Neste vídeo imperdível, Bobby McFerrin demonstra o poder da escala pentatônica

Bobby McFerrin é um desses poucos músicos de mão cheia que dispensa apresentações. Apesar de que muitas vezes recorra ao preciosismo, não há dúvidas sobre o talento deste artista. Mas isso ficou mais evidenciado quando, em 2008, ele participou de um simpósio de Ciências e deixou todos, cientistas e público, embevecidos com sua palestra, mostrada neste vídeo que eu recomendo vivamente para todos, sobretudo os que gostam de música.

Como um grande mestre musical, McFerrin convida a platéia a cantar uma nota a cada vez que ele salta. Usando o palco como um grande piano teórico, McFerrin introduz duas notas musicais e pula da esquerda para a direita e o público mantém-se com ele perfeitamente em sintonia musical, ainda que ele de um terceiro e quarto pulo. Brincando com a escala pentatônica, toda a platéia naturalmente sabe que nota deve cantar, ou seja, em todo ser humano existe um nível básico e inato de conhecimento musical.

Quando McFerrin acaba de mostrar esta habilidade incrível que todos os seres humanos têm, ele calmamente se senta entre os cientistas atônitos, todos absolutamente sem palavras com o que acabaram de ver. O músico então diz que não importa o local que ele visita no mundo, todos os seres humanos de todas as línguas e culturas instantaneamente compreendem a escala pentatônica.

Dizem que a escala pentatônica surgiu na China, por algum músico que ao reunir as divisões melódicas propostas por Pitágoras, descobriu que, se uma corda gerasse uma nota "X" e fosse dividida ao meio, geraria esta mesma nota porém com uma oitava acima, ou dividida em 3 geraria outro intervalo harmônico e assim sucessivamente.

Ainda que a estrutura da escala pentatônica seja bem anterior ao "Canon em Ré de Pachelbel", vale a pena revermos Rob Paravonian em um stand-up musical mostrando como este Canon influiu na música moderna. Se gosta de música não deixe de assistir. O vídeo peca por sua qualidade horrível, mas seu conteúdo é impagável.