![]() | São dois projetos distintos mas muito parecidos entre si ainda que usem técnicas diferentes para viajar ao passado ou/e reavaliar o presente. No primeiro a fotógrafa japonesa, moradora de Londres, Chino Otsuka tomou uma abordagem única para explorar seu próprio passado. Em sua série intitulada "Imagine Finding Me", ela viaja pelo passado através da inserção de suas imagens atuais em fotografias de infância, imaginando o que poderia ser conhecer a si mesma como uma criança. |
As inserções são muito bem executados, tornando a série ainda muito verídica. Tanto que se ninguém falasse você jamais saberia que as protagonistas são a mesma pessoa em diferentes épocas. O incrível das manipulações fotográficas digitais de Chino é que levam em conta as sombras, a iluminação e até mesmo a qualidade da granulação das fotografias antigas.
- "O processo digital torna-se uma ferramenta, quase que como uma máquina do tempo, permitindo-me embarcar na viagem para onde eu pertence e ao mesmo tempo tornar-me um turista em minha própria história", disse a fotógrafa.
Chino também disse que a escolha de espaços de transição, como trens, hotéis ou pontos de férias, foi deliberada:
- "As coisas não estão bem no passada ou presente, ou algures no meio... isso reflete a partir de minha formação, onde eu não estou nem aqui nem lá, e eu não sou realmente nem japonesa ou britânica."

1976 - 2005, Japão

1979 - 2006, Japão

1975 - 2005, Espanha

1975 - 2009, França

1981 - 2006, Japão

1985 - 2006, Reino Unido

1982 - 2006, Japão

1985 - 2005, China

1984 - 2005, França

1977 - 2009, França

1980 - 2009, Japão

Já a artista Pimprae Hiranprueck, que atende por Nancy, utiliza a projeção digital para se colocar em fotos da família que ela deixou para trás na Tailândia, como forma de manter os laços afetivos bem atados. Segundo Nancy, o seu projeto, intitulado "Intersecting the Parallels", nasceu a partir da confusão de explorar a definição de casa e da complexidade da identidade.
Nancy usa Facebook para juntar as imagens de seus amigos ou família e os projeta em várias superfícies e impõe-se no meio das cenas. Desta forma, ela tenta se conectar com seus parentes e cria uma espécie de substituto com a sua presença ao mesmo tempo que mata a saudade.
Quando tinha 13 anos, nancy teve que deixar sua casa na Tailândia e reassentar bases nos Estados Unidos para que pudesse ter uma educação acadêmica de melhor qualidade. Foi difícil no início, sem nenhum conhecimento de Inglês e a sensação de que não pertencia àquele país, mas ela teve que aceitar a realidade e seguir em frente. À medida que os anos passavam, fez novos amigos e passou a se sentir mais e mais em casa nos EUA:
- "Eu cresci nesse lugar, ou melhor, ele cresceu em mim. Não posso escolher o lugar onde eu mais quero estar do que esse. Mas eu quero estar em ambos os lugares, mas como duas linhas paralelas, as minhas duas vidas continuam, da mesma forma, mas em separado, para o infinito", diz Nancy.











O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig: 461.396.566-72 ou luisaocs@gmail.com
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários
a segunda ficou tão, tão.. tocante? sei lá... foi mais sentimental, me passou uma ar de saudade...
Não gostei, na verdade não vi nada de muito interessante na segunda coleção, já a primeira é incrível, aos olhos de um leigo como eu, as fotos ficaram perfeitas, mesmo que procure por detalhes é difícil encontrar, essas fotos passariam por normais, a primeira, segunda quiçá 3 vista... o único fato que destoa é que em nenhuma das imagens elas se tocam, faltou apenas isso para crer como verídica as imagens. Se tivesse feito isso, eu já estaria pensando, ou que essa mulher trabalha para alguma grande produtora de filmes, ou que tem uma máquina do tempo mesmo. :roll:
O primeiro ficou muito legal. Se fossem somente fotos comuns já seriam muito bonitas e nostálgicas, e com mais esse "detalhe"...
Ficou legal. Ajuda o fato de asiático ser tudo parecido.
As primeiras são sensacionais!
Mostra uma faceta legal e criativa que a manipulação digital pode oferecer, além de tirar celulites de mulheres quarentonas em revistas masculinas. :roll:
"Tanto que se ninguém falasse você jamais saberia que as protagonistas são a mesma pessoa em diferentes épocas."
À primeira vista, realmente.