Quantas formas há de não crer em deus? Pelo menos seis, segundo um novo estudo. Dois pesquisadores da Universidade do Tennessee descobriram que entre os ateus e agnósticos há desde ativistas antirreligiosos até não crentes que, no entanto, cumprem certos ritos religiosos. A ideia principal é que a comunidade não crente é ontologicamente diversa, segundo escreveram os doutorandos Christopher Silver e Thomas Coleman. |
- "Estas categorias são uma primeira aproximação ao tema", diz Christopher. - "Em 30 anos poderíamos ter uma classificação de 32 tipos", agregou.
Christopher e Thomas estabeleceram suas seis categorias, após uma série de entrevistas como segue:
- Ateu/agnóstico intelectual
Este tipo de não crente busca informação e estímulo intelectual sobre o ateísmo. Gostam de debater e argumentar, sobretudo em sites populares da Internet onde ateístas são bem vindos. Costumam ser versados em livros e artigos sobre religião e ateísmo e tendem a citar estas obras com freqüência. Em geral conhecem mais sobre a Bíblia do que a imensa maioria dos crentes. - Ativista
Esta classe de ateus e agnósticos não se contenta em apenas descrer em deus; querem dizer ao resto por que recusam a religião e por que acham que a sociedade estaria muito melhor se todos seguíssemos seu exemplo. Tendem a pronunciar-se sobre causas políticas como os direitos dos homossexuais, o feminismo, o meio ambiente e a proteção animal. Os religiosos costumam chamá-los de radicais porque expressam sua opinião, mas se esquecem que são tão ou mais do que os próprios. - Agnóstico fuçador
Este grupo é conformado por pessoas que não têm certeza sobre a existência ou inexistência de um ser supremo, mas têm uma mente aberta e reconhecem os limites do conhecimento e a experiência da espécie humana. Christopher e Thomas descrevem este grupo como pessoas que costumam questionar suas próprias crenças e que "não têm uma posição ideológica firme". Isso não significa que sejam confusos, dizem os pesquisadores, senão que tendem a abraçar a incerteza. - Antiteísta
Este grupo manifesta sua oposição à religião e às crenças religiosas, geralmente posicionando-se como "diametralmente opostos à ideologia religiosa", explicam Christopher e Thomas. Os antiteístas observam a religião como ignorância e acham que qualquer indivíduo ou instituição associada a ela é retrógrada ou prejudicial para a sociedade. Os antiteístas tem um entendimento claro das limitações e o perigo que as religiões podem representar. Lógico que para defender este ponto de vista estas pessoas são francas, fiéis e, em ocasiões, beligerantes sobre sua posição. Acham que as evidentes falácias da religião deveriam ser abordadas agressivamente. - Não teísta
O menor grupo entre os seis são os chamados não-teístas, formado por pessoas que não se envolvem com qualquer religião ou anti-religião. O caso é que o não-teísta simplesmente não relaciona si mesmo com a religião, ou seja, a religião não desempenha nenhum papel ou problema na consciência ou visão de mundo desta pessoa, nem tem preocupação alguma sobre o movimento ateu ou agnóstico. Os autores dizem que a maioria são casos de apatia ou desinteresse, mas, em minha opinião, creio que equivocaram-se redondamente: este é o menor grupo porque, em geral, este é um estágio de passagem entre a crença e quaisquer dos grupos anteriores. - Ateu ritualístico
Não crêem em Deus, não se envolvem com a religião e costumam pensar que não há vida após a morte, mas esta classe de não crentes adere aos ensinos de algumas tradições religiosas. Entendem-nas mais como ensinos filosóficos sobre como viver e atingir a felicidade do que como um caminho à libertação transcendental. Por exemplo, estes indivíduos podem participar em rituais específicos, cerimônias, oportunidades musicais, meditação, aulas de ioga ou feriados tradicionais. Para muitos destes descrentes, sua participação nestes rituais pode decorrer de tradições familiares. Para outros, se trata de uma relação pessoal com o "profundo simbolismo" inerente aos rituais, crenças ou cerimônias religiosas, asseguram os pesquisadores.
Como sabemos, um dos motivos que impulsionou Lutero a empreender a chamada reforma protestante foi a situação que privava a Igreja Católica com respeito às indulgências e o perdão dos pecados, graças a qual a cúria converteu em mercadorias que eram compradas com dinheiro, bens suntuosos, concessões políticas e mais. Como resposta a Igreja condenou o fato, mas apenas veladamente, pois ainda agora a prática persiste, conquanto dissimulada.
Um exemplo disto foi a oferta recente que fez o papa Francisco sobre a possibilidade de ganhar indulgências plenárias em troca de seguir no Twitter as atividades do "Dia Mundial da Juventude", a celebração que será realizada no Rio de Janeiro a partir de 22 de julho e que custará 118 milhões de reais aos cofres públicos.
A medida faz parte da licença que outorga O Vaticano àquelas pessoas que não possam assistir à cidade brasileira, mas sigam os "rituais piedosos" através de meios como a televisão, rádio ou, neste caso, as redes sociais.
- "Só que os eventos devem ser seguidos ao vivo. Não é como se uma indulgência possa ser obtida chateando na Internet", esclareceu um membro da Penitenciária apostólica, o tribunal católico encarregado de dirimir estes assuntos.
Surpreendentemente o anúncio causou verdadeiro alvoroço, tanto dentro quanto fora da ICAR, pois, como declarou o arcebispo Claudio Maria Celli ao jornal italiano Correr della Sera, parece que "hoje em dia é possível ganhar o perdão como pedir um cafezinho no boteco da esquina".
Fonte: Raw Story.
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Comentários
o mais correto é aquele não julga e entende a posição dos outros, afinal muito da crença vem de família.
acredite no que julgar correto e estará em paz.
Alguns comentários (deste post e de outros, incluindo os removidos) refletem o preconceito (ridículo, aliás) contra aqueles que não possuem qualquer tipo de crença (ateus e agnósticos) ou que possuem uma crença diferente da "maioria". O mundo mudou, descobertas foram feitas, novos conhecimentos surgiram, mas a intolerância religiosa continua. Quando lhe perguntam se você acredita em deus e sua resposta é diferente de um "sim", passam a vê-lo como uma pessoa estranha, que não é digna de confiança e, em alguns casos, como um indivíduo sem caráter (como se crença em deus e caráter fossem mutuamente dependentes).
Pesquisas apontam que em países como o Brasil e os EUA, a maioria da população não votaria num candidato à presidência que se declarasse ateu, por mais preparado que ele fosse. É apenas um exemplo, mas o suficiente para evidenciar que a "aversão" a irreligiosos é capaz de sobrepujar uma gama de valores sociais e morais.
Pascallis, ninguém quer que acredite nele, até porque não há nada para crer. São vocês os coitados que têm visões e que conversam com um amiguinho invisível. Que queira continuar na infância ignorante o problema é todo seu.
Como o amigo falou.. faltou alguns tipos de ateu
Acredito em Deus, é meio difícil explicar a fé de uma pessoa.
Uma vez ouvi que "agnóstico" era um crente sem religião.
agradeço se alguém me passar a definição..
Parabéns Celio, você conseguiu provar com seu comentário tosco que o blog sim preza pela liberdade de pensamento e sobretudo do direito de idiotas como você se ocultarem atrás do nick para falar merda. :ma:
Iza, imaginei que não era seu caso justamente pelo jeito que você falou, só aproveitei o gancho.
Eu não tenho absolutamente nada contra quem crê em Deus, qualquer um deles.
Tenho contra quem é preconceituoso, discriminador, quem julga uma pessoa não pelos seus atos, mas sim por suas palavras, e isso uma pessoa pode ser, sendo ateia ou crente.
PH, obrigada pela explicação =D
Sem dúvida, o pior tipo de ignorante é aquele que, além de fazer questão de não entender, tenta revidar explicações e argumentos válidos com ironias ridículas, típicas de crianças que não aceitam perder.
Patético.
A vantagem de ser agnóstico é que se por ventura algum dia encontrarem o papai do céu, podem dizer: "bom, eu nunca disse que o senhor não existe, o meu castigo não vai ser tão cruel quanto ao dos ateus, né papai do céu? Até que vc é legal, sua barba é tão bonita! como faz pra aparar ela no céu? aqui tem gilette?"
Pensando bem até que é uma boa ideia, é como partidos políticos não radicais, se aliam com direita e com esquerda. sempre vão ter uma teta.
A partir de hoje sou agnóstico. só tenho a ganhar!
Tá chovendo.... :cry:
Eu entendi seu raciocínio, Elbereth, que diz respeito à máxima de que o ônus da prova cabe àquele que acredita em determinada hipótese (no caso, a existência de deuses), e, inclusive, concordo com ela. Porém, a minha frase a qual você se refere fala de uma situação geral, que pode abranger diversos exemplos. No caso da existência de deus, se o mesmo tiver uma definição, esta pode servir como refutação. Por exemplo, se um deus tiver como "requisito básico" a onipotência, é possível provar que ele não existe através do paradoxo da onipotência. Caso surjam outros requisitos, obviamente ficará difícil provar a sua inexistência, já que o ônus caberá ao "lado oposto". Ainda assim, sem provas, são posturas baseadas na conjectura de cada um. Conforme lembrou o CN, improvável não significa, necessariamente, impossível.
Ao mesmo tempo em que concordo com o PH de que o agnosticismo não é uma falta de personalidade, preciso discordar quando diz que quem afirma algo deve provar, ou seja, se afirma que algo não existe tem que provar que não existe.
Provar que algo NÃO existe é impossível. Simplesmente impossível. Então não é dá pra falar "prove que um unicórnio rosa invisível não existe. Opa, não conseguiu? URI existe!!!"
P.S. eu, como uma uriana, adoraria poder falar algo assim, viu
Concordo com o PH, não é certo considerar o agnosticismo uma falta de personalidade. Afinal uma postura neutra também é uma postura, e na minha opinião mais estratégica e saudável, visto que o agnóstico não gasta sua energia (nem se estressa) tentando provar sua tese, muito menos tentado convencer seus opositores a segui-lo.
Afinal, algo ser improvável não significa que ele seja impossível. Então os dois lados não têm como argumentar a não ser apoiados em sua fé, e fé é algo pessoal, seja a fé em deus ou a fé de que não vai chover hoje até eu chegar em casa.... (meu caso, agora) hahahaha
O que mais me admira é que em um artigo neutro, apareçam mimimis simplesmente para insultar. Um usuário teve mesmo a pachorra de mudar de nick somente para desancar o site.
Simplificar conceitos com analogias nem sempre é uma saída; dependendo da situação e de como é feito, denota raciocínio curto por parte de quem se utiliza de tal artifício. Não há uma definição precisa de um deus; portanto, é bastante razoável não manifestar uma opinião pendente para um dos lados. Afinal, por que uma pessoa deve ser somente uma coisa ou outra? Qual o problema em assumir uma postura neutra? Quem afirma é capaz de provar; caso contrário, é somente crença. Se não há uma definição de um deus, não é possível provar a sua existência e nem sua inexistência. Assim, diante desta "dicotomia", cada um opta por um destes 3 grupos, que podem coexistir, sem qualquer implicância de "falta de personalidade" (aliás, ter a coragem de assumir um "novo lado" indica personalidade e capacidade de pensar por conta própria): acreditar em sua existência, desacreditá-la ou permanecer indiferente, sem se envolver. Novamente, é uma questão de conceitos: ateus têm uma postura opositora, não acreditam em deuses; agnósticos não acreditam e nem desacreditam, simplesmente não se envolvem nessa "guerra". São dois conceitos diferentes, algo fácil de entender, ao menos para quem não tem mente atrofiada e raciocínio curto.
A falta de evidências para com os deuses me faz ignorar o agnosticismo que já tive, hj sou ateu convicto. Não tem como provar que deuses não existem a a total evidência concreta me faz julgar qu são contos. A neutralidade do agnosticismo é falta de personalidade.
Se a não certeza de nenhum dos lados nos coloca no agnosticismo,
quando afirmo que existe um dragão cintilante que voa pelo céu, terás que ser agnóstico quanto a isso, pois não pode provar que tal dragão não existe.
Ser agnóstico, é como ser meio homem, ou meio gay.
Iza, você falou: "Deve ser muito terrível pensar que nunca mais verei meus entes queridos. Para que então viemos à este mundo, nascemos, crescemos, tivemos um pai, uma mãe, uma família, amamos, trabalhamos, lutamos e até arriscamos nossa vida por eles, para depois nunca mais vê-los?!"
Por favor, não estou falando que você é assim, até acho que não seja, pelo resto que comentou...
Mas, muita gente acaba acreditando em Deus movido por esse medo, medo de perder quem ama, medo de morrer e não ter mais nada.
Quando uma pessoa vira ateu, acredite, não é fácil. Encarar esse tipo de coisa, não é fácil. Ver uma pessoa que a gente ama morrer, e não ter esse conforto, de que a pessoa está em um lugar melhor, que iremos vê-la novamente... definitivamente não é fácil.
Mas eu não posso, depois de estudar o que estudei, e de pensar tanto quanto pensei, acreditar em uma coisa por comodismo, por medo, para ter um conforto.
E quanto à classificação, não me encaixo em nenhuma bem, ou me encaixo em várias. Já estudei muito sobre o assunto, admito que posso estar errada, ser ateia não interfere na minha vida cotidiana e comemoro os feriados religiosos, principalmente o natal, como uma tradição familiar.
Pra finalizar esse comentário enorme:
A ética de uma sociedade, muitas vezes, realmente se confunde com uma ética religiosa. Eu acredito, no entanto, que os valores éticos não foram criados por causa da religião, simplesmente, como a religião permeava tudo antigamente, acabou permeando a ética também. Eu sou uma das pessoas mais éticas que conheço, sinceramente, e não porque Deus mandou.
Admin, esse teu último comentário foi ótimo.
Qual o percentual dos cristãos que realmente seguem o que Jesus ensinou: "faz ao próximo o que gostaria que te fizessem e não faz ao outro o que não gostaria te de fosse feito"???
Será que chegamos a 10%???
Isso só prova que tem muita gente na canoa, mas poucos se interessam em aprender a remar.
E para constar:
Conheço ateus que são pessoas melhores, mais bondosas, honestas e humildes do que cem religiosos reunidos.
Eu acho que a igreja católica e a evangélica com suas hipocrisias são as maiores formadoras de ateus, pelo menos no Brasil.
Mas como em TODOS os grupos, seja na música, na arte, na religião, na informática, nos esportes, sempre há os fanáticos, sempre há os que cagam pela boca e sempre há os (poucos) sensatos. Isso em maior ou menor escala entre os grupos, mas sempre assim.
Eu por exemplo sou espírita e acho a filosofia do espiritismo incrível e realmente capaz de melhorar as pessoas. Mas de cada 50 adeptos, garanto pra vocês que no máximo 5 (cinco) estarão tentando se tornar pessoas melhores. Os outros 45 ficam só viajando na maionese, achando tudo muito bonito e continuando sendo as mesmas pessoas que sempre foram.
Então é difícil falarmos das religiões sem falar dos religiosos. Uma instituição acaba tendo como imagem a imagem que se faz de seus membros. Se forem um bando de loucos, parecerá uma instituição insana.
As religiões por si só, como teorias e coisas inanimadas não fazem nem bem e nem mal a ninguém. Os praticantes que podem usar isso para o mal como para o bem.
Do mesmo modo que quem mata não é a arma, mas sim quem a manuseia.
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Deixo aqui um texto, para referência, do que seria o homem ideal segundo o espiritismo. Tenho certeza que se todos tentássemos ser o mais próximo possível disso, o mundo seria BEEEEM melhor.
Link:
http://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-17-sede-perfeitos/o-homem-de-bem/
Marcos, se você tivesse escrito dessa forma, tudo bem. Seria um argumento aceitável, bacana e discutível. Mas da forma grosseira que se referiu misturando incesto e uma pá de bobagens, só visando insultar os ateus, queria o quê?
As pessoas buscam justificar as suas condutas nas crenças religiosas, entretanto estas condutas sofrem fortes influências de fatores sociais e cognitivos que, muitas vezes, passam ao largo do senso comum. O que eu quero dizer é que a religião, bem como outros tipos de agrupamentos sociais, podem sim ter influências na moralidade, ninguém é burro de negar isso. Mas associar moral com religião e, por consequência, dizer que todo ateu é imoral é um raciocínio tão simplista quanto ignorante e insultoso.
Seria bom, antes de dizer uma grande tolice como essa, enfatizar todos os efeitos aparentemente paradoxais que a religiosidade pode causar, como, por exemplo, estimular coisas boas, como a generosidade, mas também coisas ruins, como o preconceito, que no seu cerne -as crenças religiosas em si- não parece causar grande influência na moralidade das pessoas, a não ser como uma tábua de salvação para -como disse no início- justificar suas condutas mais tortas e insultar pessoas que não façam parte de seu grupo.
Abraços fraternos!
Façamos as contas: são 6 tipos e existem 6 possibilidades catalogadas. o que nos leva a 6². Da 36 então.
Tá raso inda.
Maldita mania humana de querer etiquetar todo mundo.
O comentário foi o meu, Admin? Se alguém se ofendeu me desculpe... apenas coloquei o meu ponto de vista sem intenção de ofender, apenas falei que ética está ligado a moral e o mesmo nasce da religiosidade. E tive 2 comentários meus apagados...
É verdade Polemos! No entanto note que eles forçam bastante nos estereótipos. Em Antiteísta só faltaram escrever Dawkins, em intelectual, Hawking e assim por diante. Eu mesmo tenho problema de me inserir já que a gente acaba tendo um pouquinho de todos.
Onde (Célio), se você não pegasse o bonde andando e tivesse o cuidado de esforçar para entender o que está escrito não teria falado bobagem. O problema jamais foi o Luke, senão um tonto tentando espalhar a confusão com um comentário tremendamente grosseiro que foi deletado.
Admin,
Então o LukeSchimmel não tem a liberdade de escrever o pensa?
"Todos se dizem democráticos, mas alguns, quando tem o poder sobre algo e por mais ínfimo que seja, adoram uma ditadurazinha".
:ma: Isso demonstra que o blog não preza pela liberdade de pensamento.
A palavra "ignorante" pode ter três interpretações:
1. Pessoa com pouco ou nenhum conhecimento (sobre um determinado assunto ou vários, de modo geral), também chamado de leigo;
2. Pessoa que tem o conhecimento a seu pleno alcance, mas faz questão de rejeitá-lo;
3. Pessoa com ou sem conhecimento, que, além de ignorá-lo, age como um estúpido.
Dentre os 3 tipos, o terceiro é o mais difícil (para não dizer impossível) de ser aberto a um debate, já que não dá para discutir com alguém que faz questão de agir como um idiota.
Quem afirma que todo agnóstico é um ateu é um ignorante do tipo 1 (da lista que citei), pois desconhece ou pouco entende a visão agnóstica. Agnósticos não têm uma postura de oposição no que diz respeito à crença em deuses e divindades, como fazem os ateus; eles simplesmente assumem uma posição de neutralidade, pois não existem somente "dois lados", e ninguém é obrigado a optar por um deles (ateísmo ou teísmo). Aliás, todos nós nascemos agnósticos, pois desconhecemos o significado da palavra deus (e, portanto, não temos crença ou descrença em nenhum deles), até que alguém nos ensine (de uma forma ou de outra). Pessoas de mente aberta podem compreender isso.
Por outro lado, quem faz questão de não entender essa diferença (ou mesmo rejeitar a ideia) e profere frases como "todo agnóstico é um ateu fraco/medroso", típicas de quem tem a mente fechada, é um ignorante em todos os sentidos.
Todo agnóstico é um ateu cagão.
Saia do armário.
Desculpe me Polemos, eu não vi a sua pergunta. Acho que possivelmente na 6.
Para falar a verdade achei o estudo bem pobre, típico destas pesquisas de fim de ano que a gente faz para complementar nota. Mas decidi publicar porque é um assunto novo que coloca luz nas condições ateístas, de forma a fazer pensar, quem critica o ateísmo como religião, de porque segue então uma religião.
Eu acho que faltou, por exemplo, o ateu conveniente, o modinha e o ateu teísta, aquele que não acredita nos outros milhares de deuses.
Abraços fraternos
Acho que sou uma mistura de 3 e 4... Posso dizer que sou "diametralmente oposto à ideologias religiosas", mas também sou bastante aberto a ouvir sobre as crenças e rituais de cada um, as respeito, procuro entender antes de criticar, e respeito muito a fé das pessoas.
Valeu, Brazuka... Mas só comentei isso porque essa pesquisa não diz mais alem do que eu estou cansado de falar. Prefiro não usar mais o campo sagrado para falar do coração dos ateus, porque eu sei que muitos consideram isso como ofensa. ;)
A frase "somos ateus com os deuses dos outros" está corretíssima, e apesar de eu ter o direito de acreditar em algo e desejar dentro de mim que todos acreditassem na mesma coisa, cada um tem o mesmo direito neste círculo vicioso... :fool:
Poxa, eu podia ter publicado isso. Fazem anos que eu falo que os ateus tem tanto vertentes sérias quanto fanáticas e dogmáticas, como se fosse uma espécie de religião (no caso, "religare" com uma busca pelas origens humanas ou algo assim). Não adianta, o homem tem um dedo podre e transforma em confusão tudo o que toca.
Eu mesmo, apesar de ser religioso, confesso que hoje seria ateu se tivesse crescido acreditando no que a maioria das religiões ensina. Mas é necessário que nós aceitemos que em todas as correntes de pensamento, não importa a sua base, tem gente séria e tem gente babaca.
Provavelmente sou anti-teista.
E admiro profundamente os ateu intlectuais...
sou 6 com um pouco de 5
Nem se digne em responder Luke. Eu não vou mais aturar comentários rasteiros, imbecis e maldosos que visam somente espalhar a confusão. Um cara que relaciona a moralidade com religião deveria visitar um presídio.
Ademais, uma pessoa que sempre tratei com a maior educação e lisura deveria no mínimo fazer o menso em vez de comentar gosseiramente atrás de um nick. Por favor, não abuse da minha educação.
Abraços fraternos!
Marcos, vocÊ está errado. Estou sendo duro, mas é verdade. Você está misturando caráter, moral, éticas e valores com religião, o que não é verdade.
Político Honesto, eu penso que os crentes não questionam porque não querem, não sabem ou temem questionar, da mesma forma que uma criança não questiona a existência do rato Mickey ou do Super-Homem. Talvez a religião tenha a função de nos dar respostas fáceis e bonitinhas para questões difíceis e para assuntos que a Ciência não pode explicar de forma simples e facilmente compreensível. Ou, simplesmente, não pode (ainda) explicar absolutamente.
Por esse motivo acho as religiões essenciais e muito necessárias.
Como poderiam os humanos explicar um eclipse solar há 2000 anos atrás senão como algo divino? Se agora, para quase todos, um eclipse é facilmente compreendido, persistem ainda muitos mistérios. Para a maioria dos humanos, como encarar a morte senão como um renascimento ou o reencontro com o criador? Por muito imbecil ou ignorante que uma criatura humana seja, ela se acha a si própria demasiado excelsa e sublime para ser efémera.
Como você escreveu - as crenças são imbatíveis.
Sou Deísta, vejo deus na natureza, na química, biologia e física.
Muitos são deístas e nem sabem.
aliás, que interessante foi tirar Deus do quadro, e o dedo apontando
Gosto de pessoas no grupo 1, 3 e 5, o 2 me irrita profundamente, o 4 subestima a inteligência de quem crê em Deus e o 5 é tudo budista mesmo.
"Por exemplo, gosto de imaginar as "subidas aos céus" das divindades e tenho prazer intelectual e científico a tentar saber como "elas" , a partir de 5000 metros de altura, suportaram temperaturas extremas, falta de oxigênio, radiações, perigo de colisão com asteroides... tudo para impressionar humanos problemáticos."
Do ponto de vista da lógica, é algo interessante a ser questionado, mas muitos crentes possuem uma "lógica" própria, diferente da comum, para "explicar" situações como essas e outras – dão algum jeito de adaptar seja o que for para suas divindades. Assim, chega a ser inútil discutir com esse tipo de gente, pois sempre virão com alguma "explicação" que "justifique" qualquer coisa, mesmo que não faça sentido do ponto de vista lógico.
Como eu disse em outro post, argumentos versus crença = debate impossível.
A religião pode ser horrível, sinistra, maléfica, doentia e trágica.
Mas também é das coisas mais divertidas e cómicas criadas pela humanidade. É difícil inventar estórias mais absurdas que aquelas dos livros "sagrados" para convencer criaturas a conceber e temer um criador. É por isso que não sou ateu. A religião é fonte de grandes alegrias que não consigo nem quero renegar.
Por exemplo, gosto de imaginar as "subidas aos céus" das divindades e tenho prazer intelectual e científico a tentar saber como "elas" , a partir de 5000 metros de altura, suportaram temperaturas extremas, falta de oxigénio, radiações, perigo de colisão com asteróides... tudo para impressionar humanos problemáticos.
Acho que não precisava de um estudo para fazer essa lista, mas ainda me parece que esses tipos podem estar em uma só pessoa.
Não acho errado quem tem uma religião ou quem acredita em Deus com toda veemência, me considero agnóstico pelo fato de ainda esta buscando provas se não concretas da existencia ou não de Deus, que pelo menos reforce o meu ponto de vista. :roll: :roll:
O que matar a religião.... se tornará religião....
"Em geral conhecem mais sobre a Bíblia do que a imensa maioria dos crentes."
Um dos motivos que levaram alguns ateus que conheço a se tornarem assim foi justamente "conhecer" melhor a Bíblia.
sou o 5, e um pouco do 6
Legal.