A companhia do buscador homônimo criou um novo protocolo de comunicação chamado SPDY, baseado em HTTP, mas que soluciona o problema da latência entre o servidor e o cliente. Até o momento a empresa nada disse se vão seguir os procedimentos padrões habituais mediante o W3C. Será que a Google vai querer impor este novo protocolo como um novo padrão? |
A novidade foi divulgada mediante um post publicado no blog de Chromium, onde a Google comunica aos programadores e internautas em geral a existência do novo protocolo SPDY, derivação de Speedy (rápido em inglês). Só isto, já indica o objetivo principal deste novo protocolo.
O SPDY não substituiria no momento o HTTP tradicional, senão que seria um complemento constituído de um protocolo a nível de aplicação, motivo pelo qual deve ser implementado tanto no servidor como no cliente, e é muito provável que o vejamos em futuras edições do Chrome quando esteja suficientemente maduro, já que por enquanto é uma tecnologia experimental. Com o passar do tempo e sua maturidade, é provável que a Google postule-o como um substituto completo ao HTTP, um protocolo veterano que herdamos dos primórdios da WEB.
Com a mudança experimentada pela rede nos últimos anos, o protocolo HTTP ficou pequeno. Por exemplo, não é possível fazer o download de informação correspondente a mais de uma página por uma mesma conexão estabelecida entre cliente e servidor, algo que o SPDY permitiria. Desta forma, é possível baixar informação como código fonte JavaScript ou elementos do site que serão renderizados depois, quando se tenha terminado de baixar determinada informação.
Nos testes realizados pela equipe de desenvolvimento da Google com um servidor e um cliente, os sites consultados foram baixados na metade de tempo, o que supõe o dobro da velocidade na consulta do site.
Reinventando tudo
Um novo sistema operacional -Chrome OS- que deve ser lançado amanhã, um novo navegador -Chrome-, e agora um novo protocolo. A Google está perseguindo, sem nenhuma sombra de dúvidas, que um usuário possa trabalhar de forma exclusiva com suas ferramentas, sem ter que usar nenhuma outra. É o mesmo que a Microsoft perseguiu em seu momento e conseguiu. Conquistada a Internet, Google busca agora expandir se a outros segmentos do mundo da informática, até o momento com verdadeiro sucesso.
Todos devemos levar em conta que a Google é uma empresa como qualquer outra. E, como tal, busca cada vez mais ganhar tanto dinheiro quanto possa. É a lógica do sistema capitalista. O problema, a meu entender, é quando estas mudanças são feitas de forma forçada. Por exemplo, no caso do SPDY, não vi nenhuma informação se a empresa tem a intenção de padronizá-lo mandando sua especificação ao W3C. Isto é preocupante.
Suponho que no futuro, este protocolo vai ser incluído no Chrome, no sistema operacional Chrome OS e inclusive na plataforma para smartphones Android, e a Google esperará que outros fabricantes incluam-no em suas plataformas quando as especificações estejam disponíveis. Se muitos implementarem, o protocolo se converterá em um padrão... de fato. É o mesmo tipo de prática que nos acostumamos a ver a Microsoft fazer: primeiro utiliza seu potencial e domínio do mercado para que algo se transforme em padrão, e depois, em todo caso, recorre às vias ordinárias para padronizá-lo enquanto mantém o controle de como deve ser o formato, algo que obviamente lhe beneficia. Que com isto, a Google não se torne uma nova Microsoft, não no volume, senão por práticas.
A novidade da Google também pode ser vista como um torpedo dirigido à linha de flutuação do Internet Explorer, um navegador que hoje evolui lentamente e que não goza da melhor publicidade entre o pessoal técnico ainda que, paradoxalmente, seja o mais utilizado com sobras. Só por brio, de não utilizar algo desenvolvido por sua concorrência, a Microsoft é capaz de negar qualquer possibilidade de incluir suporte para SPDY em seu browser. Isto daria uma vantagem competitiva ao Chrome e a todos os demais navegadores que quisessem incluí-lo. Ao final poderia ser a derroca total da Microsoft na grande rede, mas por outro lado seria o triunfo inquestionável da Google. E todos sabemos que unanimidade não é lá boa coisa.
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Comentários
... que bom ...
tive uma ideia de fazer a web ficar mais rapida. desliga o google. vai liberar 30% do trafego eheheh. sobra tudo para usar torrent e baixa videos "xxx".
Mesmo que no Brasil não virar, se fosse melhor eu usaria (:
Impôr um padrão seria sacanagem. Mas eles tem potencial pra isso, então só podemos esperar.
Mas é claro que no Brasil isso não vai virar.
Estranho, teoricamente seria melhor uma conexao para cada elemento. seria se as malditas operadores nao restringissem em 20 conexoes simultaneas. e se esses modens vagabundos viessem com mais memoria RAM interna. uma coisa tao barata hoje em dia.
Sendo do grupo com a marca "GOOGLE", não pode-se duvidar de nada não, mas resta saber se vai realmente ser boa e eficiente.
Near, uma gerra de pintos??? :roll:
muito bom!
a MS vai ceder ou vai criar um outro protocolo, aí será uma Guerra de Pintos...
NOTA:SPDY=speedy=veloz
:fool:
Não fede nem cheira.....
eu axo q o ictus morde a fronha, esse exedimento foi pq ele rodo a baiana
=p
brinks migao,
essa inovacao sera boaa =DD
e vagner, a microsoft nao esta decaindo, pode perder um percentoal ao longo de 1 ano, mas sempre volta ao topo com novas inovaçoes
=p
Sim, mas a Microsoft não vai deixar a concorrência levar a melhor assim tão fácil.
Para navegar eu utilizo o Chrome, mas para fazer downloads o Internet Explorer é imbatível, sem contar que a maioria dos complementos são para Internet Explorer.
Essa concorrência acirrada é uma beleza, pois favorece o surgimento de novas tecnologias por ambas as partes, e faz com que os preços de softwares diminuam.
O S.O da Google já está ai, e eu vou testá-lo para comprovar a "tenacidade" da Google.
Quanto a velocidade de conexão, o problema maior, pelo menos aqui no Brasil é nas operadoras! :ma:
A vaca da Microsoft aos poucos está indo para o BREJO!!!
já estou começando a desconfiar que a google é o anticristo 8O