Australiano de 74 anos salvou 2,2 milhões de recém nascidos com seu sangue

O australiano James Harrison, de 74 anos, salvou nada mais nada menos que 2,2 milhões de recém nascidos ao longo de sua vida graças às propriedades do seu sangue que contém anticorpos que permitem combater a doença hemolítica do recém nascido. Essa doença pode vir a se desenvolver se existir uma incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o feto. Como consequência, a criança padece de anemia.

Os médicos descobriram que o plasma do sangue de Harrison pode neutralizar essa incompatibilidade, e começaram a introduzir nas mães e seus bebês para deter assim o desenvolvimento da anemia. Ao todo já foram salvas 2,2 milhões de crianças.

O australiano começou a doar sangue aos 18 anos e não parou mais, já doou 984 vezes. É um sangue tão valioso que a vida de James Harrison foi assegurada em um milhão de dólares australianos.

Os mais velhos de MDig já estão cansados de saber quando descobri a real importância de doar sangue, já que todo ano, por estas datas, repito a história que vivenciei há muitos anos quando ainda era criança e que me levou a ser doador: é a história do Zé do Pó.

Falando em doação, a nossa amiga Mih conta a história das peripécias que ela aprontou na primeira vez que foi doar sangue, que repito abaixo sem a permissão dela (espero que me perdoe), naquele tópico do mineirinho cagão doando sangue:

"Eu sempre achei essa atitude muito linda, tanto que sempre falei pra todo mundo, que a primeira coisa que eu faria quando completasse a maior idade, seria doar sangue. Geralmente todo mundo quer tirar CNH, ou sei lá o que mais! Eu queria doar sangue, e foi o que fiz!

Na época em que fui doar pela primeira vez, eu tinha namorado e foi ele quem me levou. Fui toda faceira, por sinal só tinha eu de mulher, exatamente em um dia que um batalhão inteiro de militares de Florianópolis (morei lá 15 anos) tava lá!

Passei pela triagem e tudo o mais, e meu namo só caçoando de mim pois sabia que morroooo de medo de agulhas!

Pode até ser difícil acreditar que uma pessoa que tem medo de injeção possa doar sangue, mas lá estava eu, morrendo de medo, mas era isso que eu queria. E doei!

A agulha é grandinha, mas não dói nada. Fiz trezentas perguntas para o enfermeiro que atencioso respondeu tudinho. Foram maravilhosos comigo e no finalzinho, desmaiei!

Não podia ler e enquanto fiquei ali na cama, li uma revista e eles nem viram, rsrs! Quando me liberaram para lanchinho, no momento exato que fui me levantar, senti aquele geladinho no corpo e só lembro de ter uns 3 em cima de mim (eu deitada com as pernas para o alto) medindo minha P.A e me fazendo trocentas perguntas.

Enfim, sai de lá rindo e muito feliz, pois mesmo com o medo, muitas pessoas foram ajudadas.

E por incrível que pareça, me sinto a pessoa mais feliz do mundo quando faço isso. Tenho amigos que são hemofílicos, e sei o quanto é importante doar!"