A maior ponte natural da Europa tem um castelo real do século XIX construído ao lado

Conhecido como monumento natural nacional, o Portão de Pravcice é a maior ponte natural da Europa, um enorme arco de arenito que atrai visitantes desde que as pessoas apreciam as maravilhas naturais. Parte das montanhas do Elba com formação de arenito do período Cretáceo, as torres em arco do Parque Nacional České Švýcarsko, na fronteira com a Alemanha, estendem-se por quase 30 metros de largura e 18 metros de altura. A ponte natural é o símbolo da região, cujos picos montanhosos e belas florestas lhe renderam o apelido de Boêmia Tcheca.

O portão está localizado a cerca de 3 km a nordeste da vila de Hřensko no distrito de Děčín. Um dos lugares mais visitados na República Tcheca A área protegida inclui não só o próprio portão de arenito, mas também os maciços rochosos circundantes e uma área parcialmente construída.

O afloramento rochoso torna-se ainda mais maravilhoso pelo pitoresco castelo construído na face da rocha, apelidado de Sokolí hnízdo, ou "Ninho do Falcão".

Foi construído em 1881 a partir de uma pousada anterior pela poderosa família austro-húngara Clary-Aldringen para hospedar hóspedes importantes. Embora príncipes ou dignitários não fiquem mais no castelo, ele foi preservado como um restaurante de época e um museu dedicado à história do parque.

O Portão de Pravcice foi protegido pela primeira vez em 18 de dezembro de 1963, quando foi declarado uma Criação Natural Protegida por uma resolução do Comitê Nacional do Distrito de Děčín.

Em 11 de junho de 1992, foi reclassificado como Monumento Nacional Natural por decreto do Ministério do Meio Ambiente. O objetivo da proteção é preservar o estado atual e o desenvolvimento natural dos maciços rochosos de arenito e minimizar o impacto antropogênico.

Em 2009, o portão chegou à final da enquete New7Wonders sobre as sete maravilhas naturais do mundo, quando avançou entre as 71 semifinalistas. No entanto, não chegou à lista de 28 finalistas.

Devido à inacessibilidade do terreno, condições inadequadas para a agricultura e silvicultura e uma visão diferente da paisagem das pessoas da época, o portão provavelmente não foi utilizado até à segunda metade do século XVIII.

No início do século 19, artistas da vizinha Saxônia começaram a visitar o portão, que o retrataram em suas obras. Entre as personalidades de destaque que visitaram o portão neste período está, sem dúvida, o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, que visitou a área pela primeira vez em 1831 e a menciona em suas notas de viagem.

O objeto de proteção é o portão de pedra de arenito, no entanto, os maciços circundantes e a composição natural da vegetação também são protegidos. O colapso do portão é inevitável no futuro e é dado pelo próprio princípio de sua criação.

Por isso as autoridades decidiram preservar o estado atual e o desenvolvimento natural dos maciços rochosos de arenito e minimizar o impacto antrópico negativo. O grande número de visitantes causou aumento da erosão das partes superiores do portão. Durante o período em que o portão foi usado pelos turistas, uma camada de 60 a 80 centímetros foi removida do arco.

Por isso, em 2003 as autoridades do parque decidiram proibir totalmente a entrada na parte superior do arco. Desde então há um controle sistemático de monitoramento dilatométrico de deformações mútuas, que indica que pelo menos por enquanto o portão não corre nenhum risco agudo de colapso.

Infelizmente, no domingo, 24 de julho de 2022, a Administração do Parque Nacional recebeu um relatório sobre uma espessa coluna de fumaça subindo da floresta na área de Hřensko. Os bombeiros conseguiram controlar o incêndio, o maior desse tipo no país, mas grande parte da beleza natural mostrada no vídeo acima, virou cinza.

O Sokolí hnízdo e nem a ponte foram afetados pelo fogo, mas a administração do parque solicitou que mais unidades de proteção contra incêndios sejam instalados e que apresentem propostas que levem à provisão contratual da supervisão do local do incêndio em questão.

A polícia e uma equipe especial de criminologistas investigou o caso chegando a conclusão que a causa do incêndio originou-se pelo fator humano, muito provavelmente de forma involuntária. Ninguém foi indiciado pelo incêndio. Os bombeiros, soldados e voluntários que participaram da extinção do grande incêndio foram homenageados e condecorados pelo premiê Petr Fiala.