Em junho de 1963, |
"Meu marido é branco. Eu sou parte negra, metade índia. Cinco anos atrás nos casamos, somos pessoas simples e não sabíamos que havia uma lei na Virgínia contra casamentos mistos. Tão logo retornamos para nossa casa, alegres pela celebração, fomos presos, julgados e expulsos do estado.
Sabemos que não podemos viver lá, mas nós gostaríamos de voltar pelo menos mais uma vez para visitar as nossas famílias e amigos, mas temos medo. Um juiz disse a Richard que se colocássemos de novo o pé naquele estado, juntos, seríamos novamente presos e desta vez jogariam a chave fora..."
A carta dos Loving não mencionava os detalhes da prisão: em uma noite de junho, de calor infernal, três policiais invadiram o quarto onde Mildred e Richard dormiam acordando-lhes com o brilho ofuscante de uma lanterna. Ela também não reclama da humilhação de passar mais de uma semana numa prisão infestada de ratos, seu marido ficou em uma cela melhor, era branco, e passou apenas uma noite atrás das grades.
Dois jovens advogados de direitos civis assumiram o caso, e em 1967 veio a decisão do Supremo Tribunal, escrita pelo Juiz Earl Warren que declarava que ...a liberdade do casamento há muito tinha sido reconhecida como um dos direitos vitais e pessoais essenciais para o exercício regular da felicidade dos homens livres", Warren argumentou que o estatuto da Virginia violava a 14ª Emenda, invalidou a lei segregacionista e deu ganho de causa aos Loving, que comemoraram com um beijo, longo e apaixonado.
Nos anos seguintes a sentença, os Loving recusaram inúmeros pedidos para entrevistas, aparições públicas e honras. Mildred Loving não tinha outras filiações além de sua igreja e sua família e nunca se considerara uma heroína, apesar de assim ser reconhecida.
Ela resolutamente viveu uma vida privada normal com seus prazeres comuns -um casamento feliz, três filhos, uma casa perto da família- e suas tragédias, infelizmente, comuns. Um dia, quando tinha 35, Mildred e Richard voltavam para casa pela rodovia estadual quando outro carro bateu no deles. Richard morreu instantaneamente. Mildred, que perdeu seu olho esquerdo no acidente, nunca se casou novamente ou sequer considerou. Dizia que seu amor era único. Ela passou a segunda metade de sua vida freqüentando a igreja, cozinhando para filhos e netos, fumando um cigarro vagabundo sem filtro, bebendo copo após copo de café instantâneo com os vizinhos e olhando pela porta de sua varanda a visão pacífica dos campos.
Fonte: NY Times.
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Comentários
NOSSA QUE HISTORIA,EU SOU NEGRA DE ORIGEM SIMPLES E CONHECI UMA PESSOA DA INGLATERRA BRANCO E DE POSSES NO INICIO FIQUEI COM MUITO MEDO,MAIS QUANDO ALGO ASSIM VEM ACONTECER JA E DE DEUS, E AGENTE SE FALA MAIS ESCREVENDO E TRADUZINDO RSRS UM PRO OUTRO ,MAIS HOJE JA ESTOU ME COMUNICANDO MELHOR COM ELE,MAIS VI QUE PRO AMOR NAO DISTANCIA E NEM LINGUÁS DIFERENTE ,NAO AH COR,SIMPLESMENTE O AMOR SE FALA NO OLHAR!
é uma coisa tão absurda o racismo, que me deixa sem palavras....
Nossa, cara, que história linda!
História triste e bela ao mesmo tempo. Triste pela ignorância, bela pelo amor inconteste.
Luke, a paixão te cega, o amor te dá força. E se é só paixão sem amor, ainda te fo..., hehehe.
Tyr,
É bom que estejas feliz.
Feliz da vida Célio.
De uns tempos pra cá ando prestando mais atenção em histórias assim.
Ai ai... :?
Tudo Tyr, e você?
Célio, tudo bom?
Eu trato o racismo como religião. Não discuto, não dou lado e ignoro tacitamente.
Eventualmente surge um ou outro com o espirito do caboclo Torquato.
Exorcizo na hora. Vai na porrada mesmo.
isso é tão romântico! *-*
NhonhonhÔ...que coisinha mais lindinha!!! :clap:
abestado vc acha q alguém vai notar o seu um em javanês? :lol: :lol:
:ma: :ma: :ma: :ma: :ma: :ma: :ma: :ma: :ma:
Horus;;;;;;;;;;;;;;hhmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
My way is you!
Amei.....
Bela história e lindas fotografias. Que final triste :-(
E hoje, o presidente desse país é filho de negro com branca.
Nada como o tempo para mudar a mentalidade das pessoas. Mas, infelizmente, o racismo ainda existe. Não como naquele tempo, mas ainda existe.
:clap:
Gostei das fotos.
Na verdade, o amor não é lindo, ele apenas te cega e o calor faz com que você ache que está bem. Mas na verdade, ele apenas te deixa vulnerável, fraco.
Sou um garoto cego, mas estou protegido novamente.
Há por essas coisas que me deixam feliz, o amor é lindo!!
Linda história!
hmm