A Operação Barbarossa, empreendida em 22 de junho de 1941, foi o nome chave dado por Adolf Hitler ao plano de invasão da União Soviética por parte das Forças do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial. Esta operação abriu a Frente Oriental, que se converteu no maior teatro de operações da guerra, palco das maiores batalhas e dos assaltos mais brutais do conflito na Europa. Logicamente, outras cidades soviéticas menores também sofreram o bloqueio e a ocupação das tropas alemãs, como Rostov-do-Don, o lar de Viktor Cherevichkin, o protagonista de nosso post. |
Durante a Segunda Guerra Mundial, grande parte da cidade ficou reduzida a escombros pelas forças alemãs que a ocuparam em duas ocasiões, em 1941 e 1942.
Viktor, de 15 anos, vivia junto a seus pais e seus irmãos Alexander, Anna e Galina numa pequena casa com um pátio no qual construíram um alpendre, no qual Viktor passava horas e horas junto a suas pombas, um dos grandes passatempos das crianças daquele tempo e também de muitos adultos.
Quando em 1941 os alemães ocuparam Rostov-do-Don, uma das primeiras medidas que tomaram foi destruir todos os pombais por medo de que os pombas fossem utilizadas para enviar mensagens ao Exército Vermelho e que também fossem utilizadas para fotografar as posições das colunas, já que estas aves levavam pequenas câmeras atadas a seu peito com um disparador automático, constituindo assim os primeiros drones conhecidos.
Muito a contragosto, a maioria dos soviéticos destruíram seus pombais domésticos, mas foi mais difícil fazer com que as pombas fossem embora, que, logicamente, regressavam ao que tinha sido seu lar. Muitas foram abatidas pelos alemães.
Viktor decidiu que ele não ia se separar das que considerava suas amigas, inclusive tinha um nome para cada uma das sua aves. De modo que, ocultou-as, mas de uma forma ou outra os alemães descobriram. Quando os alemães batendo na porta da sua casa, Viktor saiu correndo pela porta detrás e conseguiu libertá-las, mas elas, em vez de voar, ficaram em cima do alpendre e nos telhados mais próximos. O garoto ainda atentou espantá-las para que fugissem, mas foi capturado e levado pelos soldados alemães para desespero de toda a sua família.
No dia seguinte, o corpo sem vida de Viktor apareceu jogado em um parque da cidade com uma pomba morta em sua mão. Uma evidente mensagem de advertência dos alemães para todos os que não tivessem se desfeito das pombas. Mais tarde Viktor teria sido enterrado numa vala comum.
Em 1961, no lugar do parque onde ele foi encontrado, erigiram um monumento em sua memória no qual representam Viktor protegendo uma pomba. Quatro anos mais tarde, o nome do parque foi mudado para Viktor Cherevichkin. Dizem que o lugar preferido das pombas no parque é o monumento de Viktor.
Fonte: Rus Mystery.
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Comentários
Que horror!Como o ser humano pode ter tanta maldade? O garoto só amava as pombas!
Mais uma história triste em meio à tragédia da Segunda Guerra Mundial. O monumento é uma linda e justa homenagem a Viktor. Deve ser mesmo o lugar preferido das pombas.
Meu único consolo é a esperança desses que fazem o mal passarem décadas sofrendo diariamente, espiritualmente...
:-/
:( :( :( :( :( :( :( :( :( :(
Triste história. A foto emociona muito.
Quanto mais sabemos a respeito de qualquer guerra, mais perplexos ficamos, diante de tanta barbárie cometida.
é triste demais...