Buraco Preto, um curta de 2008 que continua com uma mensagem muito atual

Capturar a atenção do público, fazê-los sentar na ponta da cadeira, sentir arrepios na pele, viajar por uma jornada emocional da confusão à simpatia e à excitação, imaginando o que acontece a seguir e terminando em um momento que ficará na mente do espectador por semanas. Colocar toda essa ação em um curta-metragem de 1 minuto parece um desafio impossível, mas com o uso correto de ferramentas audiovisuais e técnicas adequadas de narrativa, nada é impossível. Quem sabe bem disso é o Filminute, o festival internacional de cinema que premia os melhores curtas-metragens do mundo com duração máxima de um minuto.

"Black Hole", de 2008, é um curta-metragem de Olly Williams e Phillip Sansom sobre um funcionário de escritório privado de sono que fotocopia um buraco preto tarde da noite. De repente, as possibilidades parecem infinitas. De fato, ele é o clássico cara entediado, de classe média, de meia-idade, trabalhador de escritório que odeia seu trabalho.

"Black Hole" ganhou o prêmio Filminute de melhor filme em 2009 e se tornou um grande viral na rede com milhões de visualizações. O curta foi postado várias vezes o Youtube, mas sempre foi derrubado devido a violações de copyright. Faz três anos o próprio Filminute abriu um canal no Youtube e repostou o curta.

Ele tem um conceito simples, ligeiramente previsível, que não precisa de palavras para ser compreendido e nenhuma mudança de local para permanecer interessante. A história gira em torno do tal funcionário de escritório que, por acidente, quebra a lei da natureza e a usa para seu próprio bem. A mensagem, no final, é clara: lucro fácil vem com consequências. Um conto tão antigo quanto a mitologia grega, bem executado, com uma reviravolta conclusiva no final.