A magia da bicicleta do reino de Oz

Muito estranho o que deve ter acontecido a Albert Hofmann naquela tarde quando regressava para sua casa, a bicicleta parecia uma nave como aquela do final do filme ET, só que o mundo todo era muito mais colorido e fantasioso. O químico suíço estudava em seu laboratório uma substância produzida pelo fungo cornelho do centeio, e outros compostos relacionados a ele, objetivando criar um remédio contra a enxaqueca.

Uma tarde qualquer, ao sair do laboratório, seguindo o caminho de sempre, que atravessava os bosques, começou a experimentar sensações estranhas, e ao seu redor as cores e as formas começaram a parecer oleaginosos, como se estivesse sob o mar. Ao chegar em casa, pensou que deveria descansar e se deitou na cama. Mas então começou a sofrer toda classe de alucinações estranhas.

Quando regressou ao laboratório, chegou à conclusão que enquanto sintetizava aquelas substâncias tinha absorvido através da pele uma pequena quantidade de LSD 25, um composto que havia sintetizado ao acoplar dietilamida ao ácido lisérgico, a substância produzida pelo cornelho do centeio.

Para confirmar suas suspeitas, Hofmann tomou oralmente a que supôs uma dose mínima, pois ignorava que era mil vezes mais potente que a mescalina. Isto é, ingeriu uma quantidade muitas vezes maior que a máxima.

Em poucos minutos começou a experimentar intensas sensações de inquietação e desespero, perda do sentido do tempo e outras alterações que fizeram que ele acreditasse que tinha aterrissado no reino mágico de Oz.

Hofmann acabara de inventar o LSD. E com ele, incentivou e supervitaminou o movimento contracultural americano da década de 60.

Fonte: BoingBoing.