os ajudou a perder calor ao evaporar a umidade pela pele.
Os humanos têm dez vezes mais glândulas sudoríparas do que os chimpanzés. Mas é mais difícil perder calor pelo suor quando você está coberto de pelos. Cientistas creem que os primeiros humanos perderam parte de sua pelagem nessa época para ajudar o suor a evaporar mais rápido. No entanto, se perder nosso pelo era tão vantajoso, por que ainda temos um pouco? Parece que existem usos exclusivos para o pelo em diferentes partes do corpo.
Quando se trata do topo de nossa cabeça, a regulação da temperatura desempenhou outro papel. Desde que os humanos começaram a se aventurar ao ar livre, suas cabeças teriam sido expostas ao sol escaldante. O cabelo mais espesso e longo protege o couro cabeludo sensível e impede o superaquecimento do cérebro.
O cabelo escuro e enrolado é mais eficaz em afastar a radiação solar da pele. Outros tipos de cabelo evoluíram à medida que os humanos iam pra lugares diferentes. Os pesquisadores acham que as sobrancelhas são especialmente úteis para a comunicação porque ficam sobre músculos faciais ativos que transmitem nossos sentimentos.
Foi demonstrado que os cílios minimizam o fluxo de ar sobre os olhos, impedindo-os de secar e receber poeira ou sujeira. Talvez os pelos faciais tenham sido úteis para distinguir a identidade à distância, mas realmente não sabemos. As evidências são, no mínimo, "cabeludas". A razão de termos pelo em outras regiões é... mais pungente.
Nossas axilas, mamilos e áreas púbicas são pontilhadas por glândulas apócrinas. Produzem secreções oleosas e malcheirosas que pelos grossos e enrolados que frequentemente crescem nesses locais ajudam a dispersar. As secreções que saem das partes peludas podem ser úteis para identificação. Por exemplo, vários estudos mostraram que as pessoas são capazes de identificar seus próprios odores nas axilas, bem como os das pessoas de quem são próximas.
O último tipo de pelo humano importante é o velino que cobre nosso corpo. Não sabemos se esses pelos servem a algum propósito, mas os folículos dos quais eles crescem são bancos essenciais de células-tronco que reparam a pele após uma lesão. E são locais importantes de terminações nervosas que transmitem sinais de toque suave para o cérebro.
Na verdade, embora muito mais finos, os humanos têm a mesma densidade de pelos que os macacos de tamanhos comparáveis. Apesar de toda essa conversa sobre falta de pelo humano, não somos tão pelados quanto aparentamos.
A pilosidade em humanos é influenciada por uma combinação de genética e hormônio. Alguns genes para pelos são transportados no cromossomo X, e a maneira como esses genes são expressos varia entre grupos étnicos e indivíduos. Por exemplo, mulheres de ascendência mediterrânea, do Oriente Médio e do sul da Ásia têm mais probabilidade de ter mais pelos no corpo do que outras mulheres.
O crescimento dos pelos é estimulado por hormônios chamados andrógenos, que estão presentes em ambos os sexos. Os homens têm níveis mais altos de andrógenos do que as mulheres, então seus pelos corporais tendem a ser mais prolíficos. À medida que as pessoas envelhecem, sua exposição prolongada à testosterona também pode fazer com que outros pelos corporais fiquem mais grossos.
Os folículos capilares podem variar em sua sensibilidade aos níveis de testosterona. Por exemplo, pessoas caucasianas são geralmente mais peludas do que as japonesas, mesmo que tenham níveis de testosterona semelhantes. O crescimento excessivo de pelos, conhecido como hirsutismo, pode ser causado por níveis aumentados de andrógenos ou pelo corpo se tornar mais sensível a eles. Algumas condições que causam hirsutismo, como hiperplasia adrenal congênita e síndrome do ovário policístico, podem ocorrer em famílias.
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