O fotógrafo japonês Kenichi Ohno faz visitas regulares a um pântano local para praticar sua fotografia da natureza. Mas uma imagem em particular, que mostra uma garça andando na água rasa, está causando um rebuliço. Depois de receber uma menção honrosa no concurso de fotografia Nature in Japan organizado pela Associação Japonesa de Sociedades Fotográficas (AJSF), a foto de Kenichi se tornou viral. As pessoas não tinham certeza se o que estavam olhando era real ou o resultado de Photoshop, mas a imagem, intitulada "Gap", foi confirmada como sendo completamente real.

Durante os últimos dias de fevereiro, uma série de impressionantes tempestades solares enviou a aurora boreal até a Califórnia e a Austrália Ocidental. As luzes eram particularmente brilhantes em lugares do norte, como Escócia e Islândia, onde as longas noites de inverno fornecem ampla escuridão como pano de fundo para as iluminações ondulantes. A fotógrafa chilena Cari Letelier aproveitou a posição da Islândia, apenas alguns graus ao sul do Círculo Polar Ártico, para capturar imagens vibrantes das auroras enquanto atravessavam os céus acima de cachoeiras, extensões geladas e o Ártico Henge.

Durante cinco dias fotografando o Sol, os astrofotógrafos Andrew McCarthy e Jason Guenzel tiraram mais de 90.000 imagens que foram combinadas para produzir uma imagem incrivelmente detalhada de 140 megapixels que mostra os detalhes texturizados e ardentes de sua atmosfera. A foto detalhada pode ajudar os astrônomos a estudar os processos físicos e químicos que ocorrem na estrela. Andrew escreveu em sua conta no Twitter na quinta-feira que ele, junto com Jason, queriam ilustrar o quão maravilhosamente dinâmica e bela a estrela pode ser.

Dedicado a destacar os organismos aquáticos mais vibrantes e inspiradores, a competição Fotografia Subaquática do Ano centra-se nos mamíferos, peixes e plantas que ocupam os oceanos e mares do mundo. O concurso de 2023 recebeu mais de 6.000 inscrições de fotógrafos em 72 países, muitos dos quais documentam as impressionantes cenas da vida abaixo da superfície: arraias deslizam pelas areias onduladas das Ilhas Cayman, um elefante mergulha sua tromba nas águas da costa da Tailândia, e uma orca mergulha graciosamente em um cardume de peixes perto da Noruega.

Um enorme novo composto de 21.400 imagens lançado no início deste ano revela um número desconcertante de estrelas na Via Láctea. Uma colaboração internacional reunida a partir de vários telescópios no Observatório Interamericano Cerro Tololo no Chile, o impressionante trabalho captura impressionantes 3,32 bilhões de objetos celestes em 130 graus do céu noturno. Para contextualizar, a equipe NOIRLab da NSF, responsável pelos 21.400 imagens, compartilha que esse trecho equivale a 13.000 vezes a área angular da lua cheia.

Aqueles que vivem perto do Lago Turkana, no norte do Quênia, estão enfrentando o peso da crise climática. Já por si só uma região árida e seca, as secas recorrentes deixaram as comunidades sem água para animais, colheitas e para matar a sede, obrigando as pessoas a deixar suas casas para paisagens mais estáveis e férteis. As tribos podiam caminhar centenas de quilômetros em busca de pastos mais verdes e água no calor escaldante, com dezenas de animais morrendo ao longo do caminho, segundo contou o fotógrafo Migwa Nthiga.

- "Não sou a primeira pessoa a dizer isso e não serei a última, mas quando você descobre como os fungos são essenciais para a nossa existência, tudo o mais parece insignificante", disse Max Mudie. De fato, os fungos estão em grande número por toda parte, no solo e no ar, em lagos, rios e mares, sobre e dentro de plantas e animais, em alimentos e roupas e no corpo humano. Juntamente com as bactérias, os fungos são responsáveis por decompor a matéria orgânica e liberar carbono, oxigênio, nitrogênio e fósforo no solo e na atmosfera.

Em 1839, Robert Cornelius, um pioneiro da fotografia, produziu um daguerreótipo de si mesmo que acabou sendo uma das primeiras fotografias de uma pessoa. Como o processo era lento, ele conseguiu descobrir a lente, correr para a foto por um minuto ou mais e recolocar a tampa da lente em sua loja de luminárias na Filadélfia. Ele gravou no verso "A primeira foto com luz já tirada. 1839". No entanto, o termo selfie estava longe de ser alcançada e só passou a ser utilizada com esse sentido no ano de 2002, em um fórum on-line australiano.

Contra os pastéis e tons de terra de um parque de skate na Bolívia, a fotógrafa Celia D. Luna, de Miami, captura a energia vibrante e a determinação de mulheres que expressam solidariedade e força através do amor ao skate. Parte de sua série Cholitas Bravas, "Cholitas Skatistas" enfoca um grupo de mulheres indígenas bolivianas que usam roupas tradicionais enquanto praticam esportes radicais. - "Sempre admirei mulheres corajosas e cultas; está no meu DNA", diz ela, descrevendo que sua criação por uma mãe solteira na Cordilheira dos Andes, no vizinho Peru, incutiu uma admiração pela coragem e perseverança.

As baleias são os gigantes gentis do oceano. Elas levam vidas fascinantes com longos ciclos migratórios, se comunicam através da música e geralmente são amigáveis com os humanos. No entanto, seus habitats são constantemente ameaçados e suas espécies estão em perigo devido às más práticas de pesca de alguns países que insistem na falácia da necessidade de pesquisa quando tudo que querem é a carne do animal. Algumas maneiras de aumentar a conscientização e entender o que está em jogo são a fotografia de baleias e, quando possível, aproveitar a oportunidade para vê-las de perto.

Ulric Collete adota uma abordagem científica para fotos de família com sua série "Retratos Genéticos". Desde 2009, ele junta imagens de um lado de um rosto com o de um parente, justapondo seus traços superficiais com os herdados. Os compósitos são desorientadores e reveladores, pois capturam a continuidade das estruturas ósseas e outras semelhanças, além de diferenças como a cor dos olhos ou mudanças sutis no formato dos lábios ou bochechas. As semelhanças/diferenças ficam evidenciadas desde o primeiro momento que contemplamos a fotografia.

Cultivado durante séculos no Japão, o bonsai teve origem na China há pelo menos 4.000 anos, sendo considerado um símbolo de equilíbrio e harmonia e admirado por sua beleza estética. O projeto em andamento de Vitor Schietti, na sua fotosérie "Impermanent Sculptures", continua a explorar a força das árvores na série fotográfica de espécimes iluminados. Fotos de longa exposição capturam fluxos brilhantes de estrelinhas que contrastam com fundos profundos e escuros e falam sobre a relação entre o imediatismo da luz, a efemeridade da fotografia e a natureza duradoura das formas de vida.