Capitán, um cão que se manteve ao lado do túmulo de seu dono falecido durante os últimos seis anos é a prova inconteste de amor de um animal e de lealdade que transcende os limites da vida e da morte. Embora a bola de pelos ainda tenha uma família para voltar, ele simplesmente se recusa a sair do lado do seu mestre. |
A devoção dos cães a seus donos humanos nunca deixa de nos surpreender. No início de 2011, quando aconteceu o deslizamento de terra em Teresópolis, conhecemos a história de Leão, que ganhou as manchetes internacionais quando fotos dele deitado ao lado da sepultura de sua dona se tornou um viral. De lá para cá tropeçamos quase sempre em uma história similar que remete ao amor incondicional dos queridos peludos.
Hoje me deparei com outro conto de lealdade canina, que é de partir o coração. Capitán, um pastor alemão da cidade argentina de Villa Carlos Paz, optou por permanecer perto de seu dono, mesmo após seis anos de sua morte. A esposa do homem disse que Capitán desapareceu de sua casa logo após a morte do marido, e depois de procurar por ele, ela e seu filho acreditavam que estava morto ou que tinha sido adotado por outra família. Mas, quando foi visitar seu marido no cemitério, viu o cão ao lado do túmulo. Ela não sabe explicar como ele conseguiu localizar o túmulo certo, mas lá estava ele, abanando o rabo como sempre, ao lado de seu dono.
A história incrível da lealdade de Capitán começou em 2005, quando Miguel Guzmán levou para casa o pequeno filhote de pastor alemão, como um presente para seu filho, Damian. Durante o pouco tempo que passaram juntos, o filhote desenvolveu uma relação especial com Miguel, mas em 24 de março de 2006, veio o desastre. Miguel faleceu, mas aparentemente Capitán resolveu não deixar que uma coisa como a morte o afastasse de seu melhor amigo. Ele sumiu de sua casa, de alguma forma conseguiu encontrar a sepultura de Miguel no cemitério local no meio de milhares e decidiu que nada iria separá-los novamente.
Veronica e o filho Damian tentaram levar Capitán para casa com eles várias vezes durante os últimos seis anos; a única vez que conseguiram, ele fugiu e voltou novamente para o cemitério. Nem por reza brava ele arreda a pata do lado do túmulo de seu dono. Veronica conta que às vezes Capitán segue-os a uma curta distância, mas, eventualmente, se vira e volta para o cemitério. Damian, agora com 13 anos, admite que gostaria de ter Capitán de volta em casa, mas diz que entende o seu imenso amor por seu pai.
Hector Baccega, o administrador do cemitério de Villa Carlos Paz, disse à imprensa que Capitán ganhou o carinho e respeito de todos os guardas do cemitério, que sempre se certificam de que esteja bem alimentado e em dia com as vacinas. Ele sente que este cão incrível pode ensinar os seres humanos uma lição valiosa sobre acalentar a memória de seus entes queridos.
Capitán me fez lembrar muito de uma outra história comovente, a de Hachiko, um akita famoso que esperava no final da tarde, precisamente no momento de desembarque do trem na estação, na esperança de reencontrar-se com seu dono. Sua história inspirou o comovente filme "Hachi: Sempre ao seu lado", estrelado por Richard Gere e Joan Allen (veja cena). Sou suspeito para falar, mas a primeira vez que assisti este filme poderoso, ao ver a longa espera de Hachi, chorei como um bebê amargurado. A espera de toda uma vida. Como o destino pode ser tão cruel ao permitir que uma criatura sem maldades anseie por um reencontro apesar de não compreender a mortalidade que os separa.
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Comentários
Ah chorei até, depois as pessoas ainda tem coragem de dizer que os animais não pesam não tem sentimentos, quero ir te essa cidade, ir até esse fofo, eu choro só se de falar sobre o hatchi eu choro, amo aquele filme, já que está acontecendo isso na minha redação quero muito conhecer esse cachorro, vou orar pedir pra Deus todos dias, pra que ele não de nada , pra que Deua proteja ele
é interessante diz que o melhor amigo do homem que bom espero que as pessoas sejam assim tb por esta muito mesmo dificil viver neste mundo que aqui estamos .
Rs, achei muito engraçado o que disse: ''chorei como um bebê amargurado por não entender como o destino pode ser tão cruel''
Eu também...Mas me segurei para não chorar muito, por que estava em público.
Mas na verdade, me dá uma grande aflição assistir a esse filme, ver quão longo e infeliz seria se fosse um humano no lugar de um cachorro, que consegue transmitir maior lealdade que qualquer ator de duas patas.
É mesmo comovente...
É por isso que eu falo, quer lealdade e fidelidade, arraja um cachorro.
Quem ficaraia seis anos ao lado do tumulo do melhor amigo????????humano não...ate para uma visita ao queridos no cemiterio a gente esquece de ir...mas os animais a estes sao nosso verdadeiros amigos de fe..presenciei um fato com um catador de papelao o mesmo passou mal na rua e seu cao vira lata não deixava os bonbeiros chegarem perto somente apos lacarem o mesmo e que conseguiram dar assistencia e veja que era um cao que comia e dorma na rua....e nos humanos que simplesmente ignoramos nossos irmãos mais necessitados..velhos em asilos andarilhos..drogados..bebados...não somos as vezes piores que os animais....
Edgar voce está errado, a ciencia sempre nos lembra como os animais são semelhantes a nós, e como nos não passamos de animais tambem. É a religião que pensa diferente e acha que nos somos superiores e os animais são impuros e cria essa dicotomia. Claro que por um tempo a ciencia não se produnciava, o que dava a entender que não aceitava, mas não era assim, o problema era cultural e ninguem tocava no assunto, sempre por conta das religiões.
Cada vez mais a sociedade toma consciência de que os animais são plenamente capazes de ter e demonstrar sentimentos antes considerados exclusivamente humanos. Só a ciência não aceitava esta percepção. Agora, as coisas estão mudando. Fico feliz. Pro ser humano é um reencontro.
o filme é otimo msm .....muito comovente o cao q nao sai do cemiterio,amo meus cahorros e eles ja me deram muita provas de lealdade ,ha quem diga q eles se apegam mais a um ser do sexo masculino ... mas nao sei qual a razao
Isso que é lealdade. :cry:
Tomare que ele não esteja sofrendo intensamente como no início da perda do seu dono. Assim como as pessoas tem dificuldades de deixar o passado e seguir em frente os animais também têm, mas o que implica mais nesse caso é que o cão não é "consciente". Agora a meu ver ele não tá feliz queria que conseguissem ajudar ele.
Amor mais puro!
Triste e lindo ao mesmo tempo.
Tem uma estátua de um cachorro em Tóquio, Shibuya.
Tbm chorei até soluçar quando assisti Hachi: Sempre ao seu lado.
Eu assisti o filme citado, nossa é tão triste, uma espera que não tem final feliz :roll: :-(
Já tinha visto algo sobre a história de Hachiko.
Cães e lealdade.
Só existe um caso com um gato.
Não é a coisa mais linda que existe?
Apegado mesmo ao dono.