Ainda que pioneiras em "disseminar a palavra" durante séculos, as igrejas católicas, cristãs, protestantes, mórmons e de outras tradições abraâmicas estão adotando estratégias baseadas no marketing digital e a publicidade em massa para integrar-se a era digital, com resultados diversos, sumamente absurdos e em ocasiões francamente cômicos. Tanto que uma pesquisa recente comprovou que sites religiosos tem mais malwares e pragas digitais que sites pornôs.
Enquanto aqui no Brasil os pastores investem pesado na (por enquanto) maior mídia de massa: a televisão; em outros países já existem sites para compartilhar vídeos cristãos como o GodTube, sites de relacionamento evangélico e até irreverentes sermões de padres com estilo hipster garanhão como o padre galã Fábio de Melo. A religião organizada vê na marca e na segmentação de mercados uma oportunidade para ter acesso a públicos cada vez menos religiosos, como os jovens.
Contudo, as religiões do livro têm maiores inimigos que o genial astrofísico e meme Neil deGrasse ou o recentemente falecido ateísta superestrela Christopher Hitchens: sua majestade, a Internet.
Considerando que o ateísmo -ou a distância explícita com as religiões- já é a terceira "crença" a nível demográfico no mundo, não surpreende que a Internet disponha de mais pessoas com aspectos positivos e negativos de todas as crenças, formando públicos que estão se educando em questionar a natureza da informação que recebem a cada momento. É em parte por isto que um estudo do Pew Research Center mostrou há pouco que os ateus e agnósticos sabem mais das religiões cristãs e judias do que os próprios praticantes.
Isto pode ser explicado também porque as religiões historicamente basearam seu poder em limitar o acesso à informação, erigindo interpretações oficiais e textos sagrados em dogmas inquestionáveis e satanizando as perspectivas que, como a científica ou a dos evangelhos apócrifos, propõem visões de mundo contrapostas às da fé.
O acesso a Internet, ao democratizar o acesso à informação para uma quantidade cada vez maior de pessoas, torna obsoletas as explicações tradicionais em termos de entendimento do universo físico e coloca em xeque as limitantes oficiais para que crentes de diferentes religiões se relacionem sentimentalmente com membros de outra religião.
Mas, o que fez a Internet (uma tecnologia nova) para, em termos mercantis, conseguir participação de mercado em religiões milenares? Aqui alguns exemplos:
- Conteúdo científico accessível e genial.
Desde os dias em que Carl Sagan explicava os assombros do universo em sua mítica série Cosmos, a ciência se popularizava através de programas de TV a cabo e documentários que explicavam de maneira accessível e divertida curiosos aspectos científicos. Claro: a própria sensação de entender algo nos faz participar com plena consciência dos mistérios revelados do universo, com o que a ciência fornece experiências que antes eram de domínio único da religião; pois a ciência, diferente da religião, fortalece-se com as dúvidas e os pontos de vista revolucionários e contraditórios.
Projetos inclusivos em sites como o incrível TED ou o Symphony of Science conseguem contribuir uma sensação de propósito e transcendência à vida das pessoas através do conhecimento e da descoberta, mostrando coisas incríveis e comprováveis, em lugar de sequestrar sua consciência com a promessa do castigo eterno. - O lado obscuro da fé.
Na era da informação os segredos que antes podiam ser mantidos em resguardo de poucos agora se encontram a disposição de muitos. Casos tão lamentáveis como a pedofilia, o encobrimento de criminosos de guerra ou os confrontos violentos entre praticantes de crenças opostas fazem com que a opinião pública questione não apenas a natureza da fé, senão às pessoas por trás das organizações que administram a relação de milhões de crentes com as divindades.
Não faltam os críticos que veem na renúncia de Bento XVI ao trono de São Pedro um claro sinal de que os escândalos de pedofilia, escravidão sexual, poligamia e incesto que rondam a Santa Sé há muito tempo poderiam estar minando sua estrutura interna e debilitando seu poder político. Além disto, a informação sobre os abusos dos sacerdotes faz com que os crentes se vejam a si mesmos envolvidos em uma contradição entre a cumplicidade passiva e a indignação que poria em crise todo seu sistema de crenças. - Grupos de apoio para pessoas que deixam a religião.
Como se tratasse de uma síndrome de abstinência, a mudança de uma visão de mundo para outra é um processo de aprendizagem um pouco duro, em que um sistema de crenças é substituído paulatinamente por outras. A Internet, entendida como uma comunidade de pessoas encontrando outras que são afins, está preparada para acolher gentilmente os hereges, os que sofreram o trauma da excomunhão, e está disposta a ajudá-los no lento estado de recuperação.
Não importa se são cristãos, mórmons, testemunhas de Jeová ou muçulmanos, a web oferece todo tipo de grupos de apoio para que a vida sem religião seja uma verdadeira reencarnação a experiências que muita gente ligada a suas crenças ainda teme experimentar. - Interespiritualidade e comunidades de crentes de diferentes religiões.
Diversas religiões basearam-se em limitar a convivência humana somente entre membros de suas próprias crenças: casais, negócios e educação reduzem o espectro do humano a gente que professa a mesma religião. Não é à toa que um vive dizendo que o deus do outro não presta quando em essência deveria ser o mesmo. Mas a vantagem da interespiritualidade é que permite que os membros de diferentes igrejas dialoguem e enfrentem suas particulares referências religiosas em um ambiente de diálogo e debate. Além de fortalecer as respectivas teologias, este tipo de comunidades promove também uma versão da ética que não necessariamente está conectada com a religião organizada: fazer o bem é um bem em si próprio, sem ter que apelar a mecanismos pavlovianos como a dinâmica premio, castigo, céu, inferno, etc.
O Dalai Lama, um líder espetacular por excelência, vem sendo o impulsor do diálogo interespiritual há décadas. Seu parecer a respeito gerou alvoroço quando foi postado em sua página do Facebook, e, entretanto, pode ser um discurso iluminador tanto para crentes como para ateus:
- "Todas as grandes religiões do mundo, com sua ênfase no amor, na compaixão, na paciência, na tolerância e no perdão, podem e promovem valores profundos. Mas a realidade do mundo de hoje é que basear a ética na religião deixou de ser adequado. É por isto que me convenço mais e mais de que chegou o tempo de encontrar uma maneira de pensar a espiritualidade e a ética para além da religião em seu conjunto".
Como conclusão, podemos nos combinar com a história de Jim Gillian, um antigo fundamentalista religioso que sobreviveu ao câncer graças ao apoio das redes sociais para encontrar doadores de medula óssea e um duplo transplante de pulmão, que lhe salvou a vida graças à ciência. Em sua palestra The Internet is My Religion, Gillian resume o que a Internet é para milhões de pessoas das crenças religiosas mais contrapostas:
- "Devo cada momento de minha vida a inúmeras pessoas que nunca poderei conhecer. Amanhã, essa interconectividade estará representada em meu próprio corpo físico. Três DNAs diferentes. Individualmente são inúteis, mas juntos podem criar um ser humano funcional. Que incrível dívida para contrair. Nem se quisesse saberia por onde começar. E foi então quando realmente encontrei o tal deus. Deus é o que acontece quando a humanidade se une. A humanidade conectada é Deus".
Organizações religiosas do mundo, tremam em frente a Interwebz!
Fonte: Salon.
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Comentários
Sabe uma coisa bacana sobre a Ciência?
"É crucial saber que se a FÉ em Deus é loucura, a FÉ na Ciência também é.\
A diferença é que a Ciência reconhece que ela não é Deus.
...
Não fundamente a sua falta de fé em Deus na ciência, ela não te fundamenta pra isso!"
"A possibilidade de uma teoria ser refutada constituía para o filósofo a própria essência da natureza científica. Assim, uma teoria só pode ser considerada científica quando é falseável, ou seja, quando é possível prová-la falsa. Esse conceito ficou conhecido como falseabilidade ou refutabilidade." - Karl Popper -
QUERIDOS A CIENCIA "NUNCA" SE DENOMINOU COMO VERDADE,... não sejam maria vai com as outras, É SÓ PESQUISAR \\\\ IGNORANCIA PASSIVA HEIM?
"Tanto que uma pesquisa recente comprovou que sites religiosos tem mais malwares e pragas digitais que sites pornôs."
Pornografia é mais sério que religião! That's all, folks!
A minha religão é o bom senso.
Franco em 14 de março de 2013 às 09:29:01»
Político honesto: além de não existir, você não quer entender nada. Isso é fanatismo.
Que irônico ler isso de alguém que prefere manter-se fechado em suas crenças e seus ensinamentos falaciosos. Já que eu não existo, mas seu deus e sua 'V'erdade, sim, então me prove.
:|
O amor é lindo! Agora deixem-me contar uma pequena estória.
Uma vez eu ouvi o chamado divino... Ai contei ao meu psiquiatra, mas caí na besteira de falar que o barbudo era Raul Seixas e não Jesus Cristo.
Ao invés de ser idolatrado como um ser iluminado eu fui parar num manicômio e depois de uns meses e muito Thorazine ele me liberou.
Político honesto: além de não existir, você não quer entender nada. Isso é fanatismo.
Câmbio e desligo.
Estamos no caminho: https://fbcdn-sphotos-c-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/304314_600584089970152_436019434_n.jpg
V
Proponho voltarmos à idade das trevas, desligarmos nossos computadores, fecharmos nossos livros e passarmos a ter medo dos raios e trovôes e acharmos que a terra é o centro do universo, a medicina é bruxaria e que, doentes, explorados, aceitemos que são apenas desígnios desse deus (minúsculo proposital)
Abaixo o conhecimento, a cultura, o desenvolvimento tecnológico e a razão.
Unimo-vos para viver em nome daquele...
(vai quem quiser, eu fico com o conhecimento)
Uma verdade imaginária, assim como os inúmeros seres sobrenaturais nos quais muitos acreditam. É um famoso ensinamento religioso que não se aplica à realidade – uma perfeita "ilustração" do que representa a religião, de fato, pois aquilo que não pertence ao campo do cognoscível não pode ser definido, ficando restrito ao imaginário. Dizer que só existe uma única verdade e que a mesma não pode ser percebida pelo raciocínio ou qualquer outra faculdade humana é como afirmar que fadas, gnomos ou qualquer outro ser fruto da imaginação existem, mas não podem ser notados por nenhum dos sentidos humanos e nem por qualquer tecnologia que venhamos a desenvolver. Por que um deus daria origem a uma verdade que somente ele teria acesso? É uma das falácias mais simplórias e ultrapassadas, que nem mesmo as crianças de hoje recorrem a ela, quando lhes pedem que expliquem sobre seus amigos imaginários.
Xandy e Político honesto: a verdade não é necessariamente aquilo que os religiosos, eu e vcs cremos como verdade. É verdade com "V" maiúsculo, da qual só temos vislumbres e da qual os fanáticos (inclusive ateus), se dizem portadores.
No mundo eu não sei se vão conseguir minar a religião organizada, mas no Brasil o vaticano deu hoje um tiro no pé que vai esvaziar mais ainda as igrejas...
A resposta ao título do post podem ser os comentários daqui mesmo. rs
"Toda verdade é verdade de Deus.
Toda."
Que bom saber, pois significa, então, que é verdade quando algum fanático religioso diz que matou em nome de seu deus – este teria permitido a ele tal ato. As religiões que mataram em nome de seu(s) deus(es) têm, então, um argumento e tanto para justificar séculos de carnificina.
Toda verdade é a mentira de deus. Toda. :twisted:
Toda verdade é verdade de Deus.
Toda.
Ridícula foi a sua interpretação Nyew.
1 - a religião necessita da crença de alguém para que seja verdade. É preciso ter fé. (Ex: a pessoa crê na existência de um ser invísivel onipresente. É preciso ter fé para que isto seja verdade. ^^)
2 - a ciência é verdade sem que seja preciso ter fé. (Ex.: "A variação da energia interna de um sistema é igual a energia total transferida para o mesmo." Isto é uma verdade indepedente de crença.)
Entendeu? :sha:
É algo simples de entender: a Internet possibilitou um maior acesso à informação e à aquisição de conhecimentos. Novas informações levam as pessoas (pelo menos boa parte delas) a compará-las com os conhecimentos que já têm e, muitas vezes, a questionar o valor e a veracidade destes. A troca de informações com pessoas que apresentam ideias diferentes ou mesmo parecidas reforça este processo; numa esfera como a Internet, é fácil perceber o grau que isso pode atingir.
Diante dessa "revolução", a aceitação de crenças e dogmas religiosos – muitas vezes, "impostos" pela família, "herdados" dos pais – cede terreno, gradativamente, a um pensamento crítico e questionador, que pode abranger uma série de julgamentos. Com o tempo, as conclusões obtidas com estes julgamentos jogam por terra muitas crenças que as pessoas tinham, uma vez que a pessoa percebe que não há fundamentos suficientemente lógicos para sustentá-las. Em outras palavras, o conhecimento leva ao questionamento, que leva a mais conhecimento e ao desapego de crenças e religiões. É o que acontece em países desenvolvidos e com pouca religiosidade, como a Suécia e a Noruega – o sistema educacional destes países é um dos melhores do mundo, justamente por ensinar à criança a pensar e a raciocinar adequadamente.
Ademais, crença é algo pessoal, não depende de religião – esta, contudo, depende daquela. Um dos maiores erros da humanidade foi justamente exteriorizar suas crenças a um nível que eu posso chamar de "imperialista", com regras (tão ou mais severas que leis pétreas) e líderes – mais que uma violação à liberdade de pensamento, é um verdadeiro ato de ignorância alguém lhe dizer no que e como você deve acreditar.
Achei o texto bom, mas a última frase é ridícula!
Qualquer coisa que você colocar no lugar da palavra ciência ficará ok:
"Sabe uma coisa bacana sobre o(a) ______________? Ele(a) é a verdade independente de você crer ou não."
Tente, por exemplo, "meu amigo imaginário".
Já dizia o Prof. Rivail à mais de 150 anos..
“FÉ INABALÁVEL SÓ O É A QUE PODE ENCARAR DE FRENTE A RAZÃO, EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE.”
Por isso a internet, o conhecimento e discussão de assuntos do dia-a-dia nos ajuda a cada dia aumentar nosso Grupo de Jovens.
[2]
Não só a palavra "deu$" se escreve com maiúscula, como a palavra "pa$tor" também.
Já dizia o Prof. Rivail à mais de 150 anos..
“FÉ INABALÁVEL SÓ O É A QUE PODE ENCARAR DE FRENTE A RAZÃO, EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE.”
Por isso a internet, o conhecimento e discussão de assuntos do dia-a-dia nos ajuda a cada dia aumentar nosso Grupo de Jovens.
Todo tema sobre religião, causa uma polêmica danada.
Total Alien, já entendemos tua opinião. Não precisa floodar.
DEUS = INEXISTENTE !
TEXTO RACIONAL E SENSATO, MUITO BOM !
Também fico feliz em lê-lo Geraldo e creio que não deve ser novidade alguma que não estou isento, de uma hora e também outra, de cometer um deslize gramatical ou um erro ortográfico. Sempre encontro vários erros quando releio os meus textos horas ou dias depois. Veja que você mesmo escreve "apezar" ao invés de "apesar" - ainda que possa ser um erro de digitação devido à proximidade no teclado -; mas permanece errando ao usar "Ao meu ver" quando o correto é "A meu ver"; ademais insiste no erro quando diz "corrigi ela para você" -pronome pessoal não pode ser usado como objeto direto- em vez de "a corrigi para você".
Entretanto, o mais curioso desta sua correção é que não tem nenhuma procedência e já explico: a palavra "deus" é, em primeira instância, um substantivo comum para designar os milhares de deuses imaginados pelo ser humano. Quando digo "deus cristão" estou me referindo ao Seu Senhor, ao tal Deus, ser supremo da religião; isto está facilmente subentendido.
Muitas vezes, para evitar este tipo de dicussão boba, escrevo "Deus" com maiúscula, mas nunca é demais lembrar que a palavra "deus" não é um nome próprio, no entanto os religiosos a usam como se fosse, cometem os maiores erros e fazem os maiores malabarismos para demonstrá-lo, escrevem "dEle", "venero-O", "nEle" e metem letras maiúsculas em tudo quanto é canto, de uma forma para além do ridículo, com a justificativa da licença relacionada à subserviência religiosa. Ou seja, mais por questões religiosas do que gramaticais, cometem toda sorte de erros para usar a palavra "deus" como nome próprio e ficam cheios de mimimi quando topam com alguém que o escreve da forma correta, por particularmente não fazer parte de um grupo religioso. Ademais, a nova regra gramatical diz que os hagiônimos podem sim ser escritos com inicial minúscula ou maiúscula, tanto faz. Se você segue a doutrina cristã, pode escrever "Deus", se não, pode escrever "deus" e está tudo bem.
Mas por que então existe tanto melindre? Para que tanto beicinho tiritando? Sei lá viu! Frescura, teologia da humildade (quanto mais submisso mais glórias e favores) ou simplesmnete ignorância de que existem outros milhares de deuses que têm nome próprio. E por que ele não tem um nome? A resposta aqui parece obedecer a princípios psicológicos: o arrogante pretexto e pressuposto que existe um único deus, "só pode haver um!": um deus que é chamado Deus.
Abraços fraternos e obrigado pela correção.
ENTÃO MOÇADA PARA OS IGNORANTES E IRRACIONAIS RELIGIÃO.
E PARA OS RACIONAIS E CULTOS INFORMAÇÃO.
A regra gramatical diz que nomes próprios devem ser escritos com a inicial em letra maiúscula. "Deus", a princípio, é um substantivo comum, pois cada crença ou religião tem seu próprio deus (muitos crentes acham que o único deus que existe é aquele em que acreditam e agem como verdadeiros ateus em relação aos demais, chega a ser cômico). Que eu saiba, o nome próprio do deus cristão é Yehovah.
Geraldo Magela não é aquele ceguinho comediante de stand-up?
MDIG está sendo frequentado por famosos!
Sobre o comentãrio do LuisãoCS, é aquela coisa: Fora da ciência, ou no mundo da espiritualidade, religião, tudo vira mitologia, misticismo e só se fundamenta no crer sem questionar.
Não vejo muita diferença entre uma religião ou um Deus "elegante" europeu dos nativos brasileiros orando a Tupã ou Jaci
Sr Admin, apezar do texto mostrar bastante eloquência, você comete um erro crasso ao se referir ao Nosso Senhor com minúsculas ("agradecer ao deus cristão porque choveu"). Ao meu ver essa frase é sinal de desrespeito e de muita ignorância de sua parte (deve ser escrita "agradecer ao Deus cristão porque choveu"), por isso corrigi ela para você. Isto só pode ser devido ao fato de sequer ter estudado esta regrinha gramatical. Este leitor fica feliz em ajudar.
Vejo que muitos aqui confundem (intencionalmente ou não ), religião com ESPIRITUALIDADE, usando as mazelas dessa ultima para tentar desqualificar a primeira.
Vcs aí que usam adjectivos "civilizados" no debate, como "idiotas", burros, imbecis etc etc, sabem a diferença entre religião e espiritualidade?
Se captarem essa distinção, verão que a humanidade nunca existiu sem a dimensão espiritual encurtada em seu âmago , logo, senhores neo ateus do século 21, não será a Internet que acabara com isso. Diziam a mesma coisa muito antes da tv e do radio. ..
A religião usa a espiritualidade inata ao ser humano, mas se acabarem as religiões organizadas, a espiritualidade continuará (apesar dos memes engraçadinhos dos neo ateus juvenis da internet).
Sem tempo para ler os comentários agora, mas o texto está muito bom!
Essa parte aqui... "ateus e agnósticos sabem mais das religiões cristãs e judias do que os próprios praticantes." me lembrou da minha caminhada ao ateísmo. Eu queria ter certeza que as dúvidas e questões que eu tinha não poderiam ser respondidas por alguma outra religião que não a católica, em que fui criada. Então li a respeito, fui conversar com padres, pastores, rabinos, ministros de toda sorte. E me apaixonei um pouco pela história das religiões e a cultura envolvida nelas, ao mesmo tempo em que cheguei a conclusão de que não acredito mesmo em Deus.
Hoje, sou adepta de Uri =D
Cada vez mais religiões estão fadadas ao fracasso. A igreja católica, manchada não só pela sua história sangrenta no passado (mortes em nome de Deus) como também agora por toda essa podridão da pedofilia vindo à tona. Tanto é que o Bento 16 arregou.
As igrejas evangélicas, manchadas pela extorsão de dinheiro a todo o custo. Pastores milionários e o povo tirando da boca das crianças pra dar pros pastores.
Outras religiões, como o Islamismo e outros do gênero, seguem com seu machismo cheio de abusos, privando as mulheres de uma vida livre e digna.
Entretanto, há outras religiões que prevalecem mais sólidas tais como o Budismo, o Taoísmo, o Confucionismo etc. Talvez seja por isso que o Dalai Lama tenha tanto prestígio.
Mas independente dos problemas nos "sistemas" religiosos, não podemos esquecer que os seguidores dessas religiões somos nós, os seres humanos. E sendo assim, sempre haverão, em parcelas variáveis, pessoas alienadas e corruptas, assim como também há aqueles que raciocinam e buscam ser pessoas melhores.
Indepentemente disso tudo, procuremos ser pessoas melhores, mais solidárias, mais honestas, mais humanas. Isso com certeza fará do nosso mundo um lugar melhor para nós e para as gerações futuras.
Caro Rogério, a frase de Neil deGrasse Tyson não é perigosa nem se for mal interpretada, como exatamente você fez. Isso não irá fazer ninguém acreditar em nada, muito pelo contrário, é só uma cutucada para provocar suscetibilidades ^^ e despertar o pensamento crítico.
Veja bem, tudo na ciência -até dado momento- é verdade (relativa ou absoluta dependendo da aplicabilidade), até que se prove o contrário e que a verdade venha a ser outra. Isso não é charme, senão resultado da aplicação do método científico. E o "bacana" disso tudo é que você não precisa "crer", levantar as mãos ao céu todo dia para agradecer ao deus cristão porque choveu, não é preciso orar por TODA a verdade dogmática verborrágica e, melhor, não há a necessidade de fazer o bem só para ir para o ceú, senão que para estar bem consigo mesmo.
Abraços fraternos.
Sob a perspectiva da própria religião, melhor dizendo, da própria concepção cristã (e deixo isto claro, porque já faz um tempo que não sigo religião alguma), pode-se dizer que a igreja católica em seu caso específico, está no limiar de sua santidade. Isto quer dizer que, a despeito do enorme furacão em que está evolvida, ainda assim, tem a melhor oportunidade histórica de enfrentar todas as contradições inerentes ao seu caráter institucional diante dos fundamentos aos quais, num eterno jogo de estica-e-puxa, insiste em encarnar e tomar para si como sua mais límpida identidade. Este começo de século é marcado por uma crise moral aparentemente sem precedentes. Temos que admitir que não há sequer uma única instituição no mundo capaz de assumir legitimamente o papel de juiz ou algoz sobre esta instituição milenar que é o cristianismo e a própria igreja. Nem a ciência é capaz de discordar dos princípios aos quais a igreja apregoa defender, sendo a própria ciência também, uma seara de embate ético e crise. É justamente a não defesa destes princípios e o afastamento radical percebido em seu "modus operandi" em relação a estes, que promovem a enorme crise moral e, por conseguinte, de identidade, já que são estes valores supostamente defendidos que justificam a existência da igreja por tanto tempo. Sejamos realistas: a internet não é, não pode ser e não pode arrogar o direito de se constituir como espaço para o surgimento de um novo paradigma, muito menos pretender assumir o papel de formadora no quesito fé ou moral. Seria uma enorme contradição, visto que a internet é um espaço para a diversidade, com qualidades e defeitos que, em conjunto formam sua maior identidade e mérito: a transparência. Seria preciso que este instrumento de busca de conhecimento se convertesse num espaço monolítico de formação moral para ser assim, considerada um instrumento de fé. A humanidade, como diz o texto no final, estando conectada pela internet, pode ser vista como uma metáfora das maiores premissas da fé cristã ao qual o sujeito a assim declara, parece estritamente ligado. Contudo, deve haver um sentido, um princípio e uma certeza, para que se possa presumir uma real união entre as pessoas. Felizmente, a internet prescinde destes conceitos para se identificar e para ser o que é.
Voltando à Igreja, se ela, que ainda se vê como um pilar dos princípios humanistas que permeiam a ação da própria ciência acadêmica (esta também, uma instituição repleta de contradições), a santidade a qual me referi no início deverá se concretizar apoteoticamente como o sacrifício, a imolação, seguindo o exemplo de seu único mestre. Tomar para si os pecados de todas as instituições, assumir sinceramente o distanciamento dos princípios e, sobretudo, purgar o grande mal que assola este começo de século: o espírito corporativista, exclusivista e mafioso que destrói a célula mater da humanidade (se pensam que falo da família, estão enganados): o senso comunitário. Um pai não deve tramar contra seu filho, um filho não conspira contra sua família, um bom vizinho não vê no outro uma oportunidade de tirar proveito, etc. Enfim, as relações, os vínculos, os afetos, a confiança são coisas que sucumbem diante do espírito corporativo, da conversa de bastidor, da manipulação dos sentimentos mais mesquinhos, do indizível (e contra este deve lutar cada internauta), da inveja (quem acha a internet um bastião de salvação, que defenda o Facebook), da carência de objetivos coletivos, do individualismo e da covardia diante da mentira e da coação. Os primeiros cristão lutaram contra isto, em princípio. Quem duvidar, esqueça a imagem piedosa do Cristo e lembrem da primeira frase (quase nunca mencionada) com a qual definiu seu ministério: "Eu não vim pela paz. Eu vim pela espada!" Traduzindo: não vim pra forçar união com o erro, com vínculos espúrios. Sua intenção era clara: reunir um rebanho capaz de viver de acordo com os princípios de solidariedade, perdão, tolerância, compaixão e retidão de caráter. enfim, separar o joio do trigo.
A questão que deixo é a seguinte: terá a Igreja coragem para superar a agonia do monte das oliveiras e assumir o peso da cruz dos pecados do mundo?
As religiões dizem que também são responsáveis por incutir o conceito de moral no ser humano, no entanto os presídios estão lotados de cristãos (99%). Relacionar religião com moral e decência e uma opinião bem sem sentido.
O design inteligente só progride e ganha adeptos no meio de idiotas desolados com o cristianismo.Na falta do que inventar e do que crer (eles precisam acreditar em qualquer bobagem) misturam cristianismo com evolucionismo e fica tudo bem. Como são burros!
Só as religiões conseguem incutir no ser humano o conceito de "pecado" e este é fundamental para o bom funcionamento de milhões de líbidos. Com a internet e a proliferação de sítios com webcams, onde todos podem dispor de sexo virtual, torna-se difícil saber se os pecados venais virtuais contam para ir parar ao inferno ou não. Se os livros sagrados não abordam o cibersexo, como podem os internautas, cuja libido depende da componente transgressora, saber se estão a pecar corretamente, ou não?
Penso que as religiões deveriam modernizar-se e acabar de vez com essas dúvidas.
A religião pode estar com dias contados, mas o "design Inteligente" só progride e ganha mais adeptos:
http://www.fomosplanejados.com.br/capitulos/
E as escolas sul coreanas removeram a teoria da evolução dos livros:
http://goo.gl/g2FHw
Creio que a internet é um excelente instrumento de disseminação de coisas boas, ruins, péssimas, verdadeiras, mentirosas, etc e tal.
Cabe a cada um escolher qual rumo adotará nas suas navegações.
TODA verdade é verdade de Deus. Toda.
ao meu ver fanatismo religioso e fanatismo ateu são dois lados da mesma moeda, no ponto de vista de querer provar q "eu" estou certo e "vc" esta errado. Mas o ateísmo ao menos é embasado, na maioria das vezes em provas cientificas. Mas não podemos esquecer no perigo da frase citada no texto "Sabe uma coisa bacana sobre a Ciência? Ela é a verdade independente de você crer ou não" ... pois a ciência é dinâmica, e muitas coisas q eram tidas como absolutas por ela, não são...então vc pode jurar que algo é verdade, e uma nova teoria vir e provar q não é. O fato da ciência ser melhor q o fanatismo, é q a ciência é aberta a mudanças, e não pq ela é absolutamente verdade...esse é o charme da ciência..ter a mente aberta.
God is a fictional being made by the human species so they have some form of hope in their pathetic weak lives.
Para mim não há problema em você ser religioso ou não. O problema é se você tem uma mente fechada, preconceituosa e ignorante, não importa se você não acredita em deuses, acredita em algum ou tem um computador.
Conheci muitas religiões no ímpeto de querer encontrar O caminho. Desisti de todas. Não frequento mais nenhuma. É tudo patifaria e ilusão. A única certeza é que Deus, só Deus é tudo. Por isso, minha filosofia de vida hoje é: "NÃO FAÇAIS AOS OUTROS O QUE NÃO QUEREM QUE TE FAÇAM", e : 'A LEI DO RETORNO É A ÚNICA QUE NÃO TEM BRECHAS: AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA. Portanto, após aprender isso na pele, ninguém mais faz minha cabeça. E o dízimo: o dízimo é meu!!!. Eu trabalho, eu luto, portanto, EU tenho direito ao dízimo!!! Deus não precisa de dinheiro nem de obras. Ele constrói universos. Basta que pisque os olhos. O dízimo se paga em ações. Ações dignas, honestas, solidárias, cordiais, encorajadoras, enfim, se você não puder ajudar, também não atrapalhe. É simples assim.
O que eu acho gozado é que o ateísmo está de fato se tornando aquillo que tanto condena: uma religião.
E na etimologia dessa palavra, isso é possível e não é tão condenável assim. O problema é que não importa no que se acredite, ter a mente fechada o torna tacanho e preconceituoso.
E é isso que eu tanto condeno nas religiões que escolhi não seguir.
porém quem tem fé e adoece tem mais chance de se curar.
Internet é a nova revolução.
Dias contados?