O Grand Canyon é superlargo e superprofundo, o que pode fazer com que pensemos que o Rio Colorado, que o esculpiu, é particularmente antigo ou poderoso. Mas há rios tão antigos e ainda mais poderosos que não têm desfiladeiros substanciais. Isso porque, embora leve água e tempo para esculpir um cânion, há um terceiro ingrediente secreto que permite que um rio esculpa um que seja realmente grandioso. Sim, o rio Colorado criou o desfiladeiro, mas não da forma que você provavelmente pode estar imaginando. O rio sempre esteve na mesma localização e profundidade. Você já vai entender. |
É assim que a maioria dos vales fluviais se forma: os olhos d'água geralmente são encontradas no alto das montanhas, quando várias minas acabam formando um riacho.
No início, seu caminho para o oceano pode ser um pouco acidentado. Mas, à medida que flui, ele leva detritos, madeira e pedras e no processo suaviza esses solavancos. Os detritos da erosão também podem construir seu leito preenchendo quaisquer depressões no rio a jusante.
No final das contas, os processos de escavação e construção tendem a se equilibrar e criar um declive específico ao longo do tempo, conforme enunciado pelo "Equuilíbrio de Lane". Com tempo suficiente, praticamente todos os rios acabam com perfis verticais côncavos. E por dezenas de milhões de anos, o rio Colorado seguiu essa mesma trajetória também.
Mas cerca de sete milhões de anos atrás, a atividade tectônica sob essa parte do declive fez com que a terra em que o rio estava subisse lentamente, menos de um décimo de milímetro por ano. Isso não foi problema para a força do rio, que estava determinado a manter seu gradiente de declive.
Ele simplesmente erodiu a rocha ascendente em seu caminho e continuou, em um processo cahamdo incisão. E fez isso de novo e de novo e de novo pelos próximos cinco milhões de anos, conforme a atividade tectônica se mantinha e o planalto resultante do Colorado continuou subindo. Até o momento, o Planalto do Colorado subiu cerca de um quilômetro e meio, e o rio esculpiu mais ou menos a mesma altura para voltar àquele declive inicial e uniforme. O Grand Canyon é apenas o resultado de um rio mantendo seu declive em direção ao oceano.
O mesmo processo geral é responsável por todos os cânions fluviais mais profundos do planeta, como o Cânion Cotahuasi, um desfiladeiro de três quilômetros de profundidade no Peru, e o Cânion Yarlung Tsangpo, que é uma fatia de cinco quilômetros de profundidade do Planalto do Himalaia. Então não é que os rios esculpem cânions, exatamente, é que os maiores cânions do mundo cresceram ao redor de seus rios.
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