A cena hilária de Charlie Chaplin na sala dos espelhos em "O Circo", de 1928

Antes dos efeitos digitais ou das imagens geradas por computador, os cineastas tinham que ser criativos com câmeras, adereços e encenação inteligente para fazer a mágica do cinema acontecer. Neste clipe do filme mudo de Charlie Chaplin de 1928, "O Circo", Chaplin misturou essas técnicas com suas habilidades de comédia, transformando uma sala de espelhos em uma rota de fuga perfeita. No filme, o icônico personagem Carlitos de Chaplin, depois de ser confundido com um batedor de carteira, foge para o picadeiro de um circo itinerante e logo se torna a estrela do show.

Quando ele é perseguido pela polícia e pelo punguista, Carlitos entrou em uma casa de diversões com uma sala de espelhos, e consegue usar isso a seu favor. Ele também finge ser um autômato de casa de diversões para que a polícia não o perceba.

"O Circo", escrito, dirigido e produzido por Chaplin, rendeu a ele seu primeiro Oscar e marca seu último filme da era do cinema mudo. Chaplin se deleita com a arte do circo, prestando homenagem aos acrobatas e pantomimistas que inspiraram suas virtuoses.

Apesar de sua produção notoriamente problemática, esta comédia cheia de piadas está entre as melhores de Chaplin, graças a algumas das mais audaciosas cenas da carreira do diretor-artista, incluindo um contato próximo com um leão e uma caminhada climática na corda bamba com um barril cheio de macacos.

Mesmo com seus temas mais sérios em torno do antagonista, dono de circo, este filme é uma excelente introdução ao cinema mudo no seu melhor, apresentando uma mistura de acrobacias ousadas, animais de circo e as desventuras cativantes de Carlitos.

O filme, que foi relançado em 1969 com uma nova trilha sonora de Chaplin, é um ato estrondoso de alta tensão que mostra o artista mais popular do cinema mudo no auge de sua comicidade.