O abuso de substâncias embriagantes não é exclusividade da espécie humana. Inclusive é bem possível que nossos ancestrais tenham começado a apreciar a ingestão alcoólica observando os hábitos de animais. talvez por isso, hoje, depois de milhares de anos, a atividade trivial, após um dia duro, de sentar-se em um bar com os amigos para tomar uma cerveja ou algo mais forte tenha se iniciado nos confins da África logo após um dia de caçada infrutífera. |
Ao longo da história, os elefantes já foram adorados como deuses, e muitas vezes considerados a personificação da sabedoria e da boa memória. Assim como os seres humanos, os elefantes tem sociedades complexas que são muitas vezes relacionadas com características antropomórficas. São hábeis no trabalho coletivo coordenado, o filhote é a razão da família, guardam luto pelos irmãos mortos e amam uma "uca". Vejam este vídeo que mostra elefantes embriagados depois de um porre de amarula (Sclerocarya birrea) fermentada.
Em outubro de 2007, seis jovens elefantes invadiram uma aldeia na Índia, tomaram de assalto um bar, tomaram toda a cerveja, ficaram bêbados como gambás, arrancaram um poste de luz e foram alvejados tamanho o descontrole e caos que provocaram. Em 2002, um outro esquadrão de paquidermes bêbados invadiu outra aldeia, matando seis pessoas
O alcoolismo em elefantes é um problema crescente na Índia e na África. Inteligentes que são, rapidamente perceberam que onde há pessoas, há álcool. Algumas fontes mais conspiranoicas sugerem que é uma questão de tempo para que elefantes ataquem aldeias inteiras em busca de bebidas alcoólicas.
As abelhas também gostam de uma boa cachaça. Como seu sistema nervoso é semelhante ao dos humanos, os cientistas gostam de experimentar com álcool em colônias de abelhas para testar o efeito da intoxicação.
Os cientistas observaram que as abelhas bêbadas voam menos e ficam menos propensas a um comportamento social adequado e em geral criam crises ocasionais de violência. Algumas são tão suscetíveis ao álcool que perdem a capacidade de fazer qualquer coisa.
As abelhas parecem atrair as propriedades tóxicas de substâncias fermentadas, mas a pressão social forte mantém a maior parte delas longe do alcoolismo. Para apoiar a produção de mel, a abelha rainha põe seguranças na entrada da colméia com ordens estritas para não deixar que os bêbados entrem. Mas, enquanto a proibição é popular no mundo das abelhas, elas não estão muito familiarizadas com a compaixão e reabilitação. Alcoólatras crônicas pagam por seu pecado com suas próprias patas.
Eu não poderia cometer o desplante de terminar este post sem dizer que apesar das inúmeras histórias envolvendo animais bêbados, inclusive o próprio Darwin observou em "The Descent of Man" que os macacos têm uma forte queda por "bebidas alcoólicas" e cerveja, há pouca evidência científica comprovando que os animais gostam mesmo de álcool, que ocorre naturalmente em frutos fermentados. Este assunto é ainda muito polêmico no mundo científico devido a poucos estudos que atestam a sua veracidade, apesar dos vídeo que supostamente mostram animais embriagados.
Bom lembrar que em abril de 2006 a revista Physiological and Biochemical Zoology disse que as histórias sobre elefantes bêbados são um mito, inclusive indicando como "fake" um vídeo muito famoso na rede, extrato do documentário "Animals Are Beautiful People", que exibe exemplares da fauna totalmente embriagados.
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