Muito provavelmente você já deve ter visto algumas destas fotos na rede. Trata-se do Silo Global de Sementes da Esvalbarda (em inglês Svalbard Global Seed Vaul), que está situado próximo de Longyearbyen no arquipélago norueguês de Esvalbarda. Este projeto megalômano, popularmente conhecido como "Silo do fim do Mundo", é o maior armazém de sementes do mundo, criado para salvaguardar a biodiversidade das espécies de cultivos que servem como alimento. |
O silo foi construído no Monte Spitsei a 120 metros de profundidade na pedra de arenito, a 1.000 km ao norte da Noruega continental, e foi escolhido por ser um lugar a salvo das possíveis alterações climáticas causadas pelo aquecimento global. As obras começaram em março de 2007 e foi inaugurado em 26 de fevereiro de 2008, com 100 milhões de sementes procedentes de uma centena de países de todo mundo -Brasil no meio-. Em março de 2013, o número de amostras distintas supera os 800 mil.
Embora a imprensa popular retrate o silo como uma forma de proporcionar refúgio para as sementes no caso de uma grande catástrofe global, suas 3 divisões de armazéns, que têm capacidade para 2 bilhões de sementes, só serão utilizadas quando os bancos genéticos perderem amostras devido à má gestão, acidentes, falhas de equipamentos, cortes de financiamento e desastres naturais. Existem alguns bancos de sementes em todo o mundo, mas muitos estão em países politicamente instáveis ou ambientalmente ameaçados.
A construção do Silo Global de Sementes, que custou aproximadamente 9 milhões de dólares, foi financiada inteiramente pelo governo norueguês. Os custos operacionais serão pagos pela Global Crop Diversity Trust e os principais financiadores da iniciativa são diversas fundações e países, como a Fundação Bill e Melinda Gates (mais de 20 milhões de dólares), Reino Unido (19 milhões), Austrália (11 milhões), etc.
Neste silo as semente são embaladas em pacotes de quatro camadas especiais e seladas por calor para excluir a umidade, então são conservadas a uma temperatura de 18 graus abaixo de zero em caixas de alumínio fechadas hermeticamente, o que garante uma baixa atividade metabólica e um perfeito estado de conservação durante séculos. Ademais o silo é estanque à atividade vulcânica, terremotos, radiação e a elevação do nível do mar, e no caso de uma falha elétrica, o permafrost (camada de gelo permanentemente congelada) do exterior atuará como refrigerante natural.
Para manter a segurança, sensores de movimento e uma webcam monitoram a única porta de entrada. A torre de controle no aeroporto local tem uma vista direta para o local, que é mantido bem iluminado durante os escuros meses de inverno.
Em verdade o Silo do Fim do Mundo funciona como uma caixa blindada de um banco. O banco é proprietário de um edifício e o depositante guarda o conteúdo em sua caixa. Neste caso, o Governo da Noruega é dona do banco e os bancos genéticos são os donos das sementes que enviam. Assim, o depósito de amostras em Svalbard não constitui uma transferência legal de recursos genéticos.
Fonte: Wired.
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Comentários
Tinha que ser Noruega. Grr
bobagem salvar alguma coisa depois de uma catastrofe,loucura o apego,insano,ou,quem sabe,uma ideia brilhante mesmo.Noruega sempre surpreende e cuidado com a extrema direita nazi que existe nessa parte do mundo de deus.
A idéia é interessante e o custo do "banco" até que foi baixo para a importância do projeto. No entanto, deduzo que, com o rápido avanço da ciência, no prazo de algumas décadas será possível fabricar em laboratório qualquer ser vivo vegetal.
A humanidade tem constatado que todos os seus projetos científicos com intenção futurista ficam obsoletos ao fim de um século ou menos.
É esquisito e parece inútil, por enquanto.
Até que foi barato, pensei que algo desse nivel custaria bilhoes de dolares.
Só podia vir da escandinávia.
E no Brasil, só constroem coisas inúteis, como estádios.
Ja havia lido bastante sobre esse lugar também... Sempre foi um prato cheio pros conspiranóicos de plantão. :roll:
Mas eu acho bem interessante, só pelo fato de poder gurdar para a posteridade, sementes de espécies que o por ventura venham se estinguir... o que não é tão raro aqui nesse pontinho da galáxia.
Poxa, legal, mas... O certo seria resolver os problemas que podem causar o desaparecimento de determinadas sementes em seu meio natural. Com o dinheiro investido, talvez até isso fosse possível em partes.
Puxa, que interessante. Não conhecia um reservatório de sementes.
Muito muito legal.
Existem reservatórios de mais o que? Animais?
Caso entrássemos em extinção, para manter o "equilíbrio". :roll:
Quanta tecnologia pra armazenar ehn! hahahaha faltou uma escada.
OK, falando sério. Espero que nunca precisemos disso...
Tinha lido sobre esse lugar – o qual despertou várias correntes conspiranoicas. Por coincidência, lembrei dele antes de ontem.