- "Ah já deve fazer uns cinco anos desde que o dono dele morreu em um acidente de moto. Ai ele veio e ficou aqui desde então", conta.
A história diz que em tempos mais felizes, Huachito seguia um jovem andando de moto pela avenida todos os dias. Certa manhã, a moto foi atingida por um táxi, e o motoqueiro morreu a caminho do hospital. Desde então, Huachito vive perambulando pelas ruas, à espera de encontrar o amigo novamente.
Às vezes, ele é incapaz de conter sua decepção e solta ganidos miseráveis. Cada vez que uma moto passa, ele late freneticamente, pensando que poderia ser seu dono.
- "Ele anda de uma esquina a outra e volta para o exato lugar onde seu dono morreu. Ele fica naquele lugar e uiva que dói o coração da gente", disse Elizabeth Martha Garcia, uma vendedora local.
O Hachiko original foi um cão de raça Akita que pertencia a Hidesaburo Ueno, um professor de engenharia agrônoma da Universidade de Tóquio que morreu em 1925 depois de sofrer uma hemorragia cerebral enquanto dava uma de suas aulas. Pese a que seu dono havia falecido, o pobre cão foi todos os dias durante nove anos à estação de Shibuya à hora que chegava o trem que sempre trazia seu dono para casa.
Assim como os usuários da estação de Shibuya começaram a levar comida e tratar de Hachiko, o cão boliviano também despertou a compaixão e solidariedade na avenida Papa Paulo, onde todo mundo trata o vira-lata com carinho e atenção.
Huachito sabe que tem café da manhã assegurado com o Seu Roman, que lhe dá miúdos de frango e água todos os dias entre as 6:30 e 7:00 na porta de seu açougue. Na hora do almoço ele passa na frente de um pequeno restaurante ou no mercadinho, onde sabe que poderá receber algo para comer.
Nas noites consegue alimento em uma churrascaria onde o cão de jeitão melancólico também recebe refúgio ocasional para passar a noite.
Várias pessoas tentaram adotar Huachito, inclusive os familiares de seu dono levaram o animal de volta para casa, no outro lado da cidade. Mas, ao que parece, a sua nostalgia é maior, motivo pelo qual sempre consegue escapar para voltar a sua esquina a esperar que seu dono volte a passar por ali de motocicleta, como nos velhos tempos.
Os cães são criaturas maravilhosas, a sua lealdade é algo que nenhum outro animal pode oferecer. Aqui no MDig já contamos histórias de lealdade aos seus donos que se estendem para além da fronteira entre a vida e a morte. Vimos o caso do Ciccio, que assistia à missa diariamente na igreja onde seu dono costumava ir; lemos também sobre o Capitán, que viveu no túmulo de seu dono por 6 anos, teve a história do Leão, o cão que perdeu sua dona nos deslizamentos de terra no Rio de Janeiro; e também aquele cão russo que guardou o corpo de sua companheira por uma semana, depois que ela foi atingida por um automóvel.
Fonte: TN.
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Comentários
Verdade absoluta, e um cão para mim está á frente de qualquer ser humano.
Os cães, como sempre, nos dando lições. :clap:
Não sei, precisa de mais investigação.
Cachorros são criaturas tão maravilhosas e fieis, que eu costumo sempre dizer que, nós seres humanos não somos dignos de sua companhia e amizade.
Ao menos há quem cuide do pulguento.