Holi, o divertido festival hindu das cores (44 fotos)

A Índia é em geral lembrada por suas mulheres lindas vestindo sáris coloridos. Aliás, apesar das mazelas inerentes de um país em desenvolvimento, a Índia é muito alegre e colorida, ainda mais se lembramos do popular festival hinduísta Holi, também chamado como Festival das Cores, da primavera (austral) celebrado naquele país, na Guiana e Nepal quando no primeiro dia queimam a mulher-demônio Jolikā, irmã de Jirania Kashipú, em fogueiras enormes durante a noite.

No segundo dia, o mais festivo, conhecido como Dhulhendi, as pessoas passam o dia inteiro brincando de fazer guerra de pó e água coloridos. Eles acreditam que a mudança de temperatura que chega com primavera pode causar febre e outras doenças virais. Assim, jogar pós coloridos uns nos outros tem um significado medicinal: as cores são em geral feitas com ervas medicinais. Para a data, também é preparada uma bebida especial chamada bhang, contendo maconha (Cannabis sativa).

Segundo a mitologia vaishnava, Jirania Kashipú era o rei dos demônios. Graças a sua grande austeridade, o deus Brahmá concedeu lhe uma bênção: não podia ser morto durante o dia ou a noite; dentro ou fora de uma casa, na terra ou no céu; nem por um homem nem um animal; nem por astra nem shastra. Portanto, ele se converteu em um rei arrogante, e atacou os Céus e a Terra. Exigiu que as pessoas deixassem de adorar os deuses e em seu lugar o adorassem.

Apesar disto, Prajlad (um dos filhos de Jirania Kashipú), era devoto de senhor Vishnu. Apesar de várias ameaças de Jirania, Prajlad continuou fazendo orações ao senhor Vishnu. Envenenaram-no mas em sua boca o veneno converteu-se em néctar. Foi pisoteado por elefantes, mas saiu ileso. Puseram-no em um quarto com serpentes venenosas e sobreviveu. Todas as tentativas de Jirania Kashipú de matar seu filho falharam.

Finalmente, ele ordenou que Prajlad se sentasse em uma pira no regaço de sua irmã, Joliká, que não poderia morrer pelo fogo em virtude de um manto mágico. Prajlad aceitou a ordem de seu pai, e seguiu recitando os nomes de Vishnu. Quando o fogo acendeu, cada um viu com assombro como o manto se elevou voando, desprotegendo Joliká, que então morreu queimada, enquanto Prajlad sobreviveu, quando o manto cobriu seu corpo completamente. Assim o incêndio de Joliká é celebrado como Holi.

Depois disso tudo, Vishnu apareceu na forma de Narasimha (que é metade homem e metade leão) e matou Jirania Kashipú no entardecer (não era de dia nem de noite), no pórtico do palácio (que não estava dentro nem fora), sustentando em seu colo (pelo que não estava no céu nem na terra) e o desmembrou com suas garras (que são nem astra nem shastra).

Fonte: Guardian.