Matusalém, um pinheiro (Pinus longaeva), considerado o mais antigo organismo não clonado com vida, com uma idade estimada de 4.841 anos.
A definição de árvores velhas depende da espécie e do ecossistema, mas o que distingue estes exemplares é sobretudo a grande quantidade de cavidades internas e o sistema de enraizamento complexo. Estas características permitem que tenham um papel chave no meio-ambiente.
As árvores velhas, por exemplo, dão refúgio a 30% dos vertebrados em alguns ecossistemas, ao mesmo tempo em que armazenam grande quantidade de carbono na terra. Nas zonas agrícolas, as grandes árvores podem apresentar um papel essencial na polinização e distribuição de sementes e são lugar de referência para muitos animais.
A perda deste tipo de árvores preocupa em muitos países. A situação é especialmente preocupante em lugares como a Califórnia, Austrália ou Costa Rica, e também no Brasil, onde a ação desenfreada nas áreas florestais como a Amazônia estão colocando em risco as defesas. Na Suécia, a densidade de árvores com mais de 45 centímetros de diâmetro passou nos últimos anos de 19 para apenas 1 por hectare. No conhecido Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia, a população de grandes árvores foi reduzida em 28% entre 1930 e 1990. Nas nossas selvas calcula-se que as árvores de mais de 60 centímetros de diâmetro foram reduziram à metade nas últimas três décadas.
Este tipo de árvores são especialmente vulneráveis ante mudanças no meio como secas, fogos ou a presença de plantas invasivas. Apesar de tudo, a perda destes exemplares está sendo desigual segundo a zona do planeta. Em alguns bosques tropicais detectaram um aumento das árvores grandes devido provavelmente ao aumento da concentração de CO2 atmosférico. Os especialistas reclamam que se estude melhor esta localização e que sejam desenhados estratégias para reduzir a taxa de mortalidade destes velhos gigantes.
- "Sem estas iniciativas", concluem, "estes organismos icônicos e as numerosas espécies que dependem deles podem se perder para sempre ou serão drasticamente reduzidos".
Foi pensando nestas super-árvores que Infografia de Michael Paukner realizou esta interessantíssima infografia utilizando a lista de árvores mais velhas do mundo da Wikipédia.
Destaque para o jequitibá-rosa de 3 000 anos, no Parque Estadual do Vassununga, em Santa Rita do Passa Quatro, conhecido por "Patriarca da Floresta" (3 últimas fotos), medindo 49 metros de altura e uma circunferência de dezesseis metros, ou seja, são necessárias dez pessoas de mãos dadas para abraçar seu tronco.
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Comentários
A natureza vencerá
aqui na minha regiao tem arvores gigantescas no meio da mata chamadas embuia q provavelmente nao foram datadas....
O pouco que estudei sobre sistemas abertos de qualquer tipo é que geralmente agentes de mudanças que alteram drasticamente o meio não sobrevivem às proprias mudanças que causaram. Dá para perceber isso no sistema economico, nas tecnologias disruptivas, em sistemas informaticos, em sociedades, provavelmente ocorre na natureza tambem.
O meio ambiente não esta sendo "destruido", ele só esta sendo transformado, com certesa vão evoluir especies que podem sobreviver a mudança ambiental. Eu não chamo de mudança climatica, pois o clima sempre foi instavel, o que ocorre é uma mudança do ambiente como um todo, causado pelo homo sapiens e provavelmente nem tem nada a ver com o co2 (bode espiatorio da politica), mas com a dramatica alteração dos ecosistemas.
Pode parecer triste, mas a vida não precisa de grandes animais, nem de grandes arvores, se elas não conseguem mais sobreviver no ambiente atual, vai ter outras que consigam. Foi assim nas duas ultimas catastrofes globais.
O que o homo sapiens fez foi exterminar mais de 30% das especies, co2 é o menor dos problemas. Perca de biodiversidade é um problema muito serio, enquanto ficam brincando com essas politicagens em cima do co2 somente para ganhar dinheiro, dá raiva isso.
"do que elas próprias", corrigindo.
A manutenção destas espécies é importante muito mais pra manter a espécie humana livre da extinção do que ela própria. O solo atlântico, por exemplo, é um berçário vivo. Na medida que se desenvolvem as condições corretas para germinação, sementes de milhares de anos brotam como se fossem recém jogadas no solo. Enfim, o desaparecimento das grandes árvores será com certeza um evento provisório. Até que seus principais dependentes e algozes, nós humanos, já não estivermos mais aqui pra impedir o despertar da vida.
Eu amo as árvores!!!
Pando :O
Li outro dia que os cacaueiros necessitam desse tipo de árvore, cuja presença está se tornando cada vez menor, na África, devido à intervenção humana.