Dono de uma carreira brilhante, indicado 4 vezes e vencedor do Oscar de ator coadjuvante por "Gênio Indomável" (1997), Robin se internou no mês passado em uma clínica de reabilitação para tratamento, mas a droga venceu mais um, outra vez.
Como sempre acontece nestes momentos post mortem, a mídia não economiza em elogios estuporados dizendo que "o mundo perdeu um grande Homem". Não, grandes homens não se embatem com drogas. O mundo perdeu um grande Artista, uma inundação de genialidade cômica, um homem frágil, doente e débil, que necessitava de ajuda, no entanto. De imediato lembrei de uma anedota que li no perfil de um amigo ontem no Facebook:
Um homem vai ao médico, diz que está deprimido, que a vida lhe parece dura e cruel. Conta que se sente só num mundo ameaçador onde o que se anuncia é vago e incerto. O médico então diz:
- "O tratamento é simples. O grande palhaço Pagliacci está na cidade, assista ao espetáculo. Isso vai animá-lo."
O homem se desfaz em lágrimas. E diz:
- "Mas, doutor... Eu sou o Pagliacci!"
Robin era uma classe de Pagliacci mergulhado na depressão.
Acontece que é impossível colocar suficientes destaques de Robin Williams em um único vídeo curto, mas isso não significa que as pessoas não podem tentar. Este que ilustra o post fez um bom trabalho escolhendo seus pontos altos. O certo é que Robin Williams nunca morrerá em nossos mentes e por isso fica aqui uma singela homenagem:
Se você sofre de depressão, bipolaridade ou tem pensamentos suicidas, pode ligar à linha para prevenção do suicídio no 141 ou acessar a página do CVV na Internet. Não tema e nem tenha vergonha de dizer que está com problemas. Peça ajuda, você não está sozinho. Nunca está!
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Comentários
Concordo com vários coméntarios, o do Ronaldo ficou o pior, falou qualquer
coisa que veio de sua cabeça e escreve.
Pobre R.W. :(
Na segunda-feira, curiosamente, estava tratando desse caso e conversando com uma profissional de saúde. Depressão virou epidemia e a constatação do que a esta gerando é que foi dura. Estamos nos afastando.
Uma simples conversa, alguém pra escutar o que tem pra ser dito e ele ainda estaria vivo.
Não gostava dele e nem tenho de elogiar sua obra pois esta ai e todos sabem o quanto ele era bom no que fazia. Que Deus o tenha ou a paz o encontre. No fim da na mesma.
Dependendo do caso a depressão tem cura sim. Nos casos circunstancias por exemplo. Em outros casos o tratamento funciona como nos drogaditos ou hipertensos e se consegue a remissão e as pessoas levam uma vida absolutamente normal.
Em outros, infelizmente...
O suicídio é um desespero, é a forma mais brutal de tentar acabar com o sofrimento que uma pessoa depressiva sente.
Sejam as causas genéticas ou circunstanciais, depois de instalada a depressão são necessários tratamentos específicos.
Muitos tem mesmo vergonha ou estão demasiados "esquecidos" de si dentro da doença que nem se dão conta do risco que correm em não procurar auxílio.
A depressão não tem cura, mas tem tratamento. Basta aceitar a doença e se tratar para sempre. O que não entendo, é que gente com condições financeiras se suicida, quando pode se tratar. É tão simples. Mas, a pior doença é a teimosia e a não aceitação. Assim sendo, que viajem em paz, o que acho difícil no suicídio.
Se todos estavam sabendo das condições da sua saúde mental. Com toda certeza teria sido muito melhor ter feito estas homenagens para ele antes dele se matar e não após.
Então vamos dizer "vocês estão sozinhas, se f*dam! Depressão não é doença!". Melhor né?
Acho que apenas pessoas que sofrem/sofreram com esse tipo de problema sabem o quanto estão sozinhas. E dizer a elas "vocês não estão sozinhas" faz com que elas se sintam ainda mais sozinhas. Minha opinião, apenas.
Algumas crianças dos anos 90 perderam um "pai", na segunda-feira, eu sendo uma delas. Pela primeira vez chorei a morte de alguém que não conhecia pessoalmente, embora soubesse que há muito tempo ele não estava bem.
Mas a gente pode escolher qual legado ele deixou para cada um dos que gostavam dele. Para mim, foi esse cara de alguns filmes excelentes que podiam levar às lágrimas, à profundas reflexões sobre a vida ou às gargalhadas.