Crocodilo pode ter sido a causa do desenvolvimento do cérebro de nossos ultrapassados

Com certeza você já ouviu falar do ácido graxo poli-insaturado, o famoso Ômega 3 que reduz o colesterol. Pois resulta que os avós de nossos avós cavernícolas já o consumiam. Os ossos e artefatos descobertos recentemente na escavação de uma "cozinha" hominídea de 1,95 milhões de anos localizada no atual Quênia, revelou costumes alimentares aquáticos no menu de nossos ancestrais.

Curiosamente nessa "cozinha" não aparecem ossos humanos (caso contrário falaríamos de cemitério e não de cozinha), mas a combinação de restos e ferramentas encontrados sugerem que nossos ancestrais se reuniam ali para preparar suas refeições.

A dieta daqueles hominídeos incluía -além de tartarugas e pescado– o crocodilo. E agora um estudo realizado por arqueólogos sul-africanos sustenta que ao consumir o réptil, nossos antepassados poderiam inadvertidamente ter ajudado a que os humanos desenvolvessem posteriormente cérebros maiores.

Os autores do estudo acham que o fato de incluir crocodilo na dieta pode ter acelerado o crescimento no tamanho do cérebro de certos hominídeos e seus ancestrais, devido especialmente ao elevado nível de ácidos graxos poli-insaturados –gordura boa– que existe na carne do réptil.

Segundo David Braun, arqueólogo da Universidade de Cidade do Cabo e líder do estudo, o fato de que nossos ancestrais consumissem "comida para o cérebro" já no Plioceno, poderia explicar o grande tamanho cerebral atingido por nosso ancestral direto o Homo erectus –e seus descendentes– há aproximadamente 1,8 milhões de anos.

Fonte: Nat Geo.