Os caras do Slow Mo giram um disco laser tão rápido que ele se transforma em estilhaços mortais

Gavin Free e Dan Gruchy do canal do Youtube Slow Mo Guys, que anteriormente capturaram imagens em câmera super lenta de um disco de vinil e de um CD girando tão rápido que se quebrou em aproximadamente 50.000 pedaços, fizeram quase o mesmo com um laserdisc clássico. Embora o disco prismático parecesse muito bonito, seus estilhaços eram incrivelmente letais. Como bem demonstrado por uma melancia inocente pendurada e pela gaiola de segurança de madeira. Isso hoje só é conseguido por meio de experimentos de super rotação, mas no início isso era bem comum no dia a dia.

O fenômeno que os fabricantes de equipamentos de informática conheciam há anos, mas que poucos conseguiam consertar em um mercado faminto por mais potência e velocidade fazia com que os discos ópticos, originalmente projetados para reprodução, a 200 rotações por minuto, quase atingiam seus limites de velocidade em 48X e 52X, onde eram submetidos a 10.000 RPM, atingindo velocidades de até 300 quilômetros por hora.

Nessas velocidades, discos ligeiramente danificados ou rachados podiam se autodestruir. Lógico, isso nunca machucou ninguém, além do susto da explosão, mas certamente inutilizou muitos players de discos

Quando o disco gira, a força centrífuga faz com que ele se mova para fora e se expanda. Quanto mais rápida for a rotação, maior será a expansão. Isto faz com que o disco se estique, sendo a energia do movimento convertida em energia elástica, como a armazenada num elástico.

Mas como o material de policarbonato do disco é bastante frágil, ele não pode esticar muito e, portanto, a energia elástica aumenta o estresse. Em altas velocidades, ele também fica ligeiramente irregular, como um pneu de carro torto, e começa a oscilar ou vibrar. Isso aumenta o estresse crescente.

Uma vez que a quantidade de deformação excede a tensão de tração do material, ou o quanto ele pode suportar antes de quebrar, a falha e quebra pode ser inesperada e muito repentina. Isso acontece normalmente em um local, o ponto mais fraco, primeiro onde há um defeito microscópico, como um vazio muito pequeno.

Mas a rachadura também é instável; em vez de seguir direto por um caminho, ela se ramifica rapidamente, o mais rápido possível. Isso ocorre porque duas fissuras podem consumir mais energia do que uma fissura, então desenvolver múltiplas frentes de fissura é a maneira mais rápida de liberar energia.

A maioria dos fabricantes de CDs e DVDs optou por trabalhar nos bastidores para lidar com o problema, geralmente melhorando e reforçando o policabornato e também colocando uma fita de segurança na borda dos discos tornando os menos suscetíveis aos altos giros.