Cientistas descobrem o ser vivo mais brilhante

As amoras azuis da planta tropical Pollia condensata refletem luz como uma daquelas frutas artificiais de plástico que enfeitam a mesa na fruteira da casa da vovó, no entanto, como sabemos, há há algo nessas frutas decorativas que não consegue comunicar uma luz vital. Já esta pequena fruta africana parece brilhar mais do que qualquer outro objeto vivente.

O pesquisador Ulrich Steiner estava estudando a refletividade das tulipas e outras flores quando alguém falou sobre a existência desta pequena amora. A maioria das superfícies só refletem uma pequena parte da luz, mas esta fruta reflete até 30% da luz. Segundo Steiner isto a converte no objeto vivo com a refletividade mais intensa.

Assim como ocorre com os besouros, a amora Pollia não tem pigmento em sua pele, suas células formam camadas como as de uma cebola e a luz é filtrada através dessas camadas criando o que é conhecido como “cor estrutural”.

- "Basicamente o que acontece é que rebatem a luz azul e deixam passar o resto da luz", diz Steiner. Mas ademais existem algumas células que refletem outras cores e isso dá à fruta um aspecto de brilho pixelado.

Esta qualidade luminosa tem a função de tornar esta planta mais atraente para as aves que tomam a fruta e espalham suas sementes, ainda que a amora não tenha nenhum valor nutricional conhecido. Sem uso nutricional conhecido, talvez esta planta não tenha outra intencionalidade para existir ou quem sabe alimentem de seres sutis que se movem em outros planos.

Fonte: npr.