Os condenados do sexo masculino na Unidade Prisional em Jessup, Maryland (EUA), tem uma história única para contar. A história de como eles encontraram a paz e a calma através de uma atividade incomum: o tricô. Incomum, porque não parece normal ver um monte de caras de aparência rude tatuados e sem dentes, sentados calmamente, ocupados com agulhas de tricô e um monte de lã. |
E, no entanto, é verdade, graças aos esforços de Lynn Zwerling, 67 anos, a fundadora da Knitting Behind Bars. Zwerling se aposentou de seu trabalho de venda de carros em 2005, e voltou sua atenção para o tricô, que sempre foi sua paixão. Inicialmente, começou com um pequeno grupo de mulheres em sua cidade. O grupo cresceu rapidamente para cerca de 500 membros. De acordo com Zwerling, logo observou algo zen quando viu as mulheres que não tinham nada em comum sentadas calmamente ao lado uma da outra, absorvidas em seu tricô. Então teve a idéia de levar a atividade para as prisões.
No início, foi solenemente recusada pelos guardas sob o pretexto de que os homens nunca ficariam interessados em um hobby feminino como o tricô. Mas Zwerling foi persistente, e finalmente valeu a pena. Cinco anos depois, em 2009, ela entrou em Jessup, quando a Unidade Prisional aceitou seu programa. Estes foram os primórdios da Knitting Behind Bars. Muito naturalmente, os prisioneiros estavam relutantes em fazer aulas com Zwerling, inicialmente. No entanto, após sua primeira aula de 5 minutos notou que um ou outro iam chegando e pegando às agulhas. O primeiro trabalho foram bonecos de tricô, que depois foram doados às crianças de um orfanato. Logo depois passaram a tricotar gorros, lenços e cachecóis.
Richy Horton, um dos ex-detentos da Unidade relata sua experiência com as aulas de tricô:
- "As pessoas realmente não conseguem entender que na prisão você está completamente separado de qualquer coisa normal ou real no mundo. Lá dentro sempre dizem o que devemos fazer e quando fazê-lo, de modo que quando uma pessoa nos trata como um ser humano, assim como Zwerling fez, significa muito. Ela chegou lá e me lembrou muito a minha mãe".
Após sua liberação, Horton começou a trabalhar na construção civil e continua a tricotar em seu tempo livre, mantém contato com a KBB e diz que as mulheres da
associação -Lynn Zwerling, Sheila Rovelstad e Lea Heris- não são como pessoas normais. Nas palavras de Horton:
- "Elas são quase como anjos que apareceram na minha vida".
Com certeza é preciso muita coragem e doação para ir até um presídio e ensinar algo tão feminino como tricô, com amor, bondade e respeito.
Fonte: Good News.
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Comentários
Alguns que se diziam machões e perigosos na vida antes da cadeia.
rsrsrsrsrsrs
Também lembrei de "O Delimodor", LP.
Alguem lembrou daquele filme das 3 conchas.
Seria mais utel se ela ensinasse para que serve as malditas 3 conchas.
Legal a iniciativa dela. Eles até tricotaram umas touquinhas, pelo visto.
"e ensinar algo tão feminino como tricô"
isso estragou o texto xD
mas blz.
eu te perdôo admin.
Se o mundo tivesse mais pessoas assim, com certeza,
viveríamos em outra realidade...
Isso faz falta. Muita falta...
:-/
"Todo mundo procura grandes oportunidades para fazer o bem,
mas as pequenas oportunidades nos passam à frente a todo momento..."
Eu pensei a mesma coisa que o Luke enquanto lia a notícia. Eles vão achar um uso para isso, ah vão.
Prevejo cordas de trico...
Se fosse aqui no Brasil, os presos usariam o material para fugir.
Melhor do que não fazer nada. Se bem que até uma agulha de tricô vira arma dentro de um presidio. Mas é válido sim.
Inclusão, para isto acontecer temos que jogar nossos medos e preconceitos fora.
Poxa, eu achei legal... Eles são bem tratados pela senhorinha e ainda aprendem alguma coisa nova... Legal... contanto que não apareçam criminosos com capuz de tricô assaltando os bancos...
Tá, né?