As 'máquinas inúteis' não são um conceito atual

Quem acha que as máquinas inúteis são conceitos dos anos 2000 da internet, deve "achar" de novo. Na década de 30, o artista italiano Bruno Munari construiu a primeira "máquina inútil. Bruno não compartilhava o entusiasmo sem limites pela tecnologia, e procurou combater as ameaças de um mundo sob o domínio das máquinas construindo máquinas artísticas e improdutivas. No entanto, a versão da máquina inútil que ficou famosa na teoria da informação foi inventada pelo professor do MIT e pioneiro da inteligência artificial Marvin Minsky, quando fazia pós-graduação no Bell Labs em 1952.

A versão que faz sucesso na internet faz uma década basicamente é uma caixa com um simples interruptor que, ao ser "ligado", faz surgir uma mão ou alavanca de dentro da caixa que desliga a máquina antes de desaparecer. Marvin chamou sua invenção de "máquina final", mas esse sentido do termo não pegou e talvez por isso quando ela surgiu on-line com o nome "máquina inútil" ninguém tenha associado a Marvin.

O mentor de Minsky no Bell Labs, o pioneiro da teoria da informação Claude Shannon -que mais tarde também se tornou professor do MIT também-, fez suas próprias versões da máquina. Ele mantinha um em sua mesa, onde o autor de ficção científica Arthur C. Clarke a viu e passou mais de uma hora brincando come ela. Clarke escreveu mais tarde:

- "Há algo indescritivelmente sinistro sobre uma máquina que não faz nada -absolutamente nada- exceto se desligar", ele ficou fascinado com o conceito e pediu uma a Claude.

Ainda que sejam totalmente imprestáveis no conceito de aplicabilidade, no entanto, elas são muito úteis no conceito de aprendizado de eletrônica e programação. A Lego inclusive tem um kit que permite você construir a sua própria máquina que não faz nada.