A primeira coisa que me ocorreu ao ver algumas das fotos que ilustram este artigo foi o delicioso filme que conta a história de Xixo, um bosquímano envolvido com as conseqüências devastadoras para as minorias do inevitável avanço da globalização. O filme Os deuses devem estar loucos mostra de forma tremendamente bem humorada como a civilização moderna contamina tudo o que toca e quase nada sobrevive fora de sua influência.

Após a publicação de centenas de fotos de seis visitas à Coreia do Norte, foi um comentário jocoso que levou o fotógrafo francês Eric Lafforgue a ser banido do país. Lafforgue viu turistas espanhóis vestindo camisetas com estampas de Kim Jung Il e disse a um amigo que provavelmente eles não iriam usá-las em Barcelona. Os espanhóis ouviram e contaram para o guia que os acompanhava. Um mês depois de voltar da viagem, recebeu uma carta com capturas de tela de suas fotos, dizendo que elas não eram bons para a Coreia do Norte e que ele não poderia voltar.

Em uma conversa recente com amigos me perguntaram porque gosto de viajar para lugares estranhos em detrimento das cidades da moda. A resposta é bem simples, ainda que goste de pontos turísticos o que mais gosto em uma viagem é conhecer culturas diferentes, para observar a beleza da diversidade humana, para obter alguma sabedoria de outra pessoa em outro lugar que não seja por meio da televisão ou da Internet.

Os Dassanech são uma tribo semi-nômade com cerca de 50.000 pessoas que vivem no Vale do Omo, no sul da Etiópia. No passado, a tribo vagava de um lugar para outro pastoreando gado em áreas abertas de acordo com as estações do ano e as variações na disponibilidade de água. Mas ao longo dos últimos cinquenta anos, eles perderam a maior parte de suas terras, e também ficaram dependentes da agricultura. Como muitas tribos da região, os Dassanech se mudaram para áreas mais próximas ao rio Omo, onde tentam cultivar o suficiente para sobreviver.

Coberturas para a cabeça, véus e burcas são comuns e obrigatórias em muitas comunidades muçulmanas em todo o mundo. Existem muitos estilos diferentes e cada um tem seu próprio nome, mas nenhum deles chega nem remotamente perto da vibração da máscara boregheh. Essas máscaras coloridas são usadas pelas mulheres da província de Hormozgan, no sul do Irã. Estão disponíveis em uma variedade de formas e estilos, mas as mais comuns são retangulares, presas entre as sobrancelhas para criar uma espécie de parede vertical ao longo da ponte entre o nariz e a testa e uma fenda retangular sobre os olhos permite que a usuária veja.

A África é o segundo continente do mundo por extensão territorial e dali originaram as espécies de hominídeos e antropóides que deram lugar aos seres humanos e que se espalharam pelo resto do mundo há cerca de 190.000 anos. O continente onde nasceu a atual humanidade contém uma apreciável riqueza cultural procedente de mais de 3.000 grupos étnicos diferentes e este post faz um pequeno percurso -acho que vão gostar muito- pelas tribos e povoados que mais impactaram o ótimo fotógrafo Eric Lafforgue.

O genial fotógrafo Eric Lafforgue é um velho conhecido do MDig e graças às suas fotos tivemos muito o que comentar em anos recentes. Neste artigo vamos ver imagens tiradas por ele durante sua última visita ao país fechado. E última, não no sentido de mais recente, e sim no sentido de que agora ele está proibido de entrar na República Democrática Popular da Coreia para sempre.

Quadrigentésima nonagésima quarta galeria com 106 imagens e fotografias compartilhadas na grande rede de computadores na semana que passou. Na seleção de fotos zapeadas na internet nos últimos sete dias é possível apreciar paisagens incríveis, imagens engraçadas, fotografias jornalísticas, fotos tristes e bizarras. Os destaques da edição desta segunda-feira ficam por conta da carpa gigante, das misteriosas pedras perfeitamente esféricas, da engraçada e sacana manequim viva e das belas paisagens entre outras.