Conquanto no imaginário coletivo a imagem borrada do homem pássaro provando seu ridículo invento e encontrando a morte rapidamente é endêmica, existiram casos de homens pássaro de sucesso no passado. O mais espetacular é o do jovem monge Eilmer de Malmesbury, que ao redor do ano 1010 ficou obcecado com a lenda grega de Dédalo e Ícaro e passou dias inteiros estudando o vôo dos pássaros até construir um complexo par de asas muito similar ao ultra-leve atual. |
Depois de finalizar e construir seu invento, subiu na torre mais alta da abadia, amarrando seus pés e mãos a sua "máquina voadora" e depois esperou o primeiro vento forte a favor para pular no vazio. Mas, diferente de muitos outros "homens pássaro" ao longo da história, o desenho de Eilmer era tão bom que conseguiu planar por mais de 200 metros; só caindo, não por um defeito do aparelho, senão porque durante o vôo o monge se assustou e perdeu o controle.
Sua aventura não saiu barato. Eilmer quebrou as duas pernas e teve que ficar sob os cuidados médicos durante várias semanas, sendo ao mesmo tempo diariamente repreendido pelo abade. Depois de recuperar-se o intrépido monge teve que usar uma bengala pelo resto de sua vida -que foi muito longa, de fato há registros que datam da passagem do cometa Haley em 1066 que mencionam o "velho monge Eilmer de Malmesbury"-. Conquanto nunca mais tenha subido a uma máquina voadora o monge continuou melhorando seu desenho original, sugerindo, corretamente, que devia adicionar uma asa traseira maior para melhorar a estabilidade e um sistema de ganchos para soltar as pernas rapidamente e assim aterrissar facilmente.
Hoje o monge é recordado por sua façanha com um belo vitral na abadia de Malmesbury.
Nós já falamos dele por aqui em duas oportunidades, mas é impossível falar do assunto sem lembrá-lo. É a história do homem pássaro que não voou: Franz Reichelt, um sonhador austríaco e costureiro de profissão, que deu sua vida tentando atingir seu sonho de vencer à natureza e flutuar pelos ares. Por desgraça a natureza foi mais forte, e a força da gravidade converteu-o em carimbo do solo da torre Eiffel.
Utilizando seus conhecimentos de costureiro Franz criou algo que, em conceito, era muito similar a um pára-quedas. No entanto, seus poucos conhecimentos de aerodinâmica fizeram com que subestimasse em grande parte a resistência necessária para suavizar sua queda.
No dia da façanha, em 4 de Fevereiro de 1912 na estrutura mais alta do mundo: a torre Eiffel, dezenas de curiosos se acotovelavam para apostar, não se o pobre Reichelt flutuaria e sim, a profundidade do sulco que deixaria sob a torre.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários
Sempre tentamos ir além kkkk
É o monge inventou a asa-delta!
Eu ri do ultimo video. :x
fantástico!
na verdade...
um tatatatataravô meu voou em 57 d.C.
Graças a corageme o destemor de muitos antepassados, e principalmente do nosso Santos Dummont, hoje podemos contar com essa comodidade em nossas vidas, que é a facilidade dos vôos em aeronaves mais pesadas que o ar.
novato akê :D monge esperto ;)