Um passeio pelo espaço profundo com o Hubble 39 fotografias)

O telescópio espacial Hubble (HST por suas siglas em inglês), é uma destas coisa que se não existisse precisaria ser inventado o mais rápido possível. Orbitando no exterior da atmosfera, em órbita circular ao redor da Terra a 593 km sobre o nível do mar, tem um período orbital entre 96 e 97 min. Denominado dessa forma em homenagem ao astrônomo Edwin Hubble, foi colocado em órbita em 24 de abril de 1990 inaugurando o programa de Grandes Observatórios.

A vantagem de dispor de um telescópio além da atmosfera radica, principalmente, em que desta maneira é possível eliminar os efeitos da turbulência atmosférica. Ademais, a atmosfera absorve fortemente a radiação eletromagnética em certos comprimentos de onda, especialmente no infravermelho, diminuindo a qualidade das imagens e impossibilitando a aquisição de espectros em certas bandas caracterizadas pela absorção da atmosfera terrestre.

Uma das principais características do HST é a possibilidade de ser visitado por astronautas nas chamadas missões de serviço, durante as quais podem arrumar/trocar elementos estragados, instalar novos instrumentos e elevar a órbita do telescópio. Até hoje já foram realizadas 5 missões de serviço. A última aconteceu em maio de 2009 e nela aconteceu a melhoria mais drástica da capacidade instrumental do Hubble, quando instalaram dois novos instrumentos, consertaram outros dois e melhoraram outro mais. Depois do fim das missões dos ônibus espaciais, sabe-se lá a próxima missão de manutenção

Inicialmente uma falha no polimento do espelho primário do telescópio produziu imagens ligeiramente desenfocadas e suscitou um dos maiores fiascos e gastos até então da astronomia. Esta falha primária foi considerada em seu dia como uma importante negligência por parte do projeto, mas felizmente a primeira missão de serviço ao telescópio espacial conseguiu instalar um sistema de correção óptica capaz de corrigir o defeito do espelho primário atingindo as especificações de resolução inicialmente previstas. A partir daí foi só alegria e por causa do Hubble hoje podemos apreciar alguns números impressionantes:

• No momento de ser lançado, tinha o tamanho de um contêiner, hoje alcança os 13 metros de comprimento, 4 de diâmetro e um peso superior às 12 toneladas.
• A câmera mais sofisticada do telescópio espacial criou uma imagem mosaico de um grande parte do céu, que inclui ao menos 10.000 galáxias.
• O Hubble encontra-se a 593 km sobre nível do mar.
• Com o Hubble é possível ver aproximadamente um milhão de objetos. Em comparação, com o olho humano que só pode ver 22.000 estrelas a olho nu.
• As observações do HST incluem hoje quase um milhão de fotografias;
• O Hubble orbita a terra a 28.000 km/h dando uma volta em nosso planeta aproximadamente a cada 97 min;
• Apesar da grande velocidade em que orbita a terra, o telescópio é capaz de apontar para um astro com enorme precisão (o desvio é inferior a espessura de um fio de cabelo humano visto a uma distância de um quilômetro e meio);
• O Hubble tem um índice com a posição detalhada de 15 milhões de estrelas que lhe permite apontar com grande precisão seus alvos;
• A distância total que o Hubble percorreu ao redor da terra é de 3 bilhões de quilômetros, superior à que suporia fazer uma viagem de ida a Netuno;
• Astrônomos de mais de 45 países já publicaram descobertas feitas com o Hubble em 4.800 artigos científicos.

Neste post damos uma passeio fantástico através do universo que hoje conhecemos através de algumas das incríveis fotografias realizadas pelo Hubble de galáxias distantes e nebulosas denotando que cada vez mais somos nada mais que pura poeira cósmica, a poeira do mosquito do cocô do cavalo do bandido.

1. NGC 6611 - a Nebulosa da Águia


2. Nebulosa Cabeça de Cavalo


3. IC 5070 - Nebulosa Pelicano


4. NGC 224 - Andrômeda


5. NGC 602 na Pequena Nuvem de Magalhães




6. Galáxia espiral NGC 1300


7. Galáxia espiral NGC 1309


8. Nebulosa NGC 2068


9. NGC 2207 e IC 2163 - galáxias espirais entrelaçadas


10. A nebulosa Rosette NGC 2237




11. NGC 2264 - Aglomerado estelar Snowflake


12. NGC 2264 - Nebulosa do Cone


13. NGC 2392 - A Nebulosa Esquimó


14. NGC 2818 - Nebulosa planetária


15. NGC 3034 - Explorando a Galáxia




16. NGC 3370 - Galáxia espiral


17. NGC 3372 - Nebulosa de Carina


18. NGC 3372 - Nebulosa de Carinae


19. NGC 5194 - A Galáxia Whirlpool


20. NGC 5457 - Galáxia Pinwheel




21. NGC 6514 - Nebulosa Trífida


22. NGC 6543 - Nebulosa Olho de Gato


23. NGC 6611 - Nebulosa da Águia


24. NGC 6618 - A tempestade de gases turbulentos na nebulosa de Cygnus


25. NGC 6992 (Nebulosa do Véu), NGC 6995 e NGC 6960




26. NGC 7293 - Nebulosa Helix


27. NGC 7635 - A Nebulosa da Bolha


28. NGC1976 - A Grande Nebulosa de Orion


29. Grande Nuvem de Magalhães


30. Galáxia de clusters MS 0735




31. Um enorme aglomerado de galáxias distantes


32. Estrelas emergentes na Nebulosa de Orion


33. V838 - Estrela em Monoceros


34. Explosão de uma estrela


35. Um anel de estrelas azuis ao redor do núcleo galáctico


36. As estrelas jovens na Pequena Nuvem de Magalhães


37. A nebulosa escura Barnard 163


38. Três galáxias em colisão